Ambiente faz parte do Espaço Mais Inovação, em implantação pela Unijuí no prédio do antigo Dceeng
Já está parcialmente em funcionamento o Laboratório de Smart Grids – ou Redes Elétricas Inteligentes, que fará parte do Espaço Mais Inovação da Unijuí. Em fase de implantação junto ao prédio do antigo Departamento de Ciências Exatas e Engenharias (Dceeng), na Sede Acadêmica, o projeto é amplo e compreende, somente na primeira etapa, a estruturação de cinco ambientes: além do Laboratório de Smart Grids, o Laboratório de Desenvolvimento de Internet das Coisas (IoT), Espaço de Ideação, Espaço Coworking e Sala de Realidade Aumentada.
As redes elétricas inteligentes surgiram para modernizar e atualizar o sistema de distribuição, que possui sua arquitetura baseada nos conceitos da década de 1940. O conceito de Smart Grid está vinculado à integração de tecnologias, incluindo sistemas de comunicação a essas redes tradicionais. Elas podem ter sua utilização ampliada, dando suporte a diversos serviços de utilidade pública.
Conforme explica o professor do curso de Engenharia Elétrica, Maurício de Campos, que ficará responsável pelo laboratório, neste espaço será possível simular redes elétricas inteligentes para o desenvolvimento de novos produtos. O laboratório permitirá estudar configurações e falhas nesses sistemas e, ainda, realizar estudos de implantação dessas redes na região.
“Faz parte do laboratório um sistema de simulação de uma rede elétrica inteligente (microgrid), constituída de geração, transmissão, distribuição e cargas. Todas em escala de potência reduzida com comunicação e monitoramento”, explicou o professor, lembrando que o laboratório vai operar sincronizado com um OPAL-RT, que é um simulador em tempo real baseado em PC / FPGA, para projetar, testar e otimizar sistemas de controle e proteção usados em redes de energia, em centros de pesquisa e desenvolvimento, e universidades.
Somente o Laboratório de Smart Grids terá o custo de R$ 1,7 milhão. Existe um laboratório similar em Foz do Iguaçu e os demais estão em São Paulo ou em outras regiões. Com a incorporação da segunda etapa, o laboratório vai se tornar bem exclusivo e vai permitir vários estudos. No momento, segundo o professor Maurício de Campos, já estão em desenvolvimento duas dissertações de mestrado, três pesquisas de Iniciação Científica e uma tese de doutorado.
O projeto
Contando com três etapas, o projeto voltado às smart cities, ou cidades inteligentes, conta com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio de emenda parlamentar do ex-deputado federal Darcísio Perondi. Dos R$ 6 milhões previstos para as três etapas, R$ 2 milhões já estão sendo aplicados na primeira fase e outros R$ 2 milhões já foram aprovados.
Para além da implantação dos cinco ambientes, está prevista, para este ano, a realização da segunda fase, que implica na ampliação e qualificação do Espaço Mais Inovação. Grandes ações estão previstas, como a qualificação da infraestrutura de apoio aos laboratórios de pesquisa e inovação multiusuários e a capacitação de recursos humanos, em diversos níveis, para produzir e operar tecnologias voltadas às cidades inteligentes.
E para a terceira fase, está prevista a implantação de um ambiente de demonstração de tecnologias para cidades inteligentes – ou seja, uma vitrine viva e um guia para os demandantes de tecnologias, que são os municípios e demais parceiros na região. Também, a implantação de um espaço de demonstração de ciências que vai estar ligado ao Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP).