A intercambista Renata Scheibler, acadêmica da UNIJUÍ do Curso de História, modalidade Ead, passou dois semestres na Universidade Maria Curie Sklodowska, na Polônia. (Depoimento: Professora Natalia Klidzio, docente da UMCS, Lublin/Polônia)
Depois de driblar a saudade da família no Brasil nos primeiros meses, hoje me deparo ansiosa, pois o tempo começa a passar muito rápido, as provas se aproximam, a data da passagem de retorno ao Brasil também.
"Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livro ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como ele é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". Uma bela citação de Amyr Klink no livro “Mar Sem Fim” que me acompanha desde o início desse intercâmbio e que de alguma forma me entusiasmou realizá-lo, e agora ao final posso dizer que retrata um pouco da sensação que se tem ao sair da rotina e ir rumo ao desconhecido.
“Frente ao caminho me calo, e o pensamento sofreno, o mundo é muito pequeno, prás patas do meu cavalo. Nesta jornada terrena, aprende muito quem anda. Sempre que a alma se agranda a estrada fica pequena...”. A música de Luiz Marenco, Filosofia de Andejo, resume um pouco da sensação e do momento vivido nessa mudança nos últimos tempos.
Nos dias 19 e 20 de abril, foi realizado no Liceu Rui Barbosa, de Varsóvia, Polônia, a XI edição do Konkurs Wiedzy o Brazylii - Concurso de Conhecimentos do Brasil.
Mais ou menos umas 3 horas antes de ir em direção a Porto Alegre para pegar o meu vôo, eu me vi acordado, sentado no sofá de casa, pensando se realmente era verdade, se finalmente o dia de partir havia chegado. Depois de tantos incômodos com malas, visto, transferência de passagens, ali estava eu, sem conseguir dormir, esperando a hora de entrar no carro e ir.
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