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UNIJUÍ promove painel sobre os 50 anos do Movimento da Legalidade

O contexto histórico e mundial e as nuances do movimento liderado por Leonel Brizola foram discutidos dentro do II Seminário Regional
Discutir os 50 anos do Movimento da Legalidade foi a proposta do painel de encerramento do II Seminário Regional Atualidades e Perspectivas no Ensino de Geografia, História e Sociologia. Os painelistas Paulo Afonso Zarth, professor Doutor UNIJUÍ/UFFS/Capes; Suimar Bressan, professor UNIJUÌ e Paulo Barcellos, da Secretaria Municipal de Educação de Ijuí. O evento foi realizado em parceria com o Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP) dentro do projeto Raízes Gaúchas.

Os painelistas fizeram a contextualização histórica do movimento, para que fosse possível entender a conjuntura política, social e econômica, tanto do Brasil, como do mundo. Com destaque para a guerra fria, a corrida armamentista e a corrida espacial. Quanto ao movimento, Zarth o definiu como um movimento ideário para reformas necessárias para melhorar a sociedade. “O Movimento da Legalidade, basicamente, queria promover as reformas necessárias para o desenvolvimento da sociedade. A principal reforma proposta era a agrária, com o entendimento que dando condições de produção e renda, haveria a possibilidade de um maior poder aquisitivo, que alavancaria a indústria e o comércio, promovendo o crescimento da sociedade como um todo”, destaca o professor.

O professor lembrou de onde surgiu o ranço diante do “comunismo”. “A grande imprensa, capitaneada pelos latifundiários, promoveu um movimento em que dizia que todas as reformas estavam ligadas ao comunismo e tratou de amedrontar as pessoas com conceitos inverídicos sobre o comunismo. Em resumo, se criou a ideia de democraria x comunismo e tudo que era reforma era ligado ao comunismo. Os Estados Unidos fazem isso muito bem até hoje, como por exemplo na invasão ao Iraque, devido as armas nucleares que nunca foram encontradas”, analisa Zarth.

Para encerrar sua fala o professor afirma que é necessário se ter utopia. “Hoje os a tendência é de que a utopia se encerre, que está tudo dado, entretanto, a ideia de uma sociedade melhor não é algo no ar, e precisa ser buscada. A Legalidade foi um avanço para a época e estas tentativas de vanço foram derrotadas com o golpe de 1964, com o apoio dos proprietários dos meios de comunicação que assustaram a comunidade com o espetro do comunismo, mas foi um movimento em um contexto profundo e referência para um Brasil mais justo”.

O II Seminário Regional teve programação desenvolvida durante a semana passada. A promoção foi do Departamento de Humanidades e Educação (DHE/UNIJUÍ), por meio dos cursos de Geografia, História e Sociologia e Laboratório de Ensino de Ciências Sociais. Com co-promoção da Associação dos Professores Municipais de Ijuí (APMI); 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE); Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP); 31º Núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers Sindicato); Programa de Mestrado e Doutorado de Educação nas Ciências (UNIJUÍ); Secretaria Municipal de Educação (Smed Ijuí); Sindicato dos Professores do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (SINPRO Noroeste) e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).

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