Intercâmbio. Sempre fui fascinado por conhecer outros lugares, rodar o mundo. Quando fiquei sabendo da parceria entre a Unijuí e a Universidade do Porto, não pude deixar de me informar melhor sobre o assunto. E a partir disso, já corri para organizar toda a documentação, e encarar toda burocracia necessária, o que precisa de uma dose de paciência, mas que no fim, sem dúvida, compensa...
No Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, durante a despedida da família até a chegada em Portugal, parei para pensar a respeito da ansiedade, que por incrível que pareça, não veio em momento algum. Ou eu apenas não a percebi, não parava de falar: “hei, ainda não caiu a ficha! Risos”. Em Porto, antes das aulas começarem, comparecemos à Reitoria da Universidade, onde fomos muito bem recebidos, deram-nos informações sobre as faculdades, mapas, número de telemóvel (celular) para falar gratuitamente com todos os alunos da universidade, dicas de turismo, festas, etc.
Com o passar dos dias fui me adaptando à nova rotina, mas como o idioma é o mesmo, isso facilitou muita coisa. A cidade é cheia de coisas novas e desconhecidas, a gente acaba se perdendo um pouco. O caminho até minha faculdade é um pouco longo, por isso, preciso utilizar o transporte público diariamente, interessante é que o mesmo funciona praticamente a gás natural e energia elétrica.
O início do segundo semestre na FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, foi bastante complicado, não conhecia ninguém, mas o tempo resolveu os problemas, logo fiz amizades.
Em seguida veio a saudade, de tudo e de todos. Mas posso garantir que hoje as coisas estão muito mais tranquilas, a internet, e os programas de comunicação dão um conforto gratificante, todo dia posso conversar com meus pais, familiares e amigos.
Os portugueses, em geral, são um povo muito prestativo e gentil, mas parecem sempre estar desconfiados de alguma coisa, a maioria adora o Brasil, sem contar as novelas da Rede Globo (a principal fonte de informação sobre a gente).
Enfim, deixar as coisas concretas que eu tinha não foi fácil, mas está valendo muito a pena. Agradeço aos meus pais (ao “paitrocínio”) aos meus avós, familiares e amigos por todo apoio que sempre me deram, estar aqui não é só mil maravilhas, mas vale cada segundo!
Rodrigo Todeschini Rohrs
Acadêmico do curso de Engenharia Civil da UNIJUÍ, realiza intercâmbio na Universidade do Porto, Portugal.