Essencial também na dieta humana, a aveia branca é o objeto de estudo do Doutor José Antonio Gonzales da Silva |
O início do cultivo da aveia remonta há dois mil anos a.C. – recente, se comparada a outros grãos como o trigo. Seja para fazer cobertura de solo, pastoreios de gado ou mesmo ser industrializada, ela ganhou espaço nas lavouras brasileiras e se tornou uma das principais culturas de inverno. São produzidas 50 milhões de toneladas do cereal no mundo, anualmente. Dessa produção, 39 milhões de toneladas são destinadas para a alimentação animal e apenas 9 milhões para a alimentação humana.
A aveia é muito importante na nutrição humana e animal, além de ser um dos cereais mais completos que existe. Ela é rica em sais minerais, ômega 3 e vitaminas, e tem alto teor de proteínas e fibras, sendo considerada, inclusive, um alimento funcional.
No Rio Grande do Sul, a maioria das propriedades rurais sobrevive da agricultura familiar. Como as propriedades são pequenas, o investimento é destinado para a agricultura de subsistência e produção leiteira. Esta atividade se tornou uma das melhores opções, gerando renda e desenvolvimento para a região.
Neste ponto, a aveia, principalmente a branca, tem um espaço especial. Ela pode ser usada como pastejo para o gado em períodos de escassez de campo nativo e também produzir grãos de alta qualidade, direcionados para as indústrias alimentícias. Somado a isso, saber utilizar o solo, distribuindo bem o plantio e o explorando de modo racional, é essencial para que se mantenha a produção elevada.
O agricultor tem inúmeras vantagens ao produzir aveia. Entre elas, destaca-se a menor exigência de nitrogênio para a produção de grãos, o que, consequentemente, diminui o investimento em adubação. A aveia também tem capacidade superior de produzir matéria seca – alimentação para o gado – diminuindo os gastos com concentrados e rações e possibilitando manejo adequado.
Para tanto, é preciso um estudo para atingir um nível de conhecimento elevado sobre a aveia e suas possibilidades de produção. O professor Doutor José Antonio Gonzalez da Silva, da UNIJUÍ, desenvolveu um projeto de pesquisa voltado para a viabilidade de produzir aveia, seja para alimentação do gado ou de grãos para a indústria, obtendo também qualidade de solo.
“Com o projeto, pretendemos ver a possibilidade de incluir a aveia branca na alimentação do gado, principalmente para a produção leiteira, estudando a sua eficiência. Além disso, queremos avaliar a qualidade das cultivares para a produção de grãos na fabricação de flocos e farinhas”, conta o professor. Tudo isso, visando melhorar a qualidade do solo em que se produz.
O projeto tem a participação de seis bolsistas de iniciação científica e também de professores de outras instituições, que vão colaborar futuramente com a pesquisa.
O agricultor Marcio Windmöller, do interior de Panambi, diz que esses estudos são muito importantes para a evolução da agricultura. “Sabendo no que investir e como utilizar as tecnologias que estão a nossa disposição, podemos crescer. São estudos como este que nos direcionam para o caminho certo.”
Segundo o professor José, o projeto pretende analisar cada cultura, identificando a melhor para produção leiteira e de grãos. Os primeiros resultados foram publicados na Reunião da Comissão Brasileira em Pesquisa de Aveia, realizada em abril na cidade de Passo Fundo, onde várias universidades também publicaram seus estudos.
O texto é uma produção das acadêmicas Gislaine Windmöller e Daniele Santos, do Curso de Comunicação Social – Jornalismo, no Componente de Jornalismo Especializado, sob orientação do professor Márcio Granez
Foto: Divulgação
A aveia é muito importante na nutrição humana e animal, além de ser um dos cereais mais completos que existe. Ela é rica em sais minerais, ômega 3 e vitaminas, e tem alto teor de proteínas e fibras, sendo considerada, inclusive, um alimento funcional.
No Rio Grande do Sul, a maioria das propriedades rurais sobrevive da agricultura familiar. Como as propriedades são pequenas, o investimento é destinado para a agricultura de subsistência e produção leiteira. Esta atividade se tornou uma das melhores opções, gerando renda e desenvolvimento para a região.
Neste ponto, a aveia, principalmente a branca, tem um espaço especial. Ela pode ser usada como pastejo para o gado em períodos de escassez de campo nativo e também produzir grãos de alta qualidade, direcionados para as indústrias alimentícias. Somado a isso, saber utilizar o solo, distribuindo bem o plantio e o explorando de modo racional, é essencial para que se mantenha a produção elevada.
O agricultor tem inúmeras vantagens ao produzir aveia. Entre elas, destaca-se a menor exigência de nitrogênio para a produção de grãos, o que, consequentemente, diminui o investimento em adubação. A aveia também tem capacidade superior de produzir matéria seca – alimentação para o gado – diminuindo os gastos com concentrados e rações e possibilitando manejo adequado.
Para tanto, é preciso um estudo para atingir um nível de conhecimento elevado sobre a aveia e suas possibilidades de produção. O professor Doutor José Antonio Gonzalez da Silva, da UNIJUÍ, desenvolveu um projeto de pesquisa voltado para a viabilidade de produzir aveia, seja para alimentação do gado ou de grãos para a indústria, obtendo também qualidade de solo.
“Com o projeto, pretendemos ver a possibilidade de incluir a aveia branca na alimentação do gado, principalmente para a produção leiteira, estudando a sua eficiência. Além disso, queremos avaliar a qualidade das cultivares para a produção de grãos na fabricação de flocos e farinhas”, conta o professor. Tudo isso, visando melhorar a qualidade do solo em que se produz.
O projeto tem a participação de seis bolsistas de iniciação científica e também de professores de outras instituições, que vão colaborar futuramente com a pesquisa.
O agricultor Marcio Windmöller, do interior de Panambi, diz que esses estudos são muito importantes para a evolução da agricultura. “Sabendo no que investir e como utilizar as tecnologias que estão a nossa disposição, podemos crescer. São estudos como este que nos direcionam para o caminho certo.”
Segundo o professor José, o projeto pretende analisar cada cultura, identificando a melhor para produção leiteira e de grãos. Os primeiros resultados foram publicados na Reunião da Comissão Brasileira em Pesquisa de Aveia, realizada em abril na cidade de Passo Fundo, onde várias universidades também publicaram seus estudos.
O texto é uma produção das acadêmicas Gislaine Windmöller e Daniele Santos, do Curso de Comunicação Social – Jornalismo, no Componente de Jornalismo Especializado, sob orientação do professor Márcio Granez
Foto: Divulgação