No sábado, 17 de setembro, a turma da disciplina Qualidade Ambiental e Gestão de Recursos do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, ministrada pela professora Juliana Fachinetto, realizou uma visita técnica à Chiapeta Empresa Agrícola.
Com o objetivo de conhecer parte das atividades desenvolvidas pela empresa na utilização de manejos sustentáveis, os estudantes foram recepcionados e guiados pelo engenheiro agrônomo, produtor rural e proprietário, Marcelo Chiapeta.
A turma conheceu algumas instalações da propriedade e recebeu explicações sobre o manejo regenerativo desenvolvido nos sistemas agrícolas, como a produção de biofertilizantes e vermicompostagem, adubação verde e regeneração do solo, produção de comunidades e isolados de microrganismos, além de uma discussão abrangente sobre os desafios para a implantação de uma agricultura diferenciada com uma visão ecossistêmica no contexto de solo vivo, redução de químicos e aumento da produtividade.
Estão abertas as inscrições para o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade na Unijuí. O prazo iniciou no dia 12 de setembro e se estende até 12 de dezembro. Conforme o edital, 25 vagas estão sendo ofertadas para o curso. Interessados podem se inscrever em unijui.edu.br/ppgsas.
O PPGSAS possui duas linhas de pesquisa: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que busca analisar o processo de desenvolvimento a partir do espaço natural e do histórico de ocupação e uso; e Qualidade Ambiental em Sistemas Produtivos, baseado no aprofundamento científico e na construção de processos inovadores voltados à prevenção e solução de problemas socioambientais.
“O Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade é um grande programa que tem a finalidade de desenvolver pesquisas de alto nível científico e de inovação buscando compreender e resolver problemas que tratam das relações entre as ciências naturais e humanas. Geralmente, grande parte desses projetos estão fortemente articulados com as demandas regionais, no sentido de resolver problemas e também atender aos objetivos do desenvolvimento sustentável”, explicou o coordenador do PPG, professor doutor José Antonio Gonzalez da Silva.
O coordenador destacou ainda os diferenciais do curso. “Se percebe que grande parte dos programas de Mestrado têm a tendência de desenvolver pesquisas articuladas com foco muito específico. O PPGSAS procura fazer o oposto: agregar pesquisas que tragam a possibilidade de resolver problemas a partir do desenvolvimento de pesquisas sistêmicas, articulando a interdisciplinaridade como ponto-chave para desenvolver a ciência, a inovação e a resolução de grandes problemas da sociedade”. Além disso, o mestrado estabelece diversas parcerias, articulando-se com as iniciativas pública e privada.
O curso é destinado aos graduados nas áreas de Ciências Ambientais, Agrárias, Biológicas, da Saúde, Sociais, Química e Tecnológicas Aplicadas, além das áreas que se relacionam com a qualidade ambiental e a promoção do desenvolvimento sustentável. Mais informações podem ser obtidas junto à Secretaria do Programa, pelo telefone 3332-0420 - ramal 3331, pelo e-mail ppgsas@unijui.edu.br e na página unijui.edu.br/ppgsas.
O intercambista senegalês Mamadou Boye Diallo concluiu mais uma etapa de sua vida na Unijuí. O então mestrando do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade realizou, em sua dissertação, uma análise da sustentabilidade do município de Santo Antônio das Missões e propôs linhas estratégicas de desenvolvimento agrícola do local.
A dissertação intitulada “Análise da sustentabilidade da agricultura sob a abordagem dos sistemas agrários no município de Santo Antônio das Missões da Macrorregião Missioneira do Rio Grande do Sul” foi orientada pelo professor doutor Roberto Carbonera.
A formação em Ciências Jurídicas, Políticas e de Administração, voltada às áreas de Ciências Políticas e Relações Internacionais pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dacar (Ucad) e o Diploma Técnico Superior (DTS) em Ordenamento do Território, Ambiente e Gestão Urbana pela Escola Superior de Economia Aplicada (Esea), foram essenciais para tornar a pesquisa ainda mais completa, segundo Mamadou.
Isso se deve, conforme explica, porque a pesquisa compreendeu uma série de etapas como a leitura da paisagem, entrevistas semiestruturadas junto às unidades de produção, análises técnica, econômica, social e ambiental dos principais sistemas de produção. “A partir desses estágios, foi elaborado um projeto com estratégias, que possui seu desenvolvimento justificado pela constante dinâmica de transformação na agricultura”, relata.
Mamadou apontou que as evidências de diferenças agroecológicas são significativas no município. Entre elas estão a expansão acentuada da cultura da soja, redução brusca da produção leiteira e sensível redução da pecuária e da ovinocultura. “Além disso, foram caracterizados 12 tipos de sistemas de produção e cinco casos emergentes, que representam uma diversidade tecnológica e socioeconômica da agricultura”, acrescenta.
Os pecuaristas familiares e os minifundiários possuem maior dificuldade social e, mesmo havendo uma diversificação das atividades agrícolas, há dependência da cultura da soja para muitos produtores. “Deste modo, seria necessário criar linhas estratégicas para um beneficiar três categorias específicas de agricultores”, explica.
“São eles os agricultores familiares com produção de grãos em baixa escala; os agricultores familiares com produção de baixa intensidade; e os agricultores familiares que apresentam dependência na cultura da soja, por apresentarem dificuldades de obter o nível de reprodução social, ou seja, renda agrícola mensal de um salário mínimo por unidade de trabalho familiar”, completa.
Mamadou é responsável pelo monitoramento e avaliação das atividades do Instituto Superior de Estudos Tecnológicos Aplicados - Grupo Iseta, no município de Tambacounda, onde reside atualmente. “Minha estadia no Brasil foi muito rica em experiências e descobertas. Atualmente sou agroempreendedor no município em que moro”, completa.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Mestrandos do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí visitaram no último sábado, 10 de setembro, a Estação Cidadania, Cultura e Esporte e o Parque Popular da Pedreira, acompanhados pelo professor doutor Roberto Carbonera e pela coordenadora da Estação, Rosa Barbosa.
O parque originou-se de duas pedreiras que foram desativadas e tornaram-se um grande depósito de lixo. Posteriormente, o espaço de área degradada foi transformado e utilizado para a implantação de atividades que levam integração para a comunidade, promovendo a cidadania. Neste sentido, estão sendo desenvolvidas ações que contribuem com uma melhor qualidade de vida dos moradores em todos os aspectos, desde saúde, cultura, educação até o meio ambiente, possibilitando a inclusão social e o acesso à cidadania.
O parque incentiva a ocupação dos espaços públicos pela comunidade ijuiense e proporciona três áreas de lazer: o Parque Norte, que conta com uma ampla área verde e um deck com vista para o lago, banheiro e quiosques com água fria/quente; o Parque Sul, que possui quadra esportiva, academia ao ar livre, bancos e playground, além de, futuramente, também contar com área verde - logo, as duas áreas terão uma cafeteria; e uma terceira área que compreende a Estação Cidadania, uma estrutura com espaço onde são desenvolvidos projetos e ações voltados à comunidade do entorno. São realizadas atividades circenses, oficinas, arte, esporte, teatro, danças, música e cinema. Além disso, o local possui uma sala de informática e uma biblioteca com elevado acervo de livros.
Dessa forma, a transformação de um espaço de ausências para um espaço de presenças proporciona à comunidade ijuiense a concretização de um referencial de lazer que mobiliza diversos grupos sociais e efetiva a concepção ampla da cidadania: o direito a ter direitos.
Por Stela de Almeida Pozzobon, mestranda em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade
Quando ainda cursava o mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade na Unijuí, Douglas de Jesus focou sua pesquisa na busca de soluções para o controle de afídeos, também conhecidos como pulgões, em cultivares de aveia branca. O mestrando trabalhou com duas formas de eliminar os insetos de forma segura.
Intitulada “Variabilidade genética de cultivares de aveia a não-preferência por afídeos e a presença de inimigos naturais com a proposta de um método alternativo de controle”, a dissertação procurou cultivares de aveia branca (Avena sativa) mais resistentes ao ataque de afídeos. A segunda proposta de pesquisa apresenta um composto à base de urina de vaca como repelente natural para o controle desses insetos, visando a redução da necessidade de controle por inseticidas.
Segundo Douglas, constatou-se que há cultivares de aveia branca com potencial genético de resistência por não-preferência ao ataque de pulgões. “Essas cultivares podem ser selecionadas para o aprimoramento em programas de melhoramento genético, visando o desenvolvimento de novas cultivares ou fortalecimento de cultivares já existentes, ao incorporá-las com esse tipo de resistência”, destaca.
Ele acredita que isso permitiria a redução da necessidade do controle químico contra insetos como esse. “Os pulgões estão entre as principais pragas capazes de gerar danos diretos e indiretos à cultura da aveia. Portanto, a variedade com maior resistência possibilita uma produção final com maior segurança alimentar e ecologicamente equilibrada”, afirma.
No segundo aspecto abordado por Douglas, o qual avaliou a eficácia da urina de vacas em lactação sob diferentes concentrações, como biorepelente contra pulgões, foi observado que em concentrações elevadas do composto é possível, sim, obter um efeito repelente contra esses insetos. “No entanto, ainda são necessários mais estudos sobre ambas as condições, a fim de obter mais evidências sobre a eficácia do composto e validar o mesmo como um método alternativo ao uso de inseticidas para o controle de pulgões”, comenta.
Após completar o mestrado, Douglas afirma que dará sequência aos estudos em áreas correlatas ao Programa. “Concluída essa etapa, planejo manter a busca constante por qualificação nas áreas das ciências biológicas, ambientais e morfológicas”, finaliza.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Aconteceu na última sexta-feira, dia 12 de agosto, a Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí (PPGSAS), com o tema “Mudança climática no cenário atual”. O evento ocorreu de forma online, com transmissão ao vivo pelo canal da Universidade no YouTube.
O convidado para falar sobre o assunto foi o cientista ambiental e meteorologista, Carlos Afonso Nobre. Ele é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas e pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. O mediador da palestra foi o doutor em Agronomia e professor do PPGSAS, Roberto Carbonera.
O palestrante apontou algumas das principais evidências que indicam a emergência climática, como o recuo das geleiras, elevação do nível do mar, aumento da temperatura global e acidificação dos oceanos. “As mudanças climáticas são um desafio para todos nós, para a humanidade e para a própria sobrevivência do planeta”, afirmou.
Ele ressaltou, ainda, que principalmente nas últimas décadas, o clima do planeta foi muito alterado pela ação humana. “Com a injeção de gases de efeito estufa que retém o calor próximo da superfície, nós modificamos muito os ciclos naturais, até mesmo os ciclos geológicos. Se um humano for analisar os sedimentos no fundo dos oceanos daqui a mil, dois mil anos, vai ver essa marca clara da ação humana, vai ver plástico e outras coisas que não existem na natureza”, relatou o pesquisador.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável também estiveram presentes na fala do professor Carlos Nobre. Ele destacou seis grandes transformações que podem contribuir para o alcance dos ODS, relacionadas à capacitação humana e demografia; consumo e produção; descarbonização e energia; alimentação, biosfera e água; cidades inteligentes; e revolução digital. “Para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, para prosperidade com inclusão social, paz social e sustentabilidade planetária, humana e de todos os ecossistemas, mantendo a biodiversidade, nós temos que atacar todas as áreas, não só a questão do clima”, evidenciou.
A América Latina possui importante concentração de reservas de água, florestas e biodiversidade. Essa riqueza, contudo, está sob risco de destruição em prol do desenvolvimento econômico. Com o objetivo de contribuir no debate da proteção ambiental e da gestão dos bens coletivos dessa Região, a mestre em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade pela Unijuí, Marjorie Reis Muller, desenvolveu sua Dissertação. O trabalho, intitulado “Decolonialidade, Política e Ecologia: Perspectivas de Gestão Unificada dos Commons na América Latina”, foi orientado pela professora Sandra Vicenci.
Marjorie é graduada em Administração, também pela Unijuí, e explica que o tema foi construído a partir de uma aula do PPGSAS com o professor Fernando Estenssoro, da Universidade de Santiago do Chile. “Ele fez uma explanação sobre seu livro ‘A Geopolítica Ambiental Global do Século 21: Os Desafios para a América Latina’. Inicialmente eu tinha interesse em analisar especificamente os esforços dos países do Mercosul para a proteção ambiental, mas, à medida que aprofundei a pesquisa, delimitei melhor o tema”, relata.
A defesa da Dissertação ocorreu em 24 de junho de 2021 e o trabalho foi realizado por meio de revisão da bibliografia existente sobre a temática. Entre os principais resultados obtidos em sua pesquisa, está que a educação é o caminho para a proteção dos bens comuns. “Para que as lacunas existentes possam ser preenchidas, é necessário o desenvolvimento de uma consciência coletiva de pertencimento planetário e somente a educação poderá criar uma consciência coletiva com força suficiente para mudanças políticas efetivas”, ressalta Marjorie.
Ela destaca ainda que, por meio do Mestrado, se descobriu cientista social, e pretende seguir na área da pesquisa, dando continuidade à carreira acadêmica. “O Mestrado foi um divisor de águas na minha vida, transformou minha visão de mundo, me apontou caminhos para a construção do conhecimento acadêmico e me trouxe consciência individual dos meus valores e desejos. Tenho intenção de cursar o Doutorado e, futuramente, quem sabe mais uma Graduação”, completa Marjorie.
Na tarde desta terça-feira, dia 2 de agosto, ocorreu a assinatura do contrato de cooperação técnica, científica e educacional entre a Fidene/Unijuí e a empresa Fockink, de Panambi. A parceria visa a execução e desenvolvimento do projeto de pesquisa intitulado “Previsão de cenários para manejo da irrigação por dados meteorológicos satelitais e uso da tecnologia de alinhamento contínuo de pivô central para maior eficiência de uso da água”.
Estiveram presentes para assinatura do contrato a presidente da Fidene e reitora da Unijuí, professora Cátia Nehring; o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando González; o coordenador do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, professor José Gonzalez; a coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência de Inovação Tecnológica da Unijuí (Agit), Fabiana Simon; o presidente da Fockink, George Washington da Silva; o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Edomir Schmidt; e o engenheiro agrônomo da Fockink, formado pela Unijuí, Matheus Meotti.
O coordenador do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, professor José Gonzalez, destacou que esse projeto é uma oportunidade de mostrar os potenciais da Instituição. “Essa parceria é um sonho antigo. É hora de tentarmos construir juntos possibilidades de inovação, de soluções, envolvendo o programa de Mestrado com as demandas que a empresa tem interesse”, salienta.
De acordo com o presidente da Fockink, George Washington, somente em 2021 a empresa cresceu 38%, sendo que a expansão estimada para 2022 é de 48%. Com sede na cidade de Panambi, a companhia, que completa 75 anos, possui 680 funcionários e três unidades de negócios instaladas no Brasil: em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia; em Sorriso, no Mato Grosso; e em Jataí, em Goiás.
Já o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Edomir Schmidt, ressaltou que a parceria vai servir para que o próprio grupo consiga se subsidiar e prestar um serviço com uma garantia ainda maior aos clientes. "Precisamos dar uma garantia para o cliente, para que ele não perca o grão. Para isso, é necessário cada vez mais conhecimento, para que sejamos assertivos na solução que indicamos", finaliza.
Na manhã desta segunda-feira, 1º de agosto, ocorreu a assinatura do contrato de desenvolvimento de pesquisa e de licenciamento de tecnologia para futura exploração comercial entre a Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Fidene), mantenedora da Unijuí, com a Indústria de Óleos e Essências Aromáticas de Três Passos. O contrato prevê o desenvolvimento do projeto de pesquisa “Uso de óleo essencial de citronela e capim-limão no tratamento de saúde humana, animal e vegetal”.
Participaram do ato de assinatura, junto ao campus Ijuí, a reitora, professora Cátia Maria Nehring; o vice-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando Jaime González; a chefe do Eixo Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Agência de Inovação Tecnológica (Agit), Fabiana Simon; o coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, professor José Antonio Gonzalez da Silva, e a pesquisadora do programa, professora Christiane de Fátima Colet; e os representantes da empresa licenciada, Dirceu José Diel e Pedro Diel.
O projeto de pesquisa se insere no desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão do campus da Unijuí em Três Passos, especialmente no desenvolvimento e incremento do Pólo Oleoquímico de Três Passos, onde espera-se que os relevantes trabalhos científicos da Universidade na área da “produção, extração e transformação de óleos essenciais” viabilizem a produção primária de plantas (aromáticas, condimentares e medicinais), a inovação, a tecnologia, o empreendedorismo, a incubação de empresas e o desenvolvimento econômico/social nesta área estratégica.
A conclusão do projeto de pesquisa, com apresentação dos resultados, está prevista para o final do ano de 2024.
Reconhecendo a importância do regime hidrológico, a agora mestre em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade pela Unijuí, Silviane Koch, elaborou sua dissertação sobre a “Qualidade da água e riqueza da vegetação arbórea nativa no entorno de um banhado urbano”.
A defesa ocorreu no dia 24 de junho, sendo a banca constituída pela professora doutora Vidica Bianchi, que orientou a pesquisa; pelo professor doutor e coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, José Antonio Gonzalez da Silva; professor doutor Geraldo Ceni Coelho, da UFFS; e o professor Nelson Lima da Universidade do Minho, de Portugal.
A dissertação de Silviane usa como objeto de estudo a qualidade dos aspectos naturais do banhado localizado no bairro Elizabeth, no perímetro urbano de Ijuí. Um banhado é um ambiente de solo encharcado que, dependendo de sua localização, é encarregado de controlar as enchentes, absorvendo a água dos rios nos períodos de cheia e de amenizar a estiagem, devolvendo aos cursos de água o volume resguardado.
Entre os resultados obtidos pela acadêmica, está a regeneração natural das espécies arbóreas no entorno do banhado. “Alguns registros fotográficos do início dos anos 2000 indicam a inexistência da vegetação. Os dados do estágio sucessional das espécies comprovam que essa vegetação é uma regeneração natural que está em andamento há pelo menos 20 anos”, explica.
A pesquisa confirmou que há poluição nas águas do banhado, ocasionada pelo uso e ocupação do solo no seu entorno. “Constatou-se que o quadrante três (face sul do banhado) é o mais impactado pela ação antrópica [realizadas pelo homem], porque apresentou três parâmetros com valores superiores ou inferiores aos estabelecidos pela Resolução nº 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente para águas doces de Classe 1”, afirma.
De acordo com Silviane, foram encontrados eletrodomésticos, roupas, calçados e galhos provenientes de poda nas proximidades do banhado. “O conhecimento sobre o estado em que se encontra a conservação do banhado e sobre os prejuízos decorrentes da deposição de resíduos sólidos e despejo de efluentes domésticos é essencial para ser utilizado como um instrumento de conscientização da comunidade e dos gestores municipais”, acredita.
Para ela, a relevância da pesquisa se evidencia ao comprovar que se este ambiente estiver danificado, há possibilidade de agravar outras situações ambientais na região. “É um ecossistema que não pode ser extinto sob pena de os efeitos das estiagens serem muito mais graves. Além de que, toda a biodiversidade do local também sofrerá sérios impactos”, afirma.
Silviane já iniciou um novo desafio após concluir o Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade. “Quanto à carreira, continuo sendo professora da rede pública estadual e já estou cursando doutorado em Educação nas Ciências na Unijuí. Estou sempre em busca de qualificação e aperfeiçoamento”, completa.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.