Foi lendo o 2º caderno da Zero Hora de Sábado (dia 26) que a idéia da coluna desta semana surgiu. E tem a ver justamente com o tema de uma disciplina que vou ministrar este semestre (Tecnologias da Comunicação) e uma monografia que também estou orientando (do midiático Augusto Salla): o uso da tecnologia e a disseminação criativa da informação. Pois olha só: o cineasta Murilo Salles usou a internet e pouquíssimo recurso para o lançamento de seu longa Nome Próprio, inspirado nos textos da blogueira gaúcha Clarah Averbuck. Dez dias antes de chegar aos cinemas cariocas e paulistas (aqui no estado vai ser lançado durante o Festival de Gramado), Salles enviou 200 e-mails para amigos que, por sua vez, os repassaram para outros amigos e assim gerou uma rede de curiosos para ver o filme. O conteúdo do e-mail? Uma carta, quase desesperada, falando da dificuldade de manter uma produção em cartaz além dos 7 primeiros dias de exibição. Nas palavras do diretor: “Veja meu filme antes que ele acabe...”. O apelo trouxe resultados: nos 3 primeiros dias de exibição, o filme foi assistido por 5.359 pessoas, o que garantiu mais uma semana em cartaz. Claro que a iniciativa de Salles não foi a primeira nem a última, mas vemos o poder e as múltiplas possibilidades de uso da rede...

Em publicidade, por exemplo, tem até prêmio para este uso criativo. O Yahoo! deu início a campanha para a segunda edição do prêmio Big Idea Chair no Brasil. Assim como acontece em outros 11 países, a proposta é premiar apenas um case, a grande idéia do ano, escolhida por um júri formado por profissionais do mercado.Obviamente, essa grande idéia precisa envolver internet de alguma maneira. Outro diferencial, é que aqui todos os envolvidos com o case, agência, produtora e anunciante, levam o prêmio: uma enorme poltrona roxa. O teaser (peça publicitária que antecede a campanha, causando expectativa)do Big Idea Chair nesse ano brinca justamente com isso: duas pessoas vão a rua Teodoro Sampaio (famosa em São Paulo por suas lojas de móveis)em busca de uma poltrona roxa. Quer ver? Acesse www.bigideachair.com.br e veja que maluquice criativa...

Você conhece alguma estratégia legal usada na internet? Então manda prá gente!!! Um abraço, e uma semana cheia de boas idéias, reais, virtuais...

OBS: e aí, qual foi a sua última boa idéia?

Boa Idéia da Semana: já que na semana que passou comemoramos o dia do Colono e do Motorista, minha dica aproveita a data. Acorda um pouco mais cedo e vai até a Feira do Produtor, ali na baixada da Floriano Peixoto... tem tanta coisa gostosa e nutritiva, desde o Tofu (queijo de soja) até a cuca que parece da Omã (isso sem falar no alface, brócolis, cenoura, pães..). Vale à pena. E outra: vamos tentar fazer o trânsito realmente ser melhor? Parar de reclamar da lei de Tolerância Zero ao álcool, culpar os buracos da cidade, a idade do motorista à nossa frente e começar a dirigir como gente inteligente?

É bom mudar de ares de vez em quando, fazer algo diferente, nem que seja escovar os dentes com a outra mão... lembram que há algumas colunas atrás eu comentei sobre isso, de como sair da rotina, ser curioso, se aventurar em novas experiências é positivo para o estímulo da criatividade? Pois então, a colunista saiu de férias e passou uns dias na capital, se alimentando de coisas bem legais. Divido com vocês um pouco do meu roteiro...

1. Instituto Iberê Camargo. Imperdível, com certeza. Vá preparado para olhar não apenas a obra densa do mestre Iberê, mas também atente para os detalhes da construção idealizada pelo arquiteto Álvaro Siza: ângulos, jogos de luz e sobra,paredes que parecem flutuar do chão. Depois, delicie-se na lojinha do térreo. Artesanato, livros de arte e recuerdos de um tempo bom perto da arte e do Guaíba...

Olha a colunista aí. Esta é a prova: Instituto Iberê: eu estive lá!!! (foto)

2. Exposição Transfer, no Santander Cultural. Skatistas que fazem arte, arte que faz as ruas... entre no mundo da cor que grita, do grafite – e não da pichação, existe diferença sim! – das pistas de skate, do vídeo, e de tudo isso ao mesmo tempo.

3. Dê alguns passos na Praça da Alfândega e vá até o Margs ver o famoso quadro “A primeira missa no Brasil”. Impressiona não só a beleza e o tamanho da obra, mas, também, o processo minucioso de restauração. Quanta criatividade e profissionalismo!!! Depois disso tudo, que tal um suco lá no Mercado Público?

4. Fui também na Casa Cor, templo da criatividade de arquitetos e decoradores. Além do aproveitamento do espaço, o que me chamou mais a atenção foram os revestimentos. O porcelanato agora parece metal, papel, pedra, cimento, e o que a imaginação e a tecnologia permitir. Incrível.

Além de tudo isso, claro, o momento perua básica: shopping (tá bom, confesso ter passado só 1 hora na livraria e 2 horas provando roupa...), happy hour com amigos... mas vai dizer que isso não dá uma renovada nas energias? Que venham as novas idéias!!!

PS: e aí, qual foi a sua última boa idéia?

Boa idéia da semana: faça o que eu digo e o que eu faço: pegue um ônibus, uma carona, uma bicicleta e vai dar uma volta por aí. Sai da frente deste computador!!! Existe muita vida inteligente lá fora, e muita coisa legal querendo te conhecer (ou seria o contrário?)...

Colorados e gremistas, gremistas e colorados, vivem discutindo futebol, principalmente falando de suas diferenças. Mas, no último mês, ambos sofreram do mesmo “mal”. Aliás, o mesmo mal que o Blog sofreu, pois por tabela perdeu dois de seus garotos propaganda. Fernandão e Roger deram tchau!

O primeiro a sair foi o multicampeão e símbolo das últimas grandes conquistas do Internacional. Segundo um dirigente do Clube, a proposta era “extraordinária para o jogador” e que o Internacional fez todos os esforços para manter o capitão. Mesmo assim, Fernandão às lagrimas saiu do Internacional.

O segundo foi o “nem tão gremista” Roger, que recebeu uma proposta milionária para jogar no Catar, num negócio que partiu do Corinthians, clube de origem do jogador. Roger vai embora como Fernandão, do mesmo modo que vai seguir Guiñazu/Alex/Léo/ e outros num futuro bem próximo.

Pois é, beleza, mas o que isso tem a ver com o mundo dos jovens universitários?

É que nós, jovens e estudantes, diferentemente dos Fernandãos e dos Rogers da vida, temos que dar muito duro até chegar aonde pretendemos.

Por que cada vez mais são poucos os que se podem dar ao luxo de trabalhar apenas pelo prazer e que, por isso, não tem que se preocupar com questões "mais práticas”.
E dinheiro é uma delas. Não a única, mas uma bem importante.

Por outro lado, também é verdade que quando se tem um certo percurso no mercado de trabalho, sabe-se muito bem como sentir-se profissionalmente realizado.

Até hoje, o que aprendi com o pouco de carreira que já fiz (e também com o monte de coisas ainda tenho a fazer pela frente) é que a realização profissional é tão importante quanto a realização pessoal e as duas acabam por se complementar.

NÃO TEM OUTRA!

Muitos dos que hoje estão aqui na Universidade, e logo vão entrar no mercado de trabalho, tem que ter em mente e acreditar que vão sim conseguir realizar e fazer aquilo que sempre sonharam, independentemente da profissão escolhida.

O que fica claro, seja para um simples estudante ou um astro do futebol, é que a felicidade não tem preço e que o mínimo que a gente pode fazer é correr atrás dela.

Adios amigos.
* Maiquel Kelm - Publicitário da Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ

Nossa mente também pode ser um pouco como o sabão OMO... dá um branco poderoso. Existem momentos - acredito que vc já deva ter passado por isso – que simplesmente vc não consegue imaginar nada, não acha a solução do problema, não lembra de nada, não lhe vem à mente aquela resposta afiada (ainda mais quando te tiram do sério)... pois é, isso é absolutamente natural. Nem sempre as idéias chegam imediatamente, nem a resposta, nem a lembrança... Eu, particularmente, já tive vários momentos assim, desde o slogan para aquele anunciante - não saiu nem espremendo o crânio, ficava dando voltas na mesma frase, que horror!!! –passando pelo conteúdo daquela aula que simplesmente sumiu (alguém viu uma aula sobre Planejamento de Mídia andando por aí???) – até chegar naquela audição de piano, quando eu tinha 12 anos e resolvi tocar sem partitura... vcs podem imaginar o resultado... Traumas à parte, fica meu conselho: dê um tempo. A idéia vai chegar.

É que mesmo quando achamos que não estamos pensando no problema, nossa cabeça está processando ainda... encaixando, combinando, tentando achar a resposta. É aquilo que chamam de período de incubação. E cada um vai incubar a idéia a seu modo. Alguns saem para dar uma caminhada; outros, meditam. Alguns têm idéias na hora que fazem a barba; outros, quando acordam no meio da noite. Outros ainda gritam eureka! depois de tocar algum instrumento musical ou testar uma nova receita. Eu gosto de ir para o jardim, fuçar nas minhas orquídeas e cactus. É raro eu não sair com uma unha quebrada, um espinho no dedo e uma idéia fervilhando na cabeça...

E para finalizar.... putz, deu branco!!! Abraços e uma semana colorida para vc!!!

PS: e aí, qual foi a sua última boa idéia?

Boa idéia da semana: gosto muito de iniciativas que valorizam o artesanato, a reciclagem, a inclusão social por meio da produção. Acho que temos muito potencial por aí a ser explorado. Olhem estes exemplos:a Oficina dos Sonhos fica nos fundos da APAE de Ijuí e é um projeto de inclusão de portadores de deficiência que agora está produzindo eco-bags personalizadas (as quais já foram assunto aqui nessa coluna!!!). E em Goiânia, um exemplo a ser seguido:há um ano e meio, catadoras da Cooprec (Cooperativa de Reciclagem de Lixo), procuraram professores da Universidade Católica de Goiás para desenvolver formas de aproveitar os detritos. A parceria se transformou no Núcleo Artesanal de Reciclagem, vencedor da categoria Ação Social do Prêmio Planeta Casa 2007, promovido pela Revista Casa Cláudia.

* Melissa Gressler - Professora do Curso de Comunicação Social da UNIJUÍ

Criatividade é um olhar diferenciado sobre as coisas. É quando a gente consegue ver aquilo que ninguém consegue – como diria o líder dos Thundercats, “visão além do alcance”. Meus colegas publicitários dão um exemplo sobre isso. Para um publicitário, um ovo é mais que um simples ovo. Um ovo pode se transformar em uma mídia alternativa... pode carregar uma informação, fazer o consumidor entender a promessa do anunciante, diferenciar a mensagem no meio de tantos outros apelos de comunicação.

Veja estes exemplos: a agência DPZ fez há alguns anos uma campanha para uma marca de eletrodomésticos européia chamada Moulinex. O barato da campanha foi achar a resposta para a seguinte pergunta: como atingir com sucesso os potenciais consumidores do produto, especialmente em um momento em que eles não estão sendo alcançados pelos meios de comunicação tradicionais? E mais: como fazer a pessoa ter uma experiência com a marca, gerando impactos positivos que podem se transformar em vendas futuras? Pois não é que a campanha foi feita com ovos? Ovos adesivados (veja na foto), surpreendendo os consumidores na cozinha, mesmo lugar onde os eletrodomésticos (liquidificadores, batedeiras, etc) são usados...


Outro exemplo de um ovo pode ser mais que um ovo (ou melhor, neste caso, seu invólucro). Pois a Virgin Atlantic, nos EUA, tinha fama de ser uma companhia aérea que não cuidava bem da bagagem de seus usuários. O que ela fez? Enquanto os pobres viajantes aguardavam suas bagagens na esteira (ai, que hora infeliz...),caixas de ovos passavam na mesma esteira carregando a mensagem: Transportado pela Virgin Atlantic. Logo: se ovos são transportados com toda integridade, as bagagens também serão!

E para finalizar: o que a embalagem e a casca do ovo pode se transformar? A casca pode ser o suporte de velas decorativas, feitas com parafina amarela. Parecem ovos abertos de verdade... e a embalagem... olhe o exemplo abaixo[i]! É pura criatividade!!!


Abraços,uma semana fértil de idéias!!!

PS:e aí, qual foi a sua última boa idéia?

Boa idéia da semana: que tal aproveitar o final do semestre para colocar a ordem da casa em dia? Fazer aquela faxina no armário, doar o que não usa (a Campanha do agasalho continua!), limpar as gavetas (essa época do ano junta muito pó!!!) organizar as contas pagas/não pagas em pastas... Encapar umas caixas de sapato ou de camisa, guardar badulaques, fotos, lembranças. Isso ajuda horrores na hora em que o tempo volta ficar bem escasso. Renova as energias e as idéias!!!


* Melissa Gressler - Professora do Curso de Comunicação Social da UNIJUÍ
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[i] Extraído da Revista Casa Cláudia de Fevereiro de 2008

Já disse e repito: TODOS somos criativos, capazes de ter idéias, dar origem ao novo.. Mas confesso nutrir uma profunda admiração por aqueles que saem da média, que conseguem criar mais e melhor, que inovam e que fazem a diferença em suas área de conhecimento. Parecem seres de outro mundo, mas que, na verdade, usam seu talento combinado a muito trabalho, dedicação e disciplina...
Uma dessas pessoas mereceu destaque no Caderno Donna da ZH de ontem (Domingo, dia 29). É o gaúcho de Uruguaiana Gringo Cardia.

Eu conhecia o trabalho gráfico do cara (são dele as capas de Cds da Marisa Monte, dos Paralamas, Maria Bethânia entre outros nomes de peso), mas fiquei admirada ao ver que ele desenvolve trabalhos fantásticos nas artes visuais, na cenografia (inclusive está desenvolvendo um projeto no badalado Cirque du Soleil) e no gerenciamento da imagem de gente como Carlinhos Brown e...Xuxa! Sim, a Xuxa é cliente do Gringo. Eclético o moço, não? OU seja, Gringo Cardia transita na área artística com muita criatividade e profissionalismo. Olhem o que ele diz:

“Pode fazer o que quiser, desde que ganhe experiência com isso. Na minha vida, fui ganhando experiência buscando fazer coisas diferentes. Sempre quero mais.”
“ (...) o legal era ser diferente e sempre procurar algo para ser diferente”

No blog da Fernanda Zaffari (jornalista responsável pela matéria) você pode conhecer mais sobre Gringo Cardia (www.zerohora.com/blogdafernanda) Que sirvam as façanhas de Gringo Cardia de exemplo a toda terra! Boa semana!

PS: e aí, qual foi a sua última boa idéia?

Boa idéia da semana: momento perua da colunista... Há tempos venho defendendo a idéia de que as nossas bolsas deveriam ter luz interna, ou mecanismos ativados por voz... assim, ao dizer “chave de casa”, a chave saltaria para fora da bolsa... e assim não se precisaria perder o tempo e a paciência ao procurar a dita cuja no meio dos badulaques... Ainda não existe este luxo(que eu saiba), mas no Caderno Donna de ontem foram apresentadas as “capinhas para chave” da Hello Kitty , idéia da carioca Carol Assad (www.pinkydoodle.com), que têm, inclusive, luz... assim a chave fica lindinha e fácil de achar na bolsa....
O que ainda falta inventar?