Assim que você vê um raio, já fica à espera do som do trovão? Qual a explicação científica para que ambos não aconteçam no mesmo momento? A série “A ciência explica”, da Unijuí, buscou junto ao professor de Física, Nelson Adelar Toniazzo, as explicações para esse fenômeno da natureza e os cuidados para tentar evitar acidentes. É o conhecimento científico que está presente no dia a dia, apresentado de forma clara e objetiva.
Primeiro, é necessário entender como acontece a formação de um raio, por meio de cargas elétricas, com a ação das nuvens, do ar e de outras variáveis. Levando em consideração a polarização das nuvens, há um deslocamento de cargas de um lugar para o outro, em que algumas ficam positivas e outras negativas. A distribuição dessas cargas cria um campo elétrico intenso e quando ele fica muito grande, acontece o rompimento e a descarga elétrica. O raio acontece entre as nuvens e algum objeto em solo terrestre.
O professor Nelson explica que o som, o trovão, acontece após a descarga elétrica, com o aquecimento do ar pela passagem do raio. Essa onda sonora utiliza o solo e o ar como meios de propagação, por isso o trovão acontece após o raio tocar o solo. “O motivo pelo qual nós vimos o raio antes e ouvimos o trovão depois, está relacionado com a velocidade da luz, que é muito maior do que a velocidade do som”, destaca o docente.
O raio possui um alto poder destrutivo, segundo o professor de Física, nem mesmo é possível quantificar. Isso acontece devido a quantidade de energia dissipada em um período de tempo extremamente pequeno. O docente também alerta sobre alguns cuidados necessários, para evitar acidentes com esse fenômeno da natureza. “Em campos abertos, procure abrigo, mas evite ficar próximo de árvores isoladas, porque a árvore será o ponto mais próximo da nuvem e provavelmente o local da descarga. Já nas cidades, existem inúmeros dispositivos de proteção. Mesmo mais protegidos, é necessário lembrar que o raio se transmite por meio da rede de energia elétrica, então, não é aconselhável permanecer próximo a um transformador ou um poste de energia”, explica Toniazzo.
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