Acadêmica de farmácia faz mestrado na Universidade do Porto.
Recentemente Raquel Saffi apresentou seu Trabalho de Conclusão na UNIJUÍ. A diferença dela em relação a maioria dos acadêmicos é o local onde desenvolveu sua pesquisa: a Universidade do Porto, em Portugal. Ela é mais uma das alunas da UNIJUÍ que partiram para o exterior em busca do conhecimento de novas culturas e do aperfeiçoamento acadêmico. Aqui, no Tá Ligado, ela fala dessa experiência e do seu trabalho e cotidiano na universidade portuguesa.
Tá Ligado - Como surgiu a idéia para o seu trabalho, onde e quando você começou a desenvolvê-lo?
Raquel - A ideia para a realização do trabalho foi proposta pela equipe de professoras da Universidade do Porto (UP) com a qual trabalhei. Quando cheguei em Portugal já havia um projeto elaborado e que foi destinado para eu desenvolver. Na verdade, vim ao Porto sem saber exatamente em que área iria trabalhar, pois a proposta foi apresentada logo que cheguei na UP. O trabalho intitulado “Estudo da Eficácia de Produtos Anti-envelhecimento Utilizados na Pele”, constituiu-se em uma pesquisa teórico-prática desenvolvida no Serviço de Tecnologia Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e iniciou-se em fevereiro de 2008 tendo uma duração de aproximadamente 6 meses. A parte experimental diz respeito à determinação de alguns parâmetros cutâneos, tais como, hidratação, lipídios, pH, perda transepidérmica de água, elasticidade, micro-relevo, SELS (Surface Evaluation of the Living Skin), melanina e eritema, os quais foram determinados com o intento de avaliar a eficácia dos produtos anti-envelhecimento utilizados no estudo. Desenvolveram-se testes de eficácia com determinadas marcas de produtos anti-envelhecimento em voluntárias do sexo feminino com idade entre 38 e 61 anos. Os ensaios seguiram uma sequência de análise semanal em cada uma das voluntárias.
Tá Ligado - Desenvolver o seu trabalho no exterior, em outra Universidade, foi importante pra você em quais sentidos?
Raquel - A importância não se concentra apenas no crescimento acadêmico e profissional, como também pessoal. Penso que é de grande valia uma experiência no exterior, com a qual conseguimos vivenciar outra cultura, deparar-nos com um método de ensino diferente daquele que estamos habituados e acima de tudo nos conscientizar que somos capazes de superar obstáculos e atingir nossos objetivos seja quando e aonde for.
Tá Ligado - O que essa experiência no exterior já agregou a sua vida?
Raquel - Além de conhecimentos profissionais, muita bagagem cultural e vivência de vida. Fui privilegiada em conseguir um emprego em uma Farmácia e com isso poder vivenciar a realidade da profissão Farmacêutica em Portugal.
Tá Ligado - A partir da apresentação do seu TCC no que você está trabalhando?
Raquel - Estou a cursar Mestrado na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Minhas atividades são divididas entre as aulas de Mestrado, o trabalho na Farmácia e também a continuação de projetos de estudo.
Tá Ligado - Pretende seguir quanto tempo no exterior?
Raquel - Minha permanência em Portugal penso que será a duração do período do Mestrado, ou seja, aproximadamente 2 anos. Assim que finalizar os estudos pretendo, em breve, regressar ao Brasil.
Tá Ligado - Diferenças em relação a área profissional comparando com o Brasil?
Raquel - Dando ênfase à Profissão Farmacêutica, em Portugal, é um ramo muito promissor e que com certeza não há carência no campo de trabalho. Aqui os profissionais farmacêuticos são vistos como “uma peça fundamental” no estabelecimento, nos quais os pacientes confiam plenamente. O farmacêutico é visto e tratado como “doutor” bem como todos os profissionais graduados. Aqui, chamar um indivíduo graduado de “doutor” não é só um ato de respeito mas sim de cultura.