Com objetivo de debater as dimensões políticas e interdisciplinares da alfabetização, teve início, na noite desta segunda-feira, o 10º Seminário de Alfabetização, na Unijuí. O evento, promovido pelo curso de Pedagogia, foi realizado no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum, e segue até a próxima quinta-feira, dia 23 de novembro.
A conferência de abertura teve como tema “Todos podem aprender a ler e a escrever”, com a Dra. Elvira de Souza Lima, São Paulo/Brasil. Na cerimônia de abertura, realizada pouco antes da Conferência, o Conjunto Instrumental do CEAP realizou uma apresentação ao público participante do Seminário.
Nesta terça-feira, dando sequência ao evento, a partir das 13h30min, ocorre, nos minis auditórios do Campus Ijuí, sessão com relatos de experiências pedagógicas e de pesquisas na área da educação escolar e não escolar. E, no turno da noite, Conferência com o tema “Políticas Nacionais para a Alfabetização”, com a Dra. Telma Ferraz Leal – UFPE – Pernambuco/Brasil.
A Conferência de abertura
A conferencista da noite de abertura, Dra. Elvira Souza Lima é pesquisadora em desenvolvimento humano, com formação em neurociências, psicologia, antropologia e música. Trabalha com pesquisa aplicada às áreas de educação, mídia e cultura. Possui doutorado pela Sorbonne (Paris), com pós-doutorado na Stanford University (EUA), cursos no Collège de France e na École Pratique de Hautes Études (Paris). Foi professora visitante na Universidad de Salamanca (Espanha), University of California at Santa Bárbara (EUA), Georgetown University (EUA), entre outras. Foi pesquisadora no CRESAS (Paris), e da Northwestern University (EUA). É consultora em Educação e Desenvolvimento Humano em diversos programas e projetos de Educação Pública, Educação Indígena, Educação Continuada, Formação de Professores, Mídia para Criança e Adolescente, no Brasil e no exterior.
Em sua fala, entre outros aspectos, ela tratou sobre a memória e a relação com a educação. “A profissão do professor é a que mais exige do cérebro humano, pois ela envolve memória o tempo todo”, observou. Elvira também observou outros aspectos da profissão. “Eu não posso não considerar o professor como um ser de cultura”.
A pesquisadora comentou, ainda, sobre pesquisas na área. “Não há genética na nossa espécie para ler e escrever, temos para falar. Ler e escrever são aprendizagens culturais”, complementou.
Abaixo, confira uma galeria de fotos da primeira noite de evento