Na próxima segunda-feira, dia 26 de julho, às 16h, o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí realiza o webinar “Trilha metodológica no processo de articulação com vistas ao planejamento e gestão territorial”.
O evento, que será transmitido pelo canal da Unijuí no Youtube, contará com Pablo Costamagna como palestrante. Ele é doutor em Estudos de Desenvolvimento, docente e investigador, ligado à Faculdade Regional Rafaela, na Argentina.
Participam como debatedores os professores doutores Valdir Roque Dallabrida, Luciana Rodrigues Fagnoni Costa Travassos e Airton Adelar Mueller. A mediação ficará a cargo do professor doutor Pedro Luís Büttenbender.
O evento acontece em parceria com os Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável (UFPR Litoral) e em Desenvolvimento e Políticas Públicas (UFFS); e também com a Rede Iberoamericana de Estudos sobre Desenvolvimento Territorial e Governança (Redeteg) e Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial (Rete).
Na última sexta-feira, dia 16 de julho, foi realizado o 4º Seminário Internacional de Cooperativismo em Encarnación, no Paraguai, através da promoção conjunta entre a Universidad Autônoma de Encarnación (UNAE) e Unijuí. Neste ano, o evento aconteceu a partir do tema “Reconstruir e inovar juntos para a sustentabilidade”, orientado pela Organização das Nações Unidas (ONU), através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), que definiu o tema “Reconstruir Melhor Juntos” para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo e o papel das cooperativas no combate ao novo coronavírus.
O seminário, marcado pelo Painel Internacional, contou com a participação do professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí, doutor Pedro Luís Büttenbender, que também é professor convidado da UNAE e membro da Rede de Investigadores Latino-americanos em Cooperativismo (Rilac).
Do Paraguai, participou Silvia Marimoto, que é residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD/ONU; da Colômbia, Juan Fernando Álvarez Rodríguez, professor e diretor da Pontificia Universidad Javeriana e membro da Rilac; e da Argentina, Eduardo H. Fontenla, ex-membro da direção do Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes) e membro do Colegiado de Graduados em Cooperativismo e Mutualismo. Participou, também, Matías Denis, do Centro de Investigación y Documentación de la Universidad Autónoma de Encarnación (Cidunae), que atuou como moderador do painel.
O evento também contou com as palavras da reitora da UNAE, doutora Nadia Czeraniuk, do presidente do Instituto Nacional de Cooperativismo (Incoop), Pedro Loblein, e da decana da Facultad de Ciencias Empresariales, doutora Laura Arévalos.
O professor da Unijuí e um dos líderes do Seminário, Pedro Luís Büttenbender, destaca que a integração transfronteiriça e latino-americana vem sendo ampliada e fortalecida, e tem no cooperativismo e na sustentabilidade temas prioritários também no Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Unijuí. Reforça, ainda, que o cooperativismo vem sendo uma importante estratégia e mecanismo para o processo de reconstrução e de superação das crises decorrentes da pandemia, e a Unijuí é uma referência neste protagonismo.
Confira o Seminário na íntegra:
A mestranda Maria Alice Costa Beber Goi apresentou, no dia 29 de junho, sua dissertação no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí. O tema escolhido, “A sustentabilidade do meio rural à luz da legislação: o caso do município de Boa Vista do Cadeado/RS”, foi apresentado de forma online. A banca examinadora foi integrada pelos professores doutores Argemiro Luís Brum, Nelson José Thesing e Vilmar Antônio Boff.
Maria Alice iniciou o curso de Mestrado em março de 2019, motivada, ainda na graduação em Direito, a dar sequência aos estudos. “Decidi participar visando o aperfeiçoamento profissional e a oportunidade de expandir os horizontes do conhecimento”, comenta.
O tema escolhido tem relação com a origem da mestranda, que é descendente de italianos. “Escolhi esse tema pois minha família é toda ligada ao agronegócio e senti a necessidade de verificar como é a realidade da preservação ambiental nas propriedades”, explica.
A mestranda concluiu, em sua pesquisa, que os agricultores, em sua grande maioria, seguem a legislação ambiental vigente no Estado. “Apesar de cumprirem com sua parte, não há incentivo governamental que dê forças e estímulo para que sigam buscando cada vez mais a preservação ambiental em suas propriedades", completou.
Maria Alice acrescenta o quão importante foi a Unijuí para a sua vida acadêmica. “Avalio minha formação na Unijuí como muito boa, especialmente pelo fato de que a maioria das disciplinas que cursei foi ofertada de forma presencial”, afirma, destacando que não pretende, ainda, ingressar no doutorado. “Quem sabe daqui a alguns anos.”
O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional tem por objetivo a geração de conhecimento e produção científica a partir da pesquisa, tendo a interdisciplinaridade como referência metodológica e como temática os diversos aspectos que envolvem planejamento, gestão e inovação, na perspectiva da sustentabilidade do desenvolvimento regional.
Para saber mais sobre os cursos de Mestrado e Doutorado na Unijuí, acesse o link.
Gabriel R. Jaskulski, estagiário de Jornalismo
O Conselho Regional de Desenvolvimento do Noroeste Colonial (Corede Norc), com apoio da Associação dos Municípios do Planalto Médio (Amuplam), realizou na última quinta-feira, dia 8 de julho, um seminário sobre o Plano Plurianual (PPA) - um instrumento de planejamento, com duração de quatro anos, com revisões anuais, previsto no Artigo 165 da Constituição Federal. Para o presidente do Corede, professor Nelson José Thesing, esse processo de planejamento estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública, em programas estruturados em ações, que resultam em bens e serviços para a comunidade.
Segundo o professor Sérgio Luís Allebrandt, coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Unijuí, que coordenou o seminário, o PPA é elaborado sempre no primeiro ano de mandato dos novos prefeitos, entra em funcionamento no início do segundo ano do mandato e termina no fim do primeiro ano de seu sucessor. Significa a busca da continuidade do processo de planejamento, que necessita contar com a presença da comunidade em sua elaboração. Ainda, conforme o professor, o PPA é fundamental no processo de efetivação das políticas públicas, oportunizando a indicação de caminhos para o desenvolvimento local e regional, apresentando detalhadamente os atributos, metas físicas e financeiras, e serviços públicos a serem entregues à sociedade.
O PPA aponta as etapas de elaboração, execução, monitoramento, avaliação e revisão das peças básicas do processo administrativo, elaborado quadrienalmente, mas avaliado, revisto e monitorado anualmente, proporcionando a flexibilidade necessária ao enfrentamento de novos problemas e demandas da sociedade. Por vezes, transforma-se em um trabalho bastante burocrático, conforme destacou o vice-presidente do Corede, prefeito de Panambi, Daniel Hinnah.
O seminário contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, secretários e representantes dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento (Comudes e Codemi) dos 11 municípios que integram o Corede Noroeste Colonial: Ajuricaba, Augusto Pestana, Bozano, Catuípe, Condor, Coronel Barros, Ijuí, Jóia, Nova Ramada, Panambi e Pejuçara.
Os participantes de cada município indicaram diretrizes e propostas de projetos e ações que possuem potencial para organizar Projetos Regionais. Inicialmente, foram apontadas as necessidades em infraestrutura dos modais de transporte, uma vez que determinam o tempo de entrega e os custos de logística. Nesta direção, foi indicado o acesso asfáltico para o município de Nova Ramada, único município da região que ainda não possui acesso por asfalto. Também foi mencionada como prioridade a ampliação e melhoria da malha asfáltica nas principais rodovias da região, bem como da infraestrutura urbana, tanto nos bairros, como nos distritos (interior e industrial).
Ainda com relação à mobilidade e modais de transporte, foi enfatizada a necessidade de utilizar o potencial do aeroporto de Ijuí para atender demandas particulares do setor empresarial, de saúde e educação que necessitam de seus serviços, mas retomando também a possibilidade de linhas com voos comerciais regulares. No que se refere às matrizes produtivas, a cadeia do leite foi apontada como prioritária para todos os municípios da região. No mesmo sentido, foi apontada a necessidade de potencializar o processo da agroindustrialização, com potencial para viabilizar o setor de turismo rural. Além disso, outros temas importantes foram destacados e debatidos: existência de espaço para um frigorífico na região; eventos tecnológicos para qualificar as matrizes produtivas; manutenção e criação/atração de empreendimentos no setor industrial, gerador de novas oportunidades para o comércio e serviços; e importância de todos os municípios priorizarem atenção em ações para as micro e pequenas empresas. No setor Serviços, apontaram-se o fortalecimento da estrutura de saúde na região - hospitais, unidades de pronto atendimento, saúde comunitária e preventiva, e da rede educacional em todos os níveis; no aspecto cultural e turístico também foi enfatizado o movimento das Etnias; e ainda a transversalidade do empreendedorismo nas atividades públicas e comunitárias, visando a geração de trabalho e renda.
Destacou-se que dos temas apontados, vários podem estar presentes nos PPAs de todos os municípios, enquanto outros dependem de recursos e tomada de decisões das esferas estadual e federal. Neste sentido, a organização e o entendimento regional em torno de um conjunto de projetos prioritários fortalecem a ação junto aos governos estadual e federal, por ocasião, a elaboração dos PPAs daquelas esferas.
Por fim, o seminário apontou a necessidade de retomada do planejamento regional, que aponte caminhos para o desenvolvimento, contemplando a presença de todos os atores organizados, seja nas associações comerciais e industriais, administrações municipais, câmaras de vereadores, sindicatos, cooperativas, instituições de ensino, órgãos públicos e entidades do Terceiro Setor e da sociedade civil presentes na região.
A articulação do processo conta com os trabalhos do Conselho Regional de Desenvolvimento e suas Comissões Setoriais (Educação; Saúde; Assistência Social e Inclusão Social; Agricultura; Segurança; Indústria, Comércio e Serviços; Infraestrutura e Gestão Pública), bem como os Conselhos Municipais, nas diversas dimensões.
A nível de administração municipal, se apresenta o trabalho histórico da Amuplam, que além das reuniões regulares dos prefeitos, organiza encontros de várias secretarias municipais com reuniões sistemáticas. Ainda, foi destacada a importância da organização e presença dos vereadores.
Por fim, os presentes reforçaram a necessidade de integração dos diferentes espaços públicos para viabilizar a construção de consensos sobre prioridades regionais, cuja implementação contribua para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da população de todos os municípios que integram a região Noroeste Colonial.
O desenvolvimento regional é muito mais do que o crescimento econômico. Ele nasce na vertente dos municípios e se consolida no ambiente regional a partir de sua dinâmica na cadeia produtiva. Em razão deste contexto, a doutoranda Roseli Fistarol Krüger desenvolveu, junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí, a tese intitulada “As políticas municipais para indústrias e as repercussões no processo de desenvolvimento regional”, sob orientação do professor doutor Sérgio Luís Allebrandt.
A partir da pesquisa foram entrevistados representantes do poder público, que formula as leis, e empresários, que as demandam, e apresentadas as repercussões das políticas industriais praticadas pelos municípios, sendo elas limitadas, reativas ou inovadoras. Para Roseli, o diferencial de sua pesquisa está no olhar para o regional/local. “Muitos estudos destacam as políticas nacionais de incentivo à indústria, mas não havia trabalhos, teses, no contexto regional/local. É desafiador e empolgante ao mesmo tempo”, destacou.
A tese apresenta os dois lados, do poder público e dos empresários, por serem elementos para o desenvolvimento de nova postura do poder público - que deve tornar-se muito mais ativo e menos reativo, a partir da formulação de políticas mais eficientes, em atuação conjunta com associações de empresários, segundo Roseli.
De acordo com a doutoranda, a escolha por realizar o doutorado na Unijuí aconteceu após realizar uma pesquisa no mercado. “A Unijuí é uma Universidade reconhecida no meio acadêmico e empresarial, não só na região, mas em todo o Sul do País, e por isso a escolha. Já a temática para minha tese partiu de uma identificação com o assunto que foi abordado. A tese apresenta as repercussões das políticas industriais praticadas pelos municípios, sendo elas limitadas, reativas ou inovadoras”, explicou.
Roseli defendeu a sua tese de doutorado neste mês, na área de concentração Planejamento e Gestão e na linha de pesquisa “Políticas públicas, planejamento urbano e gestão do território”. A banca foi composta pelos professores doutores Sérgio Luís Allebrandt (presidente/orientador, PPGDR/Unijuí), Nelson José Thesing (avaliador interno, PPGDR/Unijuí), Pedro Luís Büttenbender (avaliador interno, PPGDR/Unijuí), Antonio Paulo Cargnin (avaliador externo, POSGEA/Ufrgs) e Lucir Reinaldo Alves (avaliador externo, PPGDRA/Unioeste).
Por Evelin Ramos, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí
O Grupo Interdisciplinar de Estudos em Gestão e Políticas Públicas, Desenvolvimento, Comunicação e Cidadania (GPDeC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado - em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da Unijuí, está realizando uma pesquisa denominada “Gestão Social e Cidadania: o controle social do desenvolvimento regional no Rio Grande do Sul - 2018/2023”, que tem por objetivo mapear ações de controle social à luz da gestão social no Estado.
Em 2020, no âmbito deste projeto guarda-chuva, foram elaborados dois subprojetos com o objetivo de analisar aspectos inerentes ao controle social durante a pandemia de covid-19. O primeiro foi “Cidadania e controle social no território do Corede Noroeste Colonial durante a pandemia da covid-19: desafios e oportunidades”; e o segundo “Cidadania e controle social de territórios em tempos de pandemia nos municípios do Corede Noroeste Colonial: interfaces entre a sociedade civil e as administrações municipais”. O objetivo é analisar o processo de gestão do distanciamento social e as dinâmicas de gestão social e controle social durante a pandemia no âmbito de municípios do Corede Noroeste Colonial.
Os projetos vão ao encontro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes, que trata da cooperação nacional e internacional, transparência e conformidade institucional, governança e responsabilização institucional, governança global, transparência e segurança da informação, além dos desafios futuros para promover uma sociedade pacífica e inclusiva pelo acesso à justiça e instituição responsável.
Para fazer esta análise, os participantes do projeto estão aplicando um questionário para os 11 municípios do Corede Noroeste Colonial, com vistas a subsidiar os estudos que estão sendo realizados. O instrumento tem o objetivo de mapear a visão dos dirigentes e membros dos Comitês da Covid-19 sobre a sua atuação para o enfrentamento do coronavírus. Já foram realizadas sete entrevistas, na modalidade online, com os representantes dos comitês dos municípios de Augusto Pestana, Condor, Doutor Bozano, Jóia, Nova Ramada, Panambi e Pejuçara.
Estes subprojetos estão sendo conduzidos por bolsistas de Iniciação Científica com a orientação de doutorandos e mestrandos do PPGDR, sob a coordenação geral do professor e coordenador do programa, Sérgio Luís Allebrandt.
Os dados coletados nesta pesquisa serão analisados e, em conjunto com outros dados obtidos em diversas fontes, serão utilizados em relatórios de bolsistas, dissertações e/ou teses, podendo ser publicados na forma de artigos em eventos e/ou periódicos científicos ou em capítulos de livros, sendo que os resultados parciais já estão sendo utilizados para a elaboração de trabalhos científicos que serão submetidos à publicação no Salão do Conhecimento, que ocorrerá na modalidade virtual entre os dias 26 a 29 de outubro.
A Unijuí, por meio do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional, foi parceria na realização de quatro painéis, que antecedem o 12º Encontro de Investigadores Latino-americanos em Cooperativismo – Eilac, previsto para acontecer em 2022 no Brasil. O evento também foi promovido pela Rede de Investigadores Latino-americanos em Cooperativismo (Rilac), Observatório de Cooperativas (OBSCoop/USP), Económicas/UBA e Universidade Federal do Tocantins (UFT).
De acordo com o professor doutor Pedro Luís Büttenbender, coordenador dos painéis pela Unijuí, as discussões tiveram o intuito de gerar um olhar que valorize e reconheça o panorama do cooperativismo na América Latina. Ao todo, nos quatro encontros – que aconteceram de forma online nos dias 12 de abril, 7 e 14 de maio, e 4 de junho -, transitaram com exposições 12 países. Foram cerca de 230 participantes.
“O cooperativismo vem ampliando a sua ênfase e a sua temática, especialmente para fazer frente aos desafios impostos pela pandemia e pelo desenvolvimento. É nesta perspectiva que projetos de pesquisa, de capacitação, educação e de modernização vêm sendo realizados. Neste sentido a Unijuí, por meio dos cursos de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional, vem participando ativamente do movimento latino-americano, que envolve a Rilac, para tratar sobre as diferentes experiências do cooperativismo na América Latina”, explicou o professor, lembrando que todo este trabalho não só prepara para o Eilac, como também contribui para a estruturação de uma abordagem cada vez mais forte do cooperativismo, da gestão cooperativa e das políticas públicas de desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação da Unijuí.
“As regiões mais desenvolvidas do interior da América Latina contam com uma presença importante de experiências cooperativas, da mesma forma que no Brasil e na nossa região Sul. O cooperativismo é o modelo de organização que mais bem se adapta aos períodos de crise. Aliás, é um mecanismo para fazer frente à crise”, completou Büttenbender.
Confira os painéis:
Na última semana, no dia 11 de maio, estudantes da Turma Minter do curso de Mestrado em Desenvolvimento Regional – convênio de cooperação interinstitucional entre a Unijuí e a Faculdade Única de Ipatinga (Funip), estiveram reunidos, de forma online, para eleição dos representantes do grupo junto ao Colegiado do Programa de Pós-Graduação.
Com 14 votos, foi eleito como representante Evandro Zanini Moura e, como suplente, Leonardo Henrique Chain de Mello.
A escolha possibilita aos discentes o exercício de práticas democráticas por meio do processo de reuniões e discussões com os representantes; explicita a função do representante de turma na perspectiva de uma democracia representativa e participativa; e permite que o Colegiado escute os discentes, orientando-os com o objetivo de consolidar as relações democráticas.
“Tenho a missão de representar a turma junto ao Colegiado e atuar como um mediador entre o Colegiado, a turma e os professores”, destacou Evandro.
Se nos tempos pré-históricos os suportes eram as paredes das cavernas, hoje emprega-se toda tecnologia de equipamentos eletrônicos para garantir a qualidade e exatidão dos registros. Pensadores da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), como López e Sagol, em sua obra "Dados, colaboração e participação em ambientes virtuais", publicada em 2012, já evidenciavam que os recursos tecnológicos para captura, armazenamento, processamento e disseminação de informações são cada vez mais necessários em função do crescimento acelerado do compartilhamento de informações.
A preocupação com essa coleta de dados abertos, servindo como geração para transparência, foi o que motivou a tese de doutorado do pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Unijuí, Reneo Pedro Prediger. Intitulada “Dados abertos como indutores da transparência em municípios brasileiros: um estudo a partir de municípios gaúchos”, a tese aborda dados governamentais abertos em nível municipal, tema associado à transparência pública, à participação e à colaboração dos cidadãos, e um dos eixos fundamentais nos denominados Governos Abertos.
Segundo Reneo, a disponibilização de dados governamentais em formatos abertos pode contribuir para uma abordagem diferente sobre os dados públicos, podendo resultar em visões que acrescentam qualidade e efetividade aos processos de transparência. “A construção destas visões pressupõe tanto a participação quanto a colaboração da sociedade, visto que são os próprios cidadãos, individualmente ou em associações, que as elaboram. Esta colaboração dos cidadãos ocorre, normalmente, pelo desenvolvimento de aplicativos computacionais, para smartphones, computadores pessoais ou para a própria web” , explica.
O movimento de dados abertos tem obtido adeptos, principalmente em nível de governos nacionais. No entanto, existem poucas evidências mostrando a associação de municípios, principalmente no Brasil, a esta atividade. A tese do pesquisador, deste modo, procurou identificar e analisar os fatores políticos, burocráticos e tecnológicos que dificultam ou impedem a disponibilização de dados abertos municipais. A investigação empregou metodologia qualitativa de análise, especificamente a Hermenêutica de Profundidade, de Thompson, permeada por instrumentos quantitativos que contribuíram para a caracterização estrutural, e espacial, dos municípios gaúchos, os quais constituíram o locus deste estudo.
Durante a pesquisa foram observados, por um lado, o tratamento dispensado pelos 497 municípios à transparência pública, por meio de seus sites institucionais e portais da transparência e, por outro, a percepção de atores sociais, governamentais e empresariais em relação ao tema da transparência pública, participação e colaboração dos cidadãos, governos e dados abertos. “As dificuldades dos municípios estão localizadas nas limitações de suas estruturas administrativas e na ausência, em praticamente todos os municípios, de qualquer organização da área responsável pelo tratamento da informação. Os motivos principais, entretanto, estão relacionados à ausência de legislação específica e ao desconhecimento do assunto”, esclarece o pesquisador.
A tese foi apresentada por Reneo Pedro Prediger ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, na linha de pesquisa Políticas Públicas e Gestão Social, da Unijuí, e teve orientação do professor doutor Sérgio Luís Allebrandt. A banca examinadora foi composta pelos professores doutores Airton Adelar Mueller (PPGDR/UNIJUÍ), Romualdo Kohler (PPGDR/UNIJUÍ), Airton Cardoso Cançado (PPGDR/UFT) e Ângela Cristina Trevisan Felippi (PGDRA/UNIOESTE).
Confira o trabalho na íntegra: https://www.unijui.edu.br/estude/mestrado-e-doutorado/desenvolvimento
Por Evelin Ramos, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí
Pesquisa realizada por mestranda do Programa de Desenvolvimento Regional da Unijuí analisou as potencialidades e possibilidades de melhorias para que o município atinja efetivamente as diretrizes propostas na Lei nº 11.947/2009
O crescimento do setor agrícola e o aumento da produção de alimentos nas duas últimas décadas vêm contribuindo para reduzir a fome e a desnutrição da população em âmbito mundial. No entanto, isto não é suficiente para que a população possa ter acesso aos alimentos com regularidade, de forma saudável, nutricional e sanitariamente adequada. A alimentação escolar é conceituada pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), como a provisão de alimentos a escolares. Existem vários tipos de programas de alimentação escolar, os quais podem ser classificados em duas principais categorias: os que oferecem alimentação nas escolas e os que oferecem rações (termo utilizado na dissertação como referência a uma quantidade pronta e padronizada oferecida às crianças) para levar para casa, garantindo aos alunos a alimentação no ambiente escolar, respeitando as diferenças por faixa etária, de saúde e de alunos que se encontram em condições de vulnerabilidade social.
A pesquisadora Indaia Dias Lopes, em sua dissertação de mestrado no Programa de Desenvolvimento Regional da Unijuí, se propôs a analisar as diferentes formas de operacionalização do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nas escolas públicas de Passo Fundo. No entanto, segundo a pesquisa - intitulada “Análise da operacionalização do Programa Nacional de Alimentação Escolar em escolas públicas de Passo Fundo - RS” -, para que o município atinja efetivamente as diretrizes propostas na Lei nº 11.947/2009, ainda existem muitos aspectos que precisam ser aprimorados.
“O estudo mostra que é preciso avançar em uma proposta de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) nas escolas, envolvendo alunos, pais, professores, em particular nas escolas estaduais. A conscientização sobre uma alimentação saudável não somente deve perpassar por todos os atores sociais envolvidos diretamente com o PNAE, mas ir além. Esta conscientização deve iniciar no cultivo do alimento pelo agricultor, com a utilização de técnicas que não sejam prejudiciais à saúde humana”, disserta.
A pesquisa, conforme Indaia, contribui para a sociedade, particularmente para os gestores públicos, formuladores de políticas públicas, pesquisadores, estudantes interessados nesta temática e para os beneficiários do PNAE, pois aborda os limites e as potencialidades deste programa no município, além de proporcionar elementos explicativos para que se possam avançar em busca de melhores resultados.
A dissertação foi apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, na linha de pesquisa Desenvolvimento Territorial e Gestão de Sistemas Produtivos, e teve como orientador o professor doutor David Basso. Já a banca examinadora foi composta pelo professor doutor David Basso (Unijuí), professora doutora Rita Inês Paetzhold Pauli (UFSM), e o professor doutor Dilson Trennepohl (Unijuí).
Confira o trabalho na íntegra neste link.
Por Evelin Ramos da Rosa, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí.
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