Com o objetivo de desenvolver pesquisas voltadas ao cultivo da linhaça, a Unijuí, por meio da Agência de Inovação e Tecnologia da Universidade (AGIT), firmou parceria com a empresa Cisbra. A empresa, que tem unidades em Ijuí e Panambi, atua há 27 anos no mercado de produtos integrais, oferecendo mix de grãos, flocos e farinhas integrais, óleo de linhaça, entre outros.
Por meio desta parceria serão desenvolvidas pesquisas durante três anos, com o objetivo de aprimorar estratégias de cultivo que maximizem o crescimento, desenvolvimento, produtividade e a qualidade dos grãos da linhaça. Estas pesquisas serão baseadas no zoneamento agroclimatológico da cultura, ajuste das práticas culturais e do arranjo de plantas para os principais genótipos de linhaça disponíveis, tanto com grãos marrons quanto dourados. Como parte da parceria, a empresa Cisbra fornecerá auxílio financeiro e técnico para o desenvolvimento das pesquisas, enquanto a universidade participará com a infraestrutura, bolsistas de graduação e de mestrado, professores e técnicos para melhor desenvolver o projeto técnico-científico.
Por isso, o projeto é vinculado ao Programa de Melhoramento Genético de Grãos, coordenado pelo professor Ivan Ricardo Carvalho e ao Programa de Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, coordenado pelo professor José Antonio Gonzalez da Silva, ambos da Unijuí. Tendo como beneficiário direto dos resultados do projeto os agricultores da região, Ivan entende que, com parcerias como esta, a Unijuí destaca-se como pioneira na região no âmbito de inovação no agronegócio. “Podemos evidenciar a grande contribuição da parceria entre a universidade e empresas, pois fomenta a inovação tecnológica em plantas de lavoura e melhoramento genético”, explica.
A pesquisa será desenvolvida no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR/Unijuí), localizado no município de Augusto Pestana, vinculado aoDepartamento de Estudos Agrários (DEAg). Segundo o professor Osório Antônio Lucchese, chefe do DEAg, é importante firmar parcerias com empresas como a Cisbra, pois elas permitem a aproximação do conhecimento desenvolvido pelos profissionais e pesquisadores da Universidade com o que está sendo executado pelos produtores, parceiros da empresa no campo. “Então, o grande objetivo desta parceria acaba sendo isso, a construção de conhecimento para que a gente possa referenciar, não só na nossa região, mas para todo o estado do Rio Grande do Sul e, porque não, para todo o sul do Brasil, as condições técnicas necessárias para desenvolver a cultura da linhaça de modo adequado e pleno. Esse é o grande objetivo dessas parcerias”, afirma Osório.
Segundo Alecson Thomas, gerente de Produção na Farinhas Integrais Cisbra, esta também é a visão da empresa. Ele explica que, durante os 27 anos de atuação da empresa, foram realizadas diversas viagens para países como o Canadá, um dos maiores produtores de linhaça do mundo, para buscar tecnologias e conhecimento. Porém, a empresa entende que é necessário também buscar uma melhor adaptação da planta na microrregião, e para isso, é preciso realizar estudos com capacidade técnica de profissionais e professores que auxiliem no entendimento das característica da cultura. “Os produtores que já vem plantando relatam toda experiência, os benefícios, pontos positivos e negativos da cultura. Mas é preciso, com o estudo, com a parceria da Unijuí, colocar isso no papel e tornar esse comentário, essas informações que estão hoje apenas de forma relatada pelos produtores, em um experimento, para que a gente possa levar com firmeza essas informações, e publicar elas”, conclui.
A parceria, segundo o professor Fernando Jaime González, Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (VRPGPE), faz parte da política da Universidade no fortalecimento do vínculo dos pesquisadores com o campo produtivo. “Neste caso em particular, envolve o interesse comum para a empresa e para a Universidade. Continuamos trabalhando para poder desenvolver, cada vez mais, esse setor de interesse estratégico para a nossa região”, explica Fernando. Ele destaca, ainda, que o projeto foi possível por meio da atuação da Agência de Inovação e Tecnologia da Unijuí (AGIT), que possui a responsabilidade de negociar tecnologias, dar subsídio aos pesquisadores na efetivação de projetos de parceria e fomentar a transferência de tecnologia da Universidade com o setor produtivo. A AGIT vem auxiliando pesquisadores sendo o elo institucional entre os parceiros interessados no conhecimento gerado na Universidade.
A pesquisa envolverá os anos agrícolas de 2020, 2021 e 2022 e será subdividida em três experimentos:
Experimento 1 – Desenvolvimento do zoneamento agroclimático da cultura da linhaça;
Experimento 2 – Ajuste do arranjo ótimo de plantas para maximizar a produtividade e a qualidade dos grãos de linhaça; e
Experimento 3 – Manejo eficiente do momento da aplicação e dose do nitrogênio em linhaça.
A equipe de pesquisa fornecerá relatórios preliminares ao final de cada ano do projeto (20 de dezembro de 2020 e 20 de dezembro de 2021) e um relatório final ao término da pesquisa (20 de dezembro de 2022). A partir dos dados mensurados e das informações obtidas, será formulada uma “Cartilha de Práticas de Manejo para a Cultura de Linhaça”.
Por Manuela Joana Engster, acadêmica de Jornalismo e estagiária da Agência Experimental Usina de Ideias
O Projeto, que será desenvolvido no Mestrado de Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e no curso de Agronomia, tem como foco sistemas de cultivo de Aveia Grão.
Contrato foi finalizado neste mês de maio de 2020
A Unijuí e a Dubai Alimentos, empresa de Ijuí, assinaram Contrato de Cooperação Técnica-Científica com o objetivo de estabelecer uma relação de parceria para a execução de trabalhos de pesquisa agropecuária, no desenvolvimento e adequação de tecnologias mais sustentáveis nos sistemas de cultivo de aveia grão. A metodologia do trabalho está descrita no Projeto de Pesquisa “Projeto de desenvolvimento e adequação de tecnologias nos sistemas de cultivo de Aveia Grão”. As atividades correspondem aos projetos de pesquisa da Fidene/Unijuí, executados pelo Departamento de Estudos Agrários (DEAg) e no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), órgão vinculado ao DEAg/Unijuí.
Dentre as etapas, ao final de cada ano, serão entregues relatórios técnicos parciais. Ao final do 3º (terceiro) ano será apresentado e entregue à Empresa Dubai Alimentos o Manual de Boas Práticas de Cultivo de Aveia Grão, com atualizações a cada dois anos. Além disso, a cada ano haverá uma inserção da equipe do projeto em Dia de Campo promovido pela Empresa Dubai Alimentos para apresentar resultados técnicos parciais.
A pesquisas serão desenvolvidas no decorrer de 10 anos pela equipe de pesquisadores da Universidade, com a participação de alunos e professores vinculados ao Programa de Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e do curso de graduação em Agronomia. As práticas serão desenvolvidas no campo experimental da escola-fazenda da Universidade (IRDeR), em área estimada em cinco hectares.
Segundo Dante Maurício Tissot, sócio-proprietário da Dubai Alimentos, a parceria vem para o um bem comum, que é produzir alimentos de melhor qualidade, com mais segurança alimentar. Não estamos focados só no aumento de produção, não é simplesmente produzir mais, é produzir melhor, é trazer para dentro da indústria produtos com mais segurança alimentar. Com isso a gente quer oferecer ao nosso consumidor um produto mais limpo, com mais qualidade para consumo”, observa.
Universidade e Dubai Alimentos já realizaram uma série de encontros em 2019
Para o professor Osório Lucchese, chefe do DEAg, a construção da parceria é uma proposta arrojada, revelando a postura empreendedora diferenciada desta empresa. “Faz com que possamos trabalhar no desenvolvimento de novas tecnologias de cultivo para a aveia, posicionando esta como uma das principais culturas de inverno. Mostra a confiança em nossa Universidade e no conjunto de nossos professores e pesquisadores que estão engajados na produção de conhecimento a serviço para a comunidade. É a Unijuí, novamente, fazendo a diferença para o agronegócio de nossa região”, salienta.
Já o coordenador do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, José Antonio González, observa que “é importante destacar que nesta região vem ocorrendo uma elevada demanda por grão de aveia de maior qualidade industrial e química, junto a uma crescente estruturação de agroindústria familiares e do setor industrial. Portanto, exige novos padrões de produção, mais limpos e sustentáveis, e com atributos que atendam as necessidades das indústrias de alimentos e consumidores. Existe, ainda, a necessidade de desenvolver pesquisas que fomentem a indicação de novas cultivares com desenvolvimento de manejos mais eficientes, e promover a redução de acabamento de plantas que tem uma melhor habilidade competitiva em reduzir o uso de herbicidas, que tem a maior adaptabilidade e estabilidade às variações climáticas e com redução no uso de agroquímicos”, complementa. “Destaco que, cada vez mais, precisamos de avanços científicos e tecnológicos que promovam um olhar ressignificado, voltado a geração e incorporação de novas práticas e processos relacionados aos sistemas de produção da qualidade dos produtos e do cuidado com o meio ambiente”.
Viabilização da parceria
A parceria entre a Dubai e a Unijuí teve a importante participação da Agência de Inovação e Tecnologia da Universidade, a Agit, que auxilia os Departamentos a efetivar este tipo de ação. Os primeiros contatos para a realização da parceria surgiram em Abril de 2019, sendo firmada em Maio de 2020. É responsabilidade deste setor institucional negociar tecnologias, dar subsídio aos pesquisadores na efetivação de projetos de parceria e fomentar a transferência de tecnologia da Unijuí com o setor produtivo. A AGIT vem auxiliando pesquisadores sendo o elo institucional entre os parceiros interessados no conhecimento gerado na Universidade.
A empresa também já esteve, em 2019, dialogando com a Reitoria da Unijuí
O Programa de Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí realizou, na noite de sexta-feira, 17 de abril, a Aula Inaugural com o Professor Fernando Estenssoro, da Universidade de Santiago, Chile.
A aula inaugural 2020 do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí tratou do toma “A Geopolítica Ambiental Global do Século 21: Os Desafios para a América Latina em tempos de Coronavírus”, ministrada online em decorrência das restrições de realização de aulas presenciais por conta da pandemia mundial do coronavírus.
Na palestra, o professor Fernando Estenssoro retomou a análise da Geopolítica Ambiental Global publicada em livro pela Editora da Unijuí e acrescentou dados recentes sobre a evolução da temática. Destacou que a preocupação e a visão geopolítica dos conflitos socioambientais traduzem as ideias políticas pela busca de uma sociedade mais justa, sustentável e de paz para a região.
Porém, segundo pesquisas realizadas, “os países do Norte são os maiores poluidores, responsáveis pela crise ambiental global e que estão levando à destruição do planeta”. Estes países são os maiores consumidores de energia e água. São os maiores emissores de gases de efeito estufa. Tem as maiores densidades populacionais. São os países mais industrializados. Possuem os maiores bosques de taiga. Apresentam os maiores fluxos comerciais. Concentram a maioria das multinacionais, riqueza e armas estratégicas ou ogivas nucleares.
Enquanto que os países do Sul possuem as maiores reservas de biodiversidade, lembra o professor, florestas tropicais, reservas de água doce, aquíferos, maior proximidade com a Antártica, reservas de recursos naturais estratégicos como nióbio, iodo, rênio, cobre, estanho, níquel e boro. “Porém, apresentam pouco desenvolvimento industrial, baixa densidade populacional, sem armas estratégicas e um continente desunido, o que é o pior de tudo”. Ele enfatizou também sobre os erros estratégicos que muitos países do Sul estão cometendo recentemente, incluindo o Chile, o Brasil e outros.
Quem vai ter condições de negociar, indagou?: “a história é escrita entre vinte e sessenta graus de latitude norte”, destacou. Para 2040, América Latina e África será o novo Sul absoluto. “Nós queremos este cenário? O que estamos fazendo a respeito? Não tem a menor dúvida que o coronavírus afetará ainda mais os países do Sul, em especial, a população das periferias urbanas”, complementou.
Participaram da aula professores e estudantes do Programa, para além de professores da UFSM, Santa Maria, IMED, Passo Fundo e de outros programas de Pós-Graduação da Unijuí. O evento foi coordenado pelos professores Daniel Rubens Cenci e Roberto Carbonera e foi considerado inovador e muito bem avaliado pelos participantes.
O programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade tem como base as Ciências Ambientais, como vocação de pesquisa a interface entre os sistemas naturais com os sistemas produtivos e o amplo espectro de impactos socioambientais. Tem como escopo os desafios do desenvolvimento sustentável, integrando diferentes escalas de análise, com visão sistêmica e multidisciplinar. Busca analisar e compreender as relações entre sistemas naturais e produtivos, abordando as dimensões ambientais, sociais, econômicas, culturais e produtivas, visando a geração de conhecimento para solucionar ou minimizar os impactos negativos gerados pelo desenvolvimento.
Estão abertas as inscrições para Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí até o dia 02 de março. As inscrições devem ser feitas online no site da Unijuí na página do programa: https://www.unijui.edu.br/ppgsas, no link “Processo Seletivo e Matrícula”.
A carga horária total do Curso do Mestrado é de 510 horas, divididas em 34 créditos, com duração de 24 meses. O regime de funcionamento é semestral. As aulas e atividades de pesquisa e orientação serão realizadas nas quintas e sextas-feiras à noite e no sábado pela manhã. No segundo ano, o segundo semestre do Curso é inteiramente dedicado ao desenvolvimento da pesquisa e à escrita da Dissertação.
Confira os documentos exigidos para a confirmação da inscrição:
-Cópia autenticada do Diploma de graduação ou do comprovante de conclusão do curso. Caso seja emitido pela UNIJUÍ, não é necessário autenticar;
-Cópia autenticada do Histórico Escolar da graduação. Caso seja emitido pela UNIJUÍ, não é necessário autenticar;
-Cópia dos documentos: carteira de identidade, CPF, certidão de nascimento ou Casamento/Outro, 1 (uma) foto 3x4 recente;
-Uma intenção de pesquisa (até 500 palavras) que contemple o tema de interesse;
-Curriculum vitae ou lattes devidamente documentado (anexar cópia dos comprovantes);
-Memorial Descritivo que constitui um pequeno relato (até 500 palavras), descrevendo os pontos mais relevantes da formação acadêmica e profissional do candidato;
-Uma carta de recomendação originais conforme modelo disponível no site. A mesma também pode ser solicitada na secretaria, através do e-mail ppgsas@unijui.edu.br.
-Cópia do comprovante de pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 200,00. (O boleto é gerado automaticamente no ato da inscrição).
-Os documentos indicados podem ser entregues no dia da entrevista, na sala da secretaria do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, localizado no prédio P, sala P 04-04, campus Ijuí.
A matrícula dos alunos selecionados será realizada no mês de dezembro. Serão disponibilizadas até cinco vagas. Maiores informações serão divulgadas no edital com o resultado final.
O professor Daniel Cenci e a mestranda Juliana Boniatti Libardoni Buratti, do Programa de Pós Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS) da Unijuí. Participaram de atividades de formação, que aconteceu no dia 12 de fevereiro, profissionais da educação da Rede Municipal de Condor.
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) reforça o papel da formação continuada como uma oportunidade para fortalecer o trabalho em equipe, ressaltar as habilidades individuais e de grupo. Neste sentido, propôs um momento de troca de ideias e reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem.
Desta forma, a inserção e a participação do PPGSAS ocorreu em dois momentos. Com a palestra do professor Daniel Cenci sobre o tema “Educar para a sustentabilidade e o bem viver: questões éticas e práticas” na qual foram abordadas questões importantes sobre consciência ambiental, sustentabilidade, visão sistêmica de mundo e interdisciplinaridade.
O outro momento vivenciado pelo grupo foi a participação em uma trilha na Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Rio Alegre, usina do Grupo Hidropan, situada no município de Condor. Durante a atividade, o grupo pode conhecer um pouco mais sobre a fauna e a flora da região, refletindo sobre a riqueza ambiental do município, questão importante a ser desenvolvida através dos projetos curriculares das escolas.
A trilha foi conduzida pelos Engenheiros Florestais da JS Florestal, Jorge Schirmer e Adrieli Dallabrida, e pela mestranda Juliana. Ressalta-se ainda a relação com a equipe da Hidropan, Sr. Eduardo Kummer e Olávio Melchiors, os quais deram suporte para a realização da trilha.
As ações no município de Condor são construídas a partir do projeto da mestranda Juliana intitulado “Avaliação e preservação de recurso hídrico a partir do uso de indicadores e bioindicadores de qualidade ambiental”, sob orientação da professora do PPGSAS, Juliana Maria Fachinetto.
Inscrições abertas para estudantes eventuais do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade. Os interessados devem se inscrever até o dia 12 de fevereiro na Secretaria do Curso, na Unijuí campus Ijuí.
Os documentos necessários para validar a inscrição são os seguintes: requerimento de inscrição preenchido (disponível no site e na secretaria do curso); cópia do diploma e histórico escolar da graduação (autenticados); cópia do CPF, cópia da carteira de identidade, cópia da certidão de nascimento/casamento.
Os resultados serão publicados na página do curso, no Portal da Unijuí, no dia 14 de fevereiro. As matrículas deverão ser feitas entre os dias 17 e 20 de fevereiro. Para conferir o edital com as informações do processo seletivo basta acessar a página do curso, neste link.
Saiba mais sobre o Curso
A proposta do programa foi embasada, numa longa e profícua discussão interdisciplinar realizada pelos seus docentes e pesquisadores, respaldada num considerável conjunto de estudos, pesquisas, experiências e produção científica com enfoque na sustentabilidade, oportunizando uma aprendizagem construída em vários campos do conhecimento na área socioambiental. Além de valorizar o caminho construído, deu-se um passo adiante, integrando o desafio do conhecimento multidisciplinar, atendendo aos pressupostos de maior sustentabilidade pelo conhecimento conjunto de diferentes áreas do saber.
Neste cenário, a criação do programa de pós-graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade representa a oportunidade de promover avanços científicos, fomentando pesquisas a partir de uma visão sistêmica e interdisciplinar, impulsionando a prospectar a formação de uma massa crítica para atuação convergente às necessidades dos novos cenários, com forte ênfase na proteção ambiental, garantia da segurança alimentar e qualidade de vida das comunidades.
O Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade tem como objetivos formar pesquisadores com visão sistêmica e multidisciplinar capaz de compreender as inter-relações entre o ambiente, a sociedade e a tecnologia; participar de forma crítica e reflexiva no desenvolvimento regional, considerando os princípios e valores da sustentabilidade, gerando tecnologias apropriadas aos sistemas produtivos locais; promover a produção de conhecimentos na área do meio ambiente em geral, bem como, no campo do diagnóstico e da solução de problemas de interesse socioambiental.
O programa de Pós-Graduação tem como perfil de egresso um mestre em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade com competências e habilidades que lhe possibilitem:
a) pesquisar as relações entre sistemas naturais e produtivos na perspectiva do desenvolvimento sustentável, a partir do domínio de conhecimento interdisciplinar das Ciências Ambientais;
b) compreender as relações de interdependência dos processos de ordem natural e social que determinam as mudanças socioambientais em diferentes escalas de abordagens, com atuação criativa e inovadora buscando soluções sustentáveis;
c) atuar de forma multidisciplinar no ensino e na pesquisa, em instituições públicas e privadas, ampliando a produção de conhecimento com compromisso ético profissional na construção de uma sociedade sustentável;
d) propor e planejar novos caminhos de desenvolvimento integrando o ambiente, a sociedade e as tecnologias em âmbitos diversos, como na iniciativa privada, em organizações não governamentais e em diferentes esferas da administração pública.
O professor Roberto Carbonera, vinculado ao Curso de Agronomia e ao Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí (DEAg) realizará uma viagem de trabalho ao Senegal, entre os dias 01 e 15 de fevereiro. O objetivo é fortalecer a cooperação entre a Universidade e o Instituto Superior de Ensino Tecnológico Aplicado (ISETA), da cidade de Tambacounda, Senegal.
No período, será cumprida uma extensa agenda que inclui uma visita às instalações do ISETA, reuniões com professores, funcionários e com o escritório da associação de pais. A agenda inclui uma audiência com o governador da região de Tambacounda, que fica localizada a 400 km da capital Dakar.
O professor fará uma Conferência sobre “Desenvolvimento Agrícola Brasileiro, com ênfase à Agricultura Familiar” para estudantes do ISETA e jovens de Tambacounda. Na mesma ocasião, será assinado o Termo de Renovação do Convênio UNIJUÍ-ISETA, pelo diretor do Institut, Mamadou Boye Diallo, já assinado pela Reitora da UNIJUÍ, Profª, Drª Cátia Maria Nehring. Serão acompanhadas, também, demonstrações dos estudantes sobre a formação recebida e a participação em programa de televisão na TV ISETA.
A agenda prevê, ainda, a visita ao Instituto Superior de Pesquisa Agrícola, à Agência Nacional de Aconselhamento Agrícola e Rural e ao Parque Nacional Niokolo Koba, em Tambacounda. Em Dakar, capital do país, haverá uma audiência com diretor de Ensino Superior, do Ministério de Ensino Superior e Pesquisa e com o diretor de Formação, do Ministério de Formação Profissional. Está prevista, ainda, uma visita à histórica ilha de Gorée e à Embaixada do Brasil no Senegal.
Desde o início das tratativas para a assinatura do termo de cooperação técnica e científica, em 2014, a direção do ISETA demonstrou grande interesse pela UNIJUÍ e pela Região Noroeste do RS, devido às similaridades entre as regiões e desafios da formação Superior e Desenvolvimento Regional. Seu diretor, esteve na UNIJUÍ por ocasião do III Seminário internacional sobre as Perspectivas do Ensino de Ciências Agrárias e Ambientais no Sul do Brasil, realizado em 2018. Atualmente, três estudantes senegaleses estão realizando seus estudos na UNIJUÍ: Mamadou Boye Diallo, cursa o Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade e o acadêmico Amath Ndao e a acadêmica Aissatou Diouf, cursam Agronomia.
Na tarde desta sexta-feira, foi assinado contrato entre a Unijuí e a empresa Dubai Alimentos. O contrato formaliza o compromisso de futura contratação para execução, por pesquisadores do Departamento de Estudos Agrários e também ligados ao Programa de Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da UNIJUÍ, do Projeto de Pesquisa “Desenvolvimento e adequação de tecnologias mais sustentáveis nos sistemas de cultivo de aveia grão”.
A assinatura do contrato definitivo e o início da execução do projeto estão previstos para a primeira semana de março de 2020.
A Dubai Alimentos é uma empresa estabelecida em Ijuí/RS que, desde novembro de 2005, comercializa grãos a granel para empresas de médio e grande porte e industrializa e comercializa produtos alimentícios. Segundo a empresa, é de grande relevância que a matéria-prima seja de excelência para manter os padrões internacionais. A aveia está entre os principais produtos que ela comercializa, seja a granel ou nos alimentos que industrializa.
Dessa forma, as pesquisas para gerar novas tecnologias nos sistemas de cultivo de grãos de aveia, desenvolvidas pela UNIJUÍ com apoio da DUBAI, impulsionarão toda a cadeia produtiva da aveia na região promovendo mais sustentabilidade no cultivo, melhoria da qualidade ambiental e alimentos com alto padrão de qualidade e com segurança alimentar.
Dando sequência as atividades de um conjunto de disciplinas do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, no dia 07 de dezembro de 2019, os alunos, familiares e amigos, acompanhados pelas professoras Leonir Terezinha Uhde e Sandra Beatriz Vicenci Fernandes realizaram uma visita a Rota Rural, em Ajuricaba – RS. A organização, viabilização e a realização do roteiro é realizada pela Associação de Turismo Rurall Sabores e saberes, no sábado estavam representadas pela Leda Toso e Clleci Dallabrida. Também esteve acompanhando a Rota Rural, a Morgana Correa, egressa do curso de Comunicação Social – Relações públicas, estava fazendo as fotos oficiais da Rota.
Criar oportunidades para o convívio do grupo, fortalecer laços, valorizar as experiências locais de desenvolvimento foram os principais objetivos da experiência.
O roteiro iniciou na Praça Notélio Mariotti com a contemplação da obra de arte que retrata momentos históricos de Ajuricaba. A obra foi desenhada em alusão aos cinquentenário de emancipação do município 1966-2016. Em seguida, se nos dirigimos a Queijaria UHDE, uma Agroindústria situada em casa de estilo alemão, construída em 1956 pela família Wagner onde foi servido um saboroso café colonial 'Café da Isoldi', com produtos locais.
Após, fomos conhecer a Capela Santo Antônio, o prédio mais antigo da Diocese de Cruz Alta, fundada em 13/06/1909 na Linha 17, antiga Colônia de Ijhuy e de lá seguimos em direção a Cabana de Pedra, uma construção com base na arquitetura dos imigrantes, colonizadores desta terra, com acervos da época. Numa roda de chimarrão realizou-se o Momento Campeiro: explanação de raças de equinos, encilha e doma.
O Sítio de Lazer Engenho Velho é um local com infraestrutura variada: cabanas para hospedagem, área para camping, piscinas, pesque e pague, além de uma mostra de Peças Antigas e Culinária do Campo. Este foi o local do almoço e de descanso.
À tarde, muitas surpresas estavam reservadas, com a visita a Cachoeira Linha 24: uma das belezas naturais do município, que dá nome ao Rio ao qual pertence, "Rio Cachoeira". No Sítio Vô João, uma propriedade voltada a produção leiteira com sustentabilidade - uma das principais atividades econômicas do município - tivemos o grande prazer de degustar uma dezena de saborosas sobremesas, com receitas da família, feitas a base de leite.
O Sítio Jardim Tropical, atualmente é uma Casa de chás construída em 1980 pelo senhor Imanuel Golip Fuurh, imigrante alemão que buscava paz e aconchego junto a natureza. Local de degustação e ponto de venda. E para finalizar a visita, foi a vez do Espaço do Artesanato: criado em 2002 é um local de encontro, trocas de experiências e vendas dos produtos das artesãs do município.
Eliane Marili Uhde, uma das nossas anfitriãs, faz seu depoimento: "como Ajuricabense e aluna do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, conhecedora da Rota Rural.... em Ajuricaba, fiz questão de divulgar para meus professores e colegas de turma este caminho em meio a natureza como forma de valorizar o que existe de potencial em nosso município. Ajuricaba além de se um lugar bom para viver também é bonito, existem boas ideias de empreendorismo e que precisam ser divulgadas. Tem lugares aconchegantes e pessoas que fazem parte da minha memória de infância. Lugares que eu convivi e vivi com meus amados pais!!. Se eu valorizo isso???Como valorizo!! A linha 20 e as lindas memórias estão presentes no passado, presente e futuro. A Rota está diretamente relacionada com o Mestrado ao qual integro a turma e irei desenvolver meu projeto numa Escola de Campo em nosso município. Um privilégio ter a oportunidade de fazer a Rota Rural Sabores e Saberes. Não só eu, minhas primas Elvani Saggin e professora doutora Leonir Terezinha Uhde também se orgulham da nossa terrinha e através de nossos contatos conseguimos mostrar um pouco de onde viemos".
O exercício de um olhar para valores tão caros nos dias atuais, como a cordialidade, o caloroso acolhimento, a possibilidade de convívio e conversas animadas com todas as pessoas que nos acolheram, são valores intangíveis que merecem nosso reconhecimento e valorização.
Na manhã desta quinta-feira, 05 de dezembro, estiveram reunidos, no Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, os professores José Gonzalez e Vidica Bianchi, as mestrandas Silviane Koch e Juliana Boniatti Libardoni Buratti, a professora Alcione Aparecida de Almeida Alves e sua orientada Julia, da Universidade Federal Fronteira Sul - Campus Cerro Largo, para dar início a formação de parcerias de pesquisas científicas e de inovação tecnológica relacionadas a qualidade da água. A oportunidade surgiu a partir dos projetos das mestrandas Silviane e Juliana, intitulados “Caracterização de um banhado urbano a partir do estudo da Qualidade da água e da riqueza da vegetação arbórea remanescente” e “Avaliação e preservação de recurso hídrico a partir do uso de indicadores e bioindicadores de qualidade ambiental”. Na ocasião, diferentes proposições de análises e de projetos foram discutidas, oportunizando o desenvolvimento de pesquisas de grande impacto e de interesse regional. Destaca-se, ainda, a análise envolvendo vários indicadores de qualidade ambiental dando base para o conhecimento e resolução de problemas.
O programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade tem como base as Ciências Ambientais, como vocação de pesquisa a interface entre os sistemas naturais com os sistemas produtivos e o amplo espectro de impactos socioambientais. Tem como escopo os desafios do desenvolvimento sustentável, integrando diferentes escalas de análise, com visão sistêmica e multidisciplinar. Busca analisar e compreender as relações entre sistemas naturais e produtivos, abordando as dimensões ambientais, sociais, econômicas, culturais e produtivas, visando a geração de conhecimento para solucionar ou minimizar os impactos negativos gerados pelo desenvolvimento.
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