"Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livro ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como ele é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". Uma bela citação de Amyr Klink no livro “Mar Sem Fim” que me acompanha desde o início desse intercâmbio e que de alguma forma me entusiasmou realizá-lo, e agora ao final posso dizer que retrata um pouco da sensação que se tem ao sair da rotina e ir rumo ao desconhecido.
“Frente ao caminho me calo, e o pensamento sofreno, o mundo é muito pequeno, prás patas do meu cavalo. Nesta jornada terrena, aprende muito quem anda. Sempre que a alma se agranda a estrada fica pequena...”. A música de Luiz Marenco, Filosofia de Andejo, resume um pouco da sensação e do momento vivido nessa mudança nos últimos tempos.
Mais ou menos umas 3 horas antes de ir em direção a Porto Alegre para pegar o meu vôo, eu me vi acordado, sentado no sofá de casa, pensando se realmente era verdade, se finalmente o dia de partir havia chegado. Depois de tantos incômodos com malas, visto, transferência de passagens, ali estava eu, sem conseguir dormir, esperando a hora de entrar no carro e ir.
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