Estudo da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), divulgado este ano, revela o crescimento das incubadoras de empresas no Brasil.
Na região, a Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica da UNIJUÍ (Criatec), acompanha o desenvolvimento desse setor, com um faturamento anual de R$ 800 mil.
Em 2011, um estudo realizado pela Anprotec em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apontou o amadurecimento das incubadoras de empresas no Brasil. Entre 1984 e 1993, o país contava com 13 incubadoras. De 1994 até 2007, período de incidência do Plano Real, o crescimento médio do número de incubadoras foi de 30% ao ano. Segundo o estudo, atualmente, o país conta com 384 incubadoras e 2.640 empresas incubadas.
Dentro deste cenário, a Criatec conta com cinco empresas incubadas, duas em residência interna e três em residência externa, em diversos estágios de desenvolvimento. Segundo a gerente da Agência de Inovação e Tecnologia da UNIJUÍ (Agit), Sandra Albarello, uma incubadora busca promover o fortalecimento de micro e pequenas empresas através da solução de gargalos tecnológicos e de formação, apoiando a complementação da estrutura produtiva. O objetivo maior de uma Incubadora é diminuir a mortalidade desse segmento de mercado, algo que no Brasil, segundo o Sebrae, gira em torno dos 56% até o terceiro ano de vida.
Permeada pelo projeto “Estudo, Análise e Proposições sobre as Incubadoras de Empresas no Brasil”, a pesquisa sistematiza uma análise sobre os aspectos financeiros das incubadas. No estudo diagnosticou-se que o faturamento das empresas fica em torno de R$ 533 milhões de reais e que são gerados cerca de 16.394 postos de trabalho nas empresas incubadas e associadas e 29.905 nas graduadas. De acordo com a analista de negócios, Maria Odete Palharini, a Criatec graduou até este ano cinco empresas, emprega 40 pessoas e gera um faturamento anual de aproximadamente R$ 800 mil.
O estudo da Anprotec e da MCTI identificou um novo foco de atuação das incubadoras no Brasil. Idealizadas inicialmente para abrigar empreendimentos de setores intensivos em tecnologia, como informática, biotecnologia e automação industrial, elas tinham como maior propósito a criação de empresas com potencial para levar ao mercado novas ideias e tendências tecnológicas. Atualmente, o segmento das incubadoras está mais voltado ao compromisso com o crescimento local. É o que explica Sandra sobre a Criatec: “A incubadora tem realizado estudos com a perspectiva de apoiar a constituição de um parque tecnológico no município”. Para ela, isso é possível mediante incentivo à cooperação entre os atores locais na viabilização de ações que apoiem as micro e pequenas empresas.
O principal requisito para uma empresa ser incubada também ganhou atenção do estudo. O critério é o empreendedorismo inovador que a empresa propõe. Um critério comprovado pelos números. Atualmente, 98% das empresas incubadas inova. Segundo a pesquisa, 15% inovam em âmbito mundial, 55% em relação ao mercado nacional e 28% em âmbito local.