No dia 7 de setembro, parti para a maior experiência da minha vida até então. Medo, angústia, ansiedade e felicidade eram sentimentos que se misturavam dentro de mim. Há muito tempo vinha planejando uma viagem para a Europa, mas não sabia que a vida me daria essa oportunidade tão depressa.
Na hora do embarque o meu rosto evidenciava nitidamente meu nervosismo, sentimento este que logo passou, a partir das primeiras conversas dentro do avião, sobre como seriam os próximos seis meses em Portugal, um país que só conhecia pelos livros e internet.
Chegando em Porto, apesar da angústia de ter que aprender a me virar sozinha, pegar metrô carregando malas pesadas para chegar ao hotel, entendi que finalmente havia chegado ao velho continente, e isso me assustava um pouco. No entanto, diante da paisagem, da simpatia do povo português e da companhia das minhas amigas, fiquei mais calma e confiante de que tudo daria certo.
A cidade do Porto é encantadora, é um dos principais pólos econômicos e culturais de Portugal. O contraste entre a arquitetura nova e antiga é evidente. Na cidade baixa encontram-se prédios de arquitetura histórica e, na cidade alta, inúmeras construções modernas.
A cidade conta atualmente com uma moderna infraestrutura e organização de metrô e ônibus interligados. Pode-se andar nesses dois meios de locomoção com o mesmo passe.
A gastronomia lusitana varia bastante de região para região, porém, a cozinha do Porto utiliza muito o azeite de oliva e especiarias. Pescados em geral também são muito apreciados em restaurantes e até nas cantinas da Universidade. O vinho do Porto, conhecido mundialmente, é bastante degustado não apenas pelos portugueses, mas também pelos turistas e estudantes. Suas Caves formam umas das principais atrações turísticas da cidade.
Em relação às aulas, logo no primeiro dia na universidade, muitos alunos veteranos dos mais diversos cursos estavam dispostos a ajudar os calouros, estudantes de mobilidade e Erasmus, e me levaram até a sala de aula. Durante os primeiros dias, já pude perceber que os professores exigem bastante dos alunos. No início foi difícil entender o que eles falavam, mas depois acabei acostumando com o sotaque português.
Depois de algum tempo longe é inevitável não sentir saudades de casa. Porém, lembro todos os dias que a minha realização pessoal não é importante apenas para mim, mas também para a minha família. Não nego que, para mim isso é um grande desafio, mas quero aproveitar cada momento como se fosse o ultimo. Estudar e conhecer lugares e culturas novas são os meus maiores objetivos.
Larissa Meiger
Acadêmica do curso de Nutrição da UNIJUÍ, realiza intercâmbio na Universidade do Porto, Portugal.