Residentes do Programa de Residência Multiprofissional da UNIJUÍ e Fundação Municipal de Saúde de Santa Rosa, realizaram no mês de dezembro um ação de combate a AIDS no município. A ação foi alusiva ao dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a AIDS.
Com o tema ‘Sexo não tem idade para acabar. Proteção também não”, o grupo realizou durante todo o mês de dezembro várias mobilizações em grupos de idosos do município e também em locais públicos, com distribuição de material informativo e preservativos. No dia 20 de dezembro foi realizado um ato simbólico no Parcão com a construção do laço da AIDS com velas, trazendo reflexão a esta temática.
Os residentes acreditam que a informação sobre esta doença é fundamental para se conviver com este problema de saúde pública. Explicam que o HIV é o vírus causador da AIDS, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Ter o HIV não é a mesma coisa do que ter AIDS, pois esta consiste no estágio mais avançado da doença devido à vulnerabilidade para desenvolver diversos problemas de saúde que variam desde um simples resfriado até infecções mais graves como tuberculose ou câncer.
Dessa forma, dependendo do estado de saúde da pessoa, ela pode levar vários anos entre o momento da infecção pelo HIV até os primeiros sintomas da patologia. Neste período de desconhecimento da doença o vírus já é transmissível e outras pessoas correm o risco de serem contaminadas caso haja exposição a situações de risco, como ter relações sexuais desprotegidas (sem o uso do preservativo), anais, vaginais e orais; múltiplos parceiros sexuais; compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis; reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV; de mãe para filho durante a gestação, o parto e a amamentação.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, principalmente com a qualidade e facilidade de acesso aos medicamentos antirretrovirais, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa, pois permite que o portador do vírus HIV inicie o tratamento e acompanhamento pela equipe de saúde, favorecendo a resposta aos medicamentos, prevenindo doenças oportunistas e garantindo melhor qualidade de vida.
Mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. O teste rápido “Fique Sabendo”, é uma alternativa prática, sigilosa e eficaz para diagnosticar o HIV quando houver exposição às situações de risco. Este teste é realizado no laboratório da Fundação, localizado junto à Unidade de Saúde do Centro. Os horários de coleta são das 9h às 11h e das 14h às 16h, não é necessária a requisição médica.
Caso o resultado seja negativo, deve-se utilizar sempre preservativo em todas as relações sexuais. Já se for positivo, haverá suporte e acompanhamento de equipe especializada do Sistema Único de Saúde que garantirá o tratamento gratuitamente junto ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Usar preservativo (camisinha), tanto masculino, quanto feminino, em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das doenças sexualmente transmissíveis, em especial do vírus da AIDS, o HIV. Usando camisinha, fazendo o acompanhamento e o tratamento adequado, quem vive com o HIV tem condições de ter uma vida saudável.