Estudo observa queda no índice de confiança de empresários de Santa Rosa, que estão mais confiantes em seu negócio do que na economia brasileira |
Os empresários do setor varejista de Santa Rosa continuam otimistas, mas com redução no índice de confiança em comparação aos resultados apurados no mês de novembro de 2010. Segundo os resultados de um estudo realizado pelo Programa de Extensão em Gestão de Varejo (PROGEV), vinculado ao Curso de Administração da UNIJUÍ, ocorreu redução de 5,8 pontos no índice geral de confiança, quando comparado o período de novembro de 2010 à abril de 2011.
Foram pesquisadas no mês de maio deste ano 193 empresas de Santa Rosa do setor varejista, para avaliar o índice de confiança dos empresários. Conforme o levantamento e análise dos dados das empresas o índice geral de confiança diminuiu de 73,6 (novembro de 2010) para 67,8 pontos (maio de 2011).
De acordo com os professores que coordenam o programa, Ariosto Sparemberger e Luciano Zamberlan, esta redução pode estar associada ao aumento na taxa dos juros e na redução da disponibilidade de crédito no mercado: “o Governo diminui o consumo para conter a inflação”.
O estudo constatou que os segmentos que apresentaram maior redução ou que puxaram a queda são: veículos e peças (-16,8 pontos), supermercados e mercados (-13,0); bazar, presentes e decorações e combustíveis e lubrificantes (-10,8 pontos). Os setores que apresentaram menor redução foram: informática, papelaria e celulares (-1,2 pontos e farmácias e perfumaria (-3,5 pontos). A média da queda foi de (-5,8 pontos).
Sparemberger explica que apesar da queda, os resultados ainda mostram um certo otimismo dos empresários do setor varejista: “mesmo com a redução, o índice geral ficou acima de 50 pontos. Contudo, a ameaça do retorno da inflação preocupa toda a sociedade de um modo geral. Diante deste cenário, existe a necessidade do monitoramento do comportamento da economia brasileira e de realizações de ações estratégicas voltadas ao setor e a própria empresa, que possam melhorar a competitividade do negócio”.
Considerando o resultado das questões avaliadas, em maio de 2011, observa-se que o índice mais baixo está relacionado com a economia brasileira, onde o indicador aponta 49,5 pontos. Em relação ao setor de atividade o empresário avaliou em 56,9 pontos e em relação a sua própria empresa o índice foi de 65,3 pontos, o que demonstra confiança em relação ao seu próprio negócio. Observa-se que entre os índices de maio, apenas a Economia Brasileira ficou abaixo de 50 pontos.
Os setores pesquisados foram: (1) Informática, papelaria; (2) Supermercados e Mercados; (3) Veículos e peças; (4) Bazar, presentes e decorações; (5) Móveis e eletroeletrônicos; (6) Tecidos, vestuário e calçados; (7) Combustíveis e lubrificantes; (8) Farmácias e perfumaria; (9) Matérias de construção, ferragens e elétricos. Os dados foram coletados pelos acadêmicos do curso de Administração e bolsistas do projeto Karin Riedner, Anelize Schonhart, Bruno Büttenbender, Cleber Graef e Vinicius Dorneles. Também colaboraram os bolsistas do Ensino Médio vinculados ao Departamento de Estudos da Administração, Gustavo de Oliveira, Ana Gabriela Scolari e Roberta Loose. Também participa do PROGEV o professor Pedro Luís Büttenbender.
Índice de Confiança do Empresário Varejista de Santa Rosa
ICEV | Nov/2010 | Maio/ 2011 |
CONDIÇÕES ATUAIS |
64,8 |
59,8 |
Economia Brasileira |
54,3 |
49,5 |
Setor de Atividade |
63,1 |
56,9 |
Empresa |
69,4 |
65,3 |
EXPECTATIVAS PARA OS PRÓXIMOS 6 MESES |
78,1 |
71,8 |
Economia Brasileira |
69,8 |
62,3 |
Setor de Atividade |
74,3 |
69,3 |
Empresa |
83,3 |
76,7 |
ÍNDICE GERAL |
73,6 |
67,8 |