Rizoma propõe debate sobre “Neurodiversidade e a inclusão de pessoas com TEA” - Unijuí

Na semana de conscientização sobre o autismo, o Rizoma Temático volta o seu olhar à “Neurodiversidade e a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, sendo que 2 milhões vivem no Brasil.

Para debater o tema, foram convidadas para o programa desta quinta-feira, 7 de abril, a médica neuropediatra Helga Porsch; a pedagoga, educadora especial e coordenadora do Setor de Acompanhamento e Acessibilidade Institucional (Saai) da Unijuí, Marta Borgmann; e a mestra em Direito com ênfase em Direitos Humanos e presidente da Associação dos Familiares, Amigos e Autistas de Ijuí (TEAmor), Raquel Pinto.

Raquel conta que sua história com o autismo começou quando o seu filho, Pietro, começou a ter estereotipias - comportamentos motores ou verbais repetidos que podem possuir múltiplas funções, aos cinco anos. “Eu não conhecia o autismo, apenas o autismo severo. O Pietro apresentava sinais desde bebê, mas não identificamos. Quando as estereotipias surgiram, que o quadro se agravou, fomos consultar uma neurologista e tivemos o diagnóstico, após uma série de exames. Foi aí que iniciei a jornada e percebi que Ijuí não contava com o atendimento necessário, e que outros pais enfrentavam o mesmo problema. Decidimos, então, criar a associação, que hoje tem o principal objetivo de acolher as famílias”, explicou.

De acordo com a professora Marta, por mais que exista um trabalho amplo em termos de adaptações, de discussões sobre o autismo, ainda existem barreiras atitudinais na sociedade. “Já desmistificamos muitas coisas, mas o tema precisa continuar sendo discutido”, reforça. 

De acordo com a médica neuropediatra Helga Porsch, o diagnóstico é muito importante para o planejamento terapêutico. “É importante lembrar aos pais que podemos realizar intervenções em qualquer criança com atraso de desenvolvimento. Mesmo que ela não tenha o diagnóstico de autismo ainda, as intervenções podem ser iniciadas”, disse, lembrando que as terapias baseadas em evidências científicas correspondem ao tratamento disponível no momento.

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