Empresários de Ijuí apresentaram queda no índice de confiança, já empresários de Santa Rosa, aumentam expectativas sobre seu negócio
O Programa de Extensão em Gestão de Varejo (PROGEV), vinculado ao Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) da UNIJUÍ, realizou no mês de novembro de 2012 uma pesquisa com os empresários do setor varejista de Ijuí e Santa Rosa. O estudo avaliou o grau de confiança que os empresários possuem em relação às suas atividades.
A pesquisa avalia o Índice de Confiança do Empresário Varejista (ICEV). Para a formação deste índice, considera-se o sentimento do empresário através de seis questões, que avaliam as condições atuais e as expectativas futuras de sua própria empresa, do setor de atividade ao qual está inserida e da economia brasileira de uma forma geral.
Ijuí
A partir das avaliações dos empresários de Ijuí, as condições atuais (economia brasileira, setor de atividade e empresa) obtiveram 59 pontos, e as expectativas para os próximos seis meses (economia brasileira, setor de atividade e empresa) 68,8 pontos. O índice geral foi de 65,6 pontos, o que demonstra que os entrevistados estão otimistas em relação aos itens avaliados.
O resultado aponta para uma leve redução de 6,3 pontos no índice geral de confiança, quando comparados com o último levantamento realizado em julho deste ano. Em julho, o índice geral foi de 71,8 pontos e o de novembro 65,6 pontos.
Os setores de atividade mais confiantes são Combustíveis e lubrificantes (71,7 pontos), Farmácias e perfumaria (71,4 pontos) e Supermercados e Mercados (71,1 pontos). Os setores de menor pontuação foram Veículos e peças (57,3 pontos) e ótica, relojoaria e bijuterias (59,4 pontos).
Para o Professor Ariosto Sparemberger, coordenador do estudo, todos os índices foram superior a 50 pontos, o que é altamente positivo, pois indica otimismo por parte dos empresários do setor varejista de Ijuí. A diminuição do índice de confiança pode estar associada à estabilidade do setor de materiais de construção, que em razão dos programas de incentivos governamentais viveu um período muito positivo e que tende voltar à normalidade. Também, o fato da instabilidade climática que interfere na produção agrícola, fazendo com que haja cautela dos compradores em relação à aquisição de produtos e serviços.
Santa Rosa
Os empresários do setor varejista de Santa Rosa aumentaram sua confiança, comparando os resultados apurados na última pesquisa, realizada no mês de maio deste ano. Segundo os resultados do estudo realizado pelo PROGEV, ocorreu aumento de 5,4 pontos no índice geral de confiança.
Foram pesquisadas no mês de novembro deste ano 200 empresas de Santa Rosa, do setor varejista, para avaliar o índice de confiança dos empresários. Conforme o levantamento e análise dos dados das empresas o índice geral de confiança aumentou de 65,1 (maio de 2012) para 70,5 pontos (novembro de 2012). De acordo com o professor que coordena o programa, Ariosto Sparemberger, este aumento pode estar associado ao período de Natal e Final de Ano, onde com a injeção do décimo terceiro na economia há tendência de aumentar o volume de circulação de dinheiro no comércio. Além da tradição do ato de presentear familiares e amigos e dos festejos na virada de ano. Outro fator que pode ter influenciado o nível de confiança, é o atual controle dos índices de inflação por parte do Governo Federal. A meta de inflação para o ano é de 4,5%. Pois embora, algum produto vem sendo reajustado, mas o que ainda se observa é o controle do índice pelo Banco Central.
O estudo constatou que os segmentos mais otimistas são: Ótica, relojoaria e bijuterias (75,5 pontos), Supermercados e mercados (73,1 pontos) e Informática, papelaria, comunicação e celular ( 72,8 pontos). Os setores que apresentaram menor percentual de confiança foram: Veículos e peças (64,7) e Tecidos, vestuário e calçados (66,0 pontos).
Foram pesquisados dez setores pesquisados: informática, papelaria; supermercados e mercados; veículos e peças; bazar, presentes e decorações; móveis e eletroeletrônicos; tecidos, vestuário e calçados; combustíveis e lubrificantes; farmácias e perfumaria; ótica, relojoaria e bijuterias; matérias de construção e ferragens. Os dados da pesquisa foram coletados pelos acadêmicos do curso de Administração da UNIJUÍ e bolsistas do PROGEV, Cleber Graef, Vinicius Rigon Dorneles, Bruna Gabriela Warmbier e Lucas Escher, e os bolsistas de Ensino Médio Mariéli Caroline Nunes, João Vitor Lunardi, Estéfany Burg Krauss e Kaulin de Oliveira Lehnhardt.