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"População indígena no Estado gira em torno de 35 mil pessoas", diz especialista

O Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP, juntamente com  o Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN e apoio da 36ª CRE e SMEd Ijuí, realizam  até o dia 26 de maio de 2017, na Sala de Exposições  Temporárias do MADP, a Exposição Povos Indígenas – Identidade, Diversidade e Direitos.

A temática indígena, tradicionalmente abordada pelo MADP, neste ano, contará com material fotográfico, cedido pelo COMIN, dos Povos Kaingang e Guarani das regiões sul e sudeste.

A exposição pretende ampliar a discussão sobre as comunidades indígenas, no contexto da sociedade brasileira, com ênfase para a identidade, diversidade cultural e lutas pela garantia e ampliação de direitos.

Além das fotos, a exposição trará uma dinâmica interativa com o público visitante, abordando especialmente os conceitos de território e territorialidade, tão importantes para compreender a grave situação que estão enfrentando os povos indígenas atualmente. 

Na abertura da exposição estiveram presentescacique Kaingang, Adilson Policena e o assessor do Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN, Sandro Luckmann. Na ocasião foi citado um relatório da Organizações das Nações Unidas, entregue no ano passado, revelando que a situação de violência enfrentada pelos indígenas no Brasil é a pior desde 1988.

Sobre este assunto, o assessor do COMIN, Sandro Luckmann, afirma que a discriminação e o preconceito são grandes aqui na região Sul também: "os indígenas estão, inclusive, fazendo denúncias no Ministério Público para buscar soluções jurídicas para essas situações de violência, que se dão por preconceito, e com a ideia de invisibilizar e tirar o direito do indígena de ter seu papel como membro participativo da sociedade. Assim são negados seus direitos e são deixados vivendo em beiras de estrada, sem acesso à politicas públicas". 

Segundo Sandro Luckmann, o Estado é o décimo com maior população indígena no país, sendo o número de habitantes semelhante ao do município de São Luiz Gonzaga, girando em torno de 35 mil pessoas.

"O que precisa ser mudado é a nossa sociedade, não a indígena (...) A questão está muito mais voltada para a nossa sociedade ver possibilidade de novas experiências, realidades e percepções dentro da riqueza cultural e de um pensamento de diversidade e multiplicidade", comentou. Ainda de acordo com ele, o que devemos evitar, no entanto, é o pensamento da uniformização. "A diversidade potencializa debates e novas experiências", concluiu.

Confira abaixo, na íntegra, o áudio da entrevista com o assessor do COMIN, Sandro Luckmann: 


Encontro Casual: sociólogo fala sobre a relação Violência x Educação


Abrindo a Semana Acadêmica das Licenciaturas na Unijuí, a relação entre Educação, Crime e Violência foi pauta de palestra na noite de segunda-feira, 17, no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum. O tema foi abordado, na ocasião, pelo Doutor em Sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marcos Rolim.

“Procurei mostrar a relação entre a baixa escolarização e a criminalidade. Não resta a menor dúvida de que há um ponto de corte: àqueles que conseguem ir adiante do Ensino Fundamental têm muito menos chance de serem envolvidos por algum tipo de lógica criminal", comentou.

E, pra você que ficou curioso sobre o assunto, o Marcos estará no Encontro Casual do próximo fim de semana, onde falará mais sobre o tema abordado durante o evento e sua perspectiva da situação política no país.

É no sábado, às 10h, com reprise nos domingos, às 23h, só pela 106.9! Não perca! 


Aberta oficialmente a Exposição “Povos Indígenas: Identidade, Diversidade e Direitos” no MADP

Na tarde da última quarta-feira, 12, na Sala de Exposições Temporárias do MADP, foi aberta oficialmente a Exposição “Povos Indígenas – Identidade, Diversidade e Direitos”. A Exposição é composta por fotos cedidas pelo Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN e por atividades que permitem compreender na prática a realidade vivida pelos povos indígenas. Segundo Belair Stefanello, educadora do MADP, a função do Museu também é fazer questionar, “fazer com que a população sinta um pouco do que o povo indígena sentiu”. A exposição pode ser conferida até 26 de maio de 2017, e acontece com o apoio da 36ª Coordenadoria Regional de Educação - CRE e Secretaria Municipal de Educação de Ijuí - SMEd Ijuí. Após o evento foi servido um coquetel com a temática indígena.

O evento contou com a presença do cacique Kaingang, Adilson Policena, e do cacique Guarani, Anildo Romeu. “Precisamos achar uma alternativa para apoiar o povo indígena. Temos orgulho do nosso povo estar aqui vendendo artesanato, mas queremos que ele tenha o mínimo de apoio, condições mínimas de humanidade para viver. Não há ninguém melhor para levantar essas questões do que a Universidade e nós apoiamos e estamos dentro dela. A Universidade tem o papel de fazer a juventude ter esses questionamentos e lembrar que a questão indígena tem que ser discutida a qualquer hora”, destacou o cacique Adilson. Já o cacique Anildo, ressaltou o desejo de valorizar a cultura: “Queremos mostrar e falar que estamos aqui, a nossa cultura é muito importante. Estamos aqui mostrando nossa cara e nossa raça”.

Palestra – Nesta quarta-feira, no auditório da Sede Acadêmica, foram realizadas ainda duas palestras com Douglas da Rosa, Kaingang da Comunidade Goj Veso, de Iraí/RS, mestrando em Antropologia pela UFRGS. Ele abordou a questão que também é tema da Exposição “Povos Indígenas – Identidade, Diversidade e Direitos”. Segundo ele, o estado nunca deixou o societário indígena ser ouvido. “Políticas públicas precisam pensar de forma digna, não é só cestaria que circula, é conhecimento, é vida e afeto. São milhões de indígenas morando neste território, precisamos pensar a sociedade para que todos tenham voz e possam aplicar sua visão de mundo. A gente resistiu e resiste até hoje. Podem contar conosco também nessa missão. A gente precisa ampliar essa discussão”, destacou.

Fonte: Comunica


A sugestão de leitura do Toque Literário desta quinta-feira é o romance “A lua vem Ásia”

O Toque Literário desta quinta-feira (13) traz a sugestão de leitura o romance “A lua vem Ásia”, de Campos de Carvalho, publicado em 1956 e reeditado pela Editora Autêntica.

A narrativa, uma pseudo-biografia em forma de diário, abriga as reminiscências de um herói bufão que vive em um hotel com um quê de claustro burlesco. Os funcionários do estabelecimento são sentinelas risíveis; gerente aficionado por disciplina e horários; sua esposa aplica injeções em quem encontra pela frente; para evitar ladrões, grades nas janelas. Hotel de luxo, campo de concentração, mas, na verdade, um hospital de alienados.

Ficou curioso e quer saber mais sobre o título? Acompanhe o programa produzido e apresentado pelo professor do curso de Letras da UNIJUÍ, Ricardo Amaral nesta quinta-feira às 9h30, com reprise às 14h30 aqui pela 106.9 FM ou www.radio.unijui.edu.br.

O Toque Literário tem apoio cultural do Sebo e Livraria Palmares.

 


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