Alimentos tradicionais do povo Kaingang, como o fuá (foto) é um dos focos da exposição |
O Museu Antropológico Diretor Pestana e a Assessoria de Assuntos Indígenas da Fidene promovem, no período de 12 de abril a 27 de maio, a exposição “Práticas e Saberes dos Povos Indígenas Brasileiros”.
A exposição tem o objetivo de analisar e discutir a trajetória histórica e a cultura material e imaterial dos povos indígenas no Brasil, em especial dos povos no Rio Grande do Sul. Pretende ainda fornecer aos visitantes subsídios e informações com o intuito de construir uma visão crítica sobre o tema e apoiar a luta destes povos pela garantia de seus direitos.
Dentre os temas a serem abordados estão a diversidade étnica e cultural, a situação geral dos povos indígenas, a economia, com destaque para técnicas de confecção de artefatos e processos produtivos, educação, organização social e cosmologia de alguns povos. Destaque para uma coleção de peças e fotos de jogos e alimentos tradicionais Kaingang, coletados pelos alunos do Projeto Interação pelo Esporte, da Terra Indígena de Guarita.
A exposição conta com fotografias e peças dos povos: Apiaká, Araweté, Ashaninka, Asurini, Bakairi, Baniwa, Bororo, Canela, Deni, Enawenê-Nawê, Guajajara, Guarani, Ikpeng, Kaingang, Kamayurá, Karajá, Katukina, Kayaipó, Makuxi, Matis, Maxacali, Mehinaku, Mentuktiro, Munduruku, Nambikwara, Oianpi, Pareci, Rikbktsa, Surui, Terena, Tikuna, Tremembé, Trumai, Uru-Eu-Wau-Wau, Wayan e Apalai, Waimiri Atroari, Wai-wai, Xavante, Xerente, Xucuru, Yanomami.
Preocupação com a temática indígena
O Museu Antropológico Diretor Pestana, ao longo da sua história, tem se preocupado em discutir a temática indígena, tanto com as comunidades indígenas quanto com a não índia. Segundo a educadora do Museu, Belair Aparecida Stefanello, “temos várias situações envolvendo a questão indígena que merecem aprofundamento: a situação dos índios em espaços urbanos, a sustentabilidade das comunidades tradicionais, as garantias de seus direitos como saúde e educação diferenciadas, a demarcação das terras indígenas e principalmente o conceito que as pessoas em geral tem do que é ser índio”. Ela destaca ainda que “para entendermos o que é ser índio hoje no Brasil precisamos romper com alguns preconceitos e romantismos e entender que as culturas não são estáticas, ao contrário é natural que elas se modifiquem ao longo do tempo. Contudo precisamos garantir que os povos indígenas tenham condições sociais, econômicas e políticas de absorver as novidades que vêm do contato, da forma como lhes parecer mais adequada e ficar alertas com mudanças impostas pela sociedade não índia, que muitas vezes colocam em risco a identidade de determinados grupos”.
Para os meses de abril e maio ainda estão previstos a realização de um mini curso sobre a questão indígena na sala de aula e um seminário sobre cultura e sustentabilidade.
As visitas podem ser agendadas junto à secretaria do Museu, pelo fone 3332.0257.
Legendas das fotos: Coleta do fuá; Coleta de alimentos Mato Queimado Guarita; Preparando caraguatá; Socando mandioca brava no pilão
A exposição tem o objetivo de analisar e discutir a trajetória histórica e a cultura material e imaterial dos povos indígenas no Brasil, em especial dos povos no Rio Grande do Sul. Pretende ainda fornecer aos visitantes subsídios e informações com o intuito de construir uma visão crítica sobre o tema e apoiar a luta destes povos pela garantia de seus direitos.
Dentre os temas a serem abordados estão a diversidade étnica e cultural, a situação geral dos povos indígenas, a economia, com destaque para técnicas de confecção de artefatos e processos produtivos, educação, organização social e cosmologia de alguns povos. Destaque para uma coleção de peças e fotos de jogos e alimentos tradicionais Kaingang, coletados pelos alunos do Projeto Interação pelo Esporte, da Terra Indígena de Guarita.
A exposição conta com fotografias e peças dos povos: Apiaká, Araweté, Ashaninka, Asurini, Bakairi, Baniwa, Bororo, Canela, Deni, Enawenê-Nawê, Guajajara, Guarani, Ikpeng, Kaingang, Kamayurá, Karajá, Katukina, Kayaipó, Makuxi, Matis, Maxacali, Mehinaku, Mentuktiro, Munduruku, Nambikwara, Oianpi, Pareci, Rikbktsa, Surui, Terena, Tikuna, Tremembé, Trumai, Uru-Eu-Wau-Wau, Wayan e Apalai, Waimiri Atroari, Wai-wai, Xavante, Xerente, Xucuru, Yanomami.
Preocupação com a temática indígena
O Museu Antropológico Diretor Pestana, ao longo da sua história, tem se preocupado em discutir a temática indígena, tanto com as comunidades indígenas quanto com a não índia. Segundo a educadora do Museu, Belair Aparecida Stefanello, “temos várias situações envolvendo a questão indígena que merecem aprofundamento: a situação dos índios em espaços urbanos, a sustentabilidade das comunidades tradicionais, as garantias de seus direitos como saúde e educação diferenciadas, a demarcação das terras indígenas e principalmente o conceito que as pessoas em geral tem do que é ser índio”. Ela destaca ainda que “para entendermos o que é ser índio hoje no Brasil precisamos romper com alguns preconceitos e romantismos e entender que as culturas não são estáticas, ao contrário é natural que elas se modifiquem ao longo do tempo. Contudo precisamos garantir que os povos indígenas tenham condições sociais, econômicas e políticas de absorver as novidades que vêm do contato, da forma como lhes parecer mais adequada e ficar alertas com mudanças impostas pela sociedade não índia, que muitas vezes colocam em risco a identidade de determinados grupos”.
Para os meses de abril e maio ainda estão previstos a realização de um mini curso sobre a questão indígena na sala de aula e um seminário sobre cultura e sustentabilidade.
As visitas podem ser agendadas junto à secretaria do Museu, pelo fone 3332.0257.
Legendas das fotos: Coleta do fuá; Coleta de alimentos Mato Queimado Guarita; Preparando caraguatá; Socando mandioca brava no pilão