A comunidade solicita que a psicologia fale. Pedidos de escolas, empresas, hospitais, entre outras instituições chegam à universidade. Sempre há alguém interessado no que a psicologia tem a dizer. É freqüente a participação de psicólogos na mídia, prestando esclarecimento sobre patologias, comportamentos. Às vezes apontando possíveis motivos e explicações para atos como o de Lindembergue e Suzana Von Richthofen.
Conheço pessoas que buscam na psicologia a fonte de todas as respostas, esperando a explicação e solução de todos os problemas sociais e individuais. Outras utilizam o saber desta ciência para justificar o que lhe convém. Algumas até parece que esperam da psicologia a “revelação da fórmula da felicidade”. Mas é preciso tomar cuidado com idéias deste tipo. A psicologia fala sim, traz contribuições a respeito de diversos temas. Ela tem uma função social. Faz parte do trabalho do psicólogo apresentar trabalhos e discutir idéias em público, promover a qualidade de vida, trabalhando em processos psicológicos e psicossociais.
O curso de psicologia da UNIJUÍ desenvolve o projeto de extensão “A Psicologia fala à comunidade”. Nesse projeto, um grupo de acadêmicos realiza palestras sobre os mais variados temas. O objetivo é trabalhar em parceria com a comunidade.
Com esse objetivo, o projeto já realizou, esse ano, algumas atividades. Como no dia 6 de maio, quando ocorreu “1° feira municipal da saúde e assistência social” em Jóia, na qual o projeto realizou palestras com alunos da Escola Estadual Antonio Mastella. De 5º a 8º anos, o tema foi “adolescência”, e de 1° a 3° anos do Ensino Médio, a conversa foi sobre “escolha profissional”. Esta experiência se mostrou rica tanto para o público que nos recebeu muito bem e, especialmente para nós acadêmicos, que podemos dialogar com a comunidade.
Juliana Nascimento de Lima - acadêmica de Psicologia da UNIJUÍ
Não conheço muito a história de Beethoven, que, é o que dizem, um gênio da música. Já o ouvi, principalmente a 5ª e a 9º sinfonias. Mas, o filme em questão, “O Segredo de Beethoven”, filme que trata já da decadência e das ultimas composições do cara. Interessante saber dos métodos para driblar a surdez que o acometeu no final de sua a vida. E também a persistência de quem não se entregou para as circunstancias da vida.
Pois, como trata o título, esse filme é bem comum. Bem heróico e clichê. A não ser por uma cena, que vale o filme. A cena é a regência (foto abaixo) da 9ª Sinfonia. Causa arrepios. Uma experiência muito interessante e delirante de ver e ouvir uma música.
Gostei do filme só por essa cena, que mostra o peso histórico de Beethoven, e sua personalidade muito dificl. Mesmo que não conhece música clássica, vale a pena dar uma olhada. Ao menos nessa cena.
Ficha Técnica
Título Original: Copying Beethoven
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 104 minutos
Ano de Lançamento (EUA / Alemanha): 2006
Site Oficial: www.myriadpictures.com/film.php?film=63
Estúdio: MGM / VIP 2 Medienfonds / Sidney Kimmel Entertainment / Eurofilm Stúdió / Copying
Beethoven
Distribuição: MGM / Downtown Filmes
Direção: Agnieszka Holland
Roteiro: Stephen J. Rivele e Christopher Wilkinson
Produção: Sidney Kimmel, Stephen J. Rivele, Michael Taylor e Christopher Wilkinson
Fotografia: Ashley Rowe
Desenho de Produção: Caroline Amies
Direção de Arte: Paul Ghirardani e Lorand Javor
Figurino: Jany Temime
Edição: Alex Mackie
Elenco
Ed Harris (Ludwig van Beethoven)
Diane Kruger (Anna Holtz)
Ralph Riach (Wenzel Schlemmer)
Bill Stewart (Rudy)
Angus Barnett (Krenski)
Viktoria Dihen (Magda)
Phyllida Law (Madre Canisius)
Matthew Goode (Martin Bauer)
Gábor Bohus (Schuppanzigh)
Joe Anderson (Karl von Beethoven)
Nicholas Jones (Arquiduque Rudolph)
Karl Johnson (Stefan Holtz)
Matyelok Gibbs (Mulher idosa)
Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ
Beatles e cinema: nostalgia de um tempo que não vivi em carne e osso, mas conheço como se fosse hoje... |
Filmes densos, filosóficos (só podia ser), ótimos atores, ousado em seu discurso. São algumas das características de Win Wenders, diretor Alemão de cinema, que também filmou nos Estados Unidos. Na minha opinião, um dos melhores diretores de todos os tempos, criador de magníficas obras, como “Asas do Desejo” e “O filme de Nick”.
Poderia ter escolhido o “Asas do Desejo”, meu filme preferido de Win Wenders e que cito ininterruptamente, sempre que possível. Mas, tratarei, aqui, do “Paris, Texas”. Já começando pelo título, que nos remete dúvida. Afinal, o que é Paris, Texas? Que mistério tem esse lugar? É um lugar?
Bom, o filme trata de um homem que largou sua vida e se colocou a caminhar pelos Estados Unidos, deixando família, emprego, tudo pra trás. Apenas conseguia olhar para frente e seguir. Seu irmão recebe notícia suas e resolve ir atrás. Mas esse é só o início do filme.
A trilha sonora de Ry Cooder, uma viola extremamente melancólica e arrepiante, simboliza muito bem no que consiste o filme. Um filme de conflitos, de obsessões (falando do protagonista), de confronto com a história. Enfim, um filme denso, triste. Um drama. Mas, um drama nada clichê. Uma história bem contada, com a cara do diretor: Win Wenders.
Ficha Técnica
Título Original: Paris, Texas
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 146 minutos
Ano de Lançamento (Alemanha Ocidental / França): 1984
Estúdio: 20th Century Fox / Argos Films / Channel Four Films / Pro-ject Filmproduktion / Road
Movies Filmproduktion / Westdeutscher Rundfunk
Distribuição: 20th Century Fox Film Productions
Direção: Wim Wenders
Roteiro: Sam Shepard e L.M. Kit Carson, baseado em livro de Sam Shepard
Produção: Anatole Dauman e Don Guest
Música: Ry Cooder
Fotografia: Robby Müller
Desenho de Produção: Kate Altman
Figurino: Birgitta Bjerke
Edição: Peter Przygodda
Elenco
Harry Dean Stanton (Travis)
Nastassja Kinski (Jane)
Dean Stockwell (Walt)
Aurore Clément (Anne)
Socorro Valdez (Carmelita)
Bernhard Wicki (Dr. Ulmer)
Hunter Carson (Alex) Sam Shepard
Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ
A Clínica de Psicologia da UNIJUÍ é um espaço que acolhe aqueles que por algum motivo chegam até ela, seja por encaminhamentos, escolar ou médico, seja por um movimento próprio da pessoa, que busca auxílio porque algo lhe perturba. Para tal, a clínica-escola deve ser constituída de espaços de fala, construídos cotidianamente e que acolhem as queixas que trazem as pessoas até ela.
Neste texto, decidimos escrever sobre um determinado grupo de pessoas que chegam a CPU: os estagiários, que também vem à Clínica por diversos motivos, não simplesmente por ser uma obrigação curricular. Se chegaram até ela pela ordem de seu desejo, é porque isso envolve questões pessoais.
Da mesma forma que a CPU deve se constituir como espaço de fala dos pacientes, também deve se constituir como espaço de fala dos estagiários, que por um período determinado irão viver nela o seu dia-a-dia. A Clínica está organizada com diferentes espaços físicos: sala dos estagiários, a recepção, a sala dos professores, as salas de supervisão. No entanto, este “físico” é cotidianamente recriado enquanto espaço de fala. Existe um em especial que é criado e recriado todos os dias. Um espaço inusitado, que, com uma pitada de humor, nomeamos de “banquinho da felicidade”.
O “banquinho da felicidade” não é apenas mais um banquinho amarelo da UNIJUÍ. Ele acabou se constituindo um espaço de fala. No entanto, é um espaço um tanto peculiar, por não se encontrar fisicamente dentro da clínica, e sim em frente a ela. Um espaço de trânsito, que acolhe na maioria das vezes “falas mistas”. É ali que muitos assuntos da clínica são falados. Também são discutidos assuntos “de fora”, aqueles assuntos que se referem ao que o estagiário está passando em sua vida.
Assim, o “banquinho da felicidade” acolhe tanto as felicidades ligadas à clínica, quanto as conquistas da vida de cada estagiário que ali senta para compartilhar com colegas. E não apenas bons momentos são compartilhados, mas também angústias, dores, perdas, e tudo aquilo de mais trivial que há na vida.
Encontramos professores que também usam este espaço, assim como pacientes que o utilizam para esperar, descansar, refletir, ou alunos que ali ficam por um momento. Há pessoas que chegam a clínica e seu primeiro contato se dá por via de uma breve conversa com alguém, que ali se encontra sentado e que por vezes dá informações. Enfim, assim se constituem os espaços da CPU, por vezes de forma um tanto quanto inusitada. De lanche em lanche, café em café, com descansos, paradas ou corridas, todos que possuem ligação com a instituição param pelo menos de vez em quando no “banquinho da felicidade”.
Carolina Gross – Estagiária do 9º semestre do curso de Psicologia da UNIJUÍ