Márcio Friedrich formou-se na última semana em Administração, pelo Campus Santa Rosa |
Aconteceu na última sexta-feira, dia 21, em Santa Rosa, a formatura do curso de Administração da UNIJUÍ. Márcio Friedrich, de 29 anos, estava entre os formandos. O acadêmico, natural de Santo Cristo, é surdo. Assim, ele é o primeiro aluno surdo a se formar no curso de Administração de todos os quatro campi da UNIJUÍ, em 40 anos de curso. Também, o primeiro a realizar uma solenidade de colação grau, a formatura, em todos os cursos do Campus Santa Rosa. Já em 2009, a acadêmica Angelisa Goebel, também surda, formou-se em Pedagogia - Educação Especial, no Campus Ijuí.
Márcio Friedrich foi escolhido para representar a turma, como um dos oradores. Sobre esta confiança dos colegas nele, destaca que é fruto do relacionamento mantido durante o curso, e este foi o seu tema no trabalho de conclusão de curso: “Processos de Comunicação de Acadêmicos Surdos e Acadêmicos Ouvintes no Ambiente Universitário: o caso do curso de Administração da UNIJUÍ”.
Ele justifica que escolheu o tema pela originalidade e importância para buscar compreender a relação de pessoas surdas e ouvintes que estudam juntos, como ocorre o processo de comunicação, principalmente na busca de entendimento e evolução da comunicação. Ele propôs sugestões de como melhorar estes processos de comunicação, destacando a presença de alunos surdos no Curso como uma experiência inovadora e diferenciada, gerando aprimoramento das práticas de ensino-aprendizagem.
O estudo gera contribuições para as iniciativas de inclusão dos surdos: melhorar a adaptação e a convivência de surdos e ouvintes no espaço universitário e na sociedade; aprimorar o projeto político-pedagógico e processos de ensino-aprendizagem; ampliar e qualificar as oportunidades de inclusão na universidade, no mercado de trabalho e na sociedade.
Após a formatura, a meta de Márcio é buscar um emprego que lhe dê boas condições de trabalho, além de prosseguir nos estudos. O agora Bacharel em Administração destaca que quando nasceu tinha problemas no coração, pulmão e anemia, e conseguiu superar. “Supero as dificuldades também com os ouvintes, principalmente no trabalho, pois muitos pensam que surdos não tem capacidades. Quando comecei a trabalhar, procurei fazer, mostrar que eu posso fazer, e consegui provar minha capacidade, quando fui duas vezes promovido, por minhas capacidades”, concluiu.
O coordenador adjunto do curso, professor Ariosto Sparemberger, que é patrono da turma, juntamente do paraninfo, professor Luciano Zamberlan, destacou a participação do acadêmico Márcio nas atividades do curso: “Ele sempre esteve presente em palestras, semanas acadêmicas e viagens de estudo, que sempre foram acompanhas por professores e intérpretes da língua de sinais”. O professor lembra que a motivação do aluno em aprender sempre chamou atenção dos colegas: “Também, na trajetória do Márcio, cabe destacar o seu exemplo de dedicação e de vida para os colegas que tiveram a oportunidade da convivência com o acadêmico”, ressaltou o professor.
Núcleo de Educação Inclusiva
Dentro de uma política de inclusão de estudantes no ensino superior, a UNIJUÍ conta com o Núcleo de Educação Inclusiva, que desenvolve um programa de acompanhamento aos acadêmicos com necessidades educacionais especiais. Segundo a coordenadora do Núcleo, professora Marta Borgmann, aos acadêmicos surdos (com ausência de audição), são disponibilizados profissionais intérpretes. A Instituição oferece, ainda, aos funcionários e docentes, cursos de formação em Libras – Língua Brasileira de Sinais, por meio de cursos de extensão.
Márcio Friedrich foi escolhido para representar a turma, como um dos oradores. Sobre esta confiança dos colegas nele, destaca que é fruto do relacionamento mantido durante o curso, e este foi o seu tema no trabalho de conclusão de curso: “Processos de Comunicação de Acadêmicos Surdos e Acadêmicos Ouvintes no Ambiente Universitário: o caso do curso de Administração da UNIJUÍ”.
Ele justifica que escolheu o tema pela originalidade e importância para buscar compreender a relação de pessoas surdas e ouvintes que estudam juntos, como ocorre o processo de comunicação, principalmente na busca de entendimento e evolução da comunicação. Ele propôs sugestões de como melhorar estes processos de comunicação, destacando a presença de alunos surdos no Curso como uma experiência inovadora e diferenciada, gerando aprimoramento das práticas de ensino-aprendizagem.
O estudo gera contribuições para as iniciativas de inclusão dos surdos: melhorar a adaptação e a convivência de surdos e ouvintes no espaço universitário e na sociedade; aprimorar o projeto político-pedagógico e processos de ensino-aprendizagem; ampliar e qualificar as oportunidades de inclusão na universidade, no mercado de trabalho e na sociedade.
Após a formatura, a meta de Márcio é buscar um emprego que lhe dê boas condições de trabalho, além de prosseguir nos estudos. O agora Bacharel em Administração destaca que quando nasceu tinha problemas no coração, pulmão e anemia, e conseguiu superar. “Supero as dificuldades também com os ouvintes, principalmente no trabalho, pois muitos pensam que surdos não tem capacidades. Quando comecei a trabalhar, procurei fazer, mostrar que eu posso fazer, e consegui provar minha capacidade, quando fui duas vezes promovido, por minhas capacidades”, concluiu.
O coordenador adjunto do curso, professor Ariosto Sparemberger, que é patrono da turma, juntamente do paraninfo, professor Luciano Zamberlan, destacou a participação do acadêmico Márcio nas atividades do curso: “Ele sempre esteve presente em palestras, semanas acadêmicas e viagens de estudo, que sempre foram acompanhas por professores e intérpretes da língua de sinais”. O professor lembra que a motivação do aluno em aprender sempre chamou atenção dos colegas: “Também, na trajetória do Márcio, cabe destacar o seu exemplo de dedicação e de vida para os colegas que tiveram a oportunidade da convivência com o acadêmico”, ressaltou o professor.
Núcleo de Educação Inclusiva
Dentro de uma política de inclusão de estudantes no ensino superior, a UNIJUÍ conta com o Núcleo de Educação Inclusiva, que desenvolve um programa de acompanhamento aos acadêmicos com necessidades educacionais especiais. Segundo a coordenadora do Núcleo, professora Marta Borgmann, aos acadêmicos surdos (com ausência de audição), são disponibilizados profissionais intérpretes. A Instituição oferece, ainda, aos funcionários e docentes, cursos de formação em Libras – Língua Brasileira de Sinais, por meio de cursos de extensão.