Profissionais avaliam impacto da pandemia no aprendizado escolar em Rizoma Temático - Unijuí

Quando as escolas receberam a liberação do Governo do Estado para retornarem às suas atividades, mesmo que de forma remota, ficou escancarada a dificuldade que os alunos teriam para aprender, seja pela falta de interação professor-aluno ou pela falta de uma interface adequada para o aprendizado. Esse período ficou marcado pela dificuldade dos jovens em absorver o conhecimento que lhes foi transmitido.

Para debater o tema “Déficit no ensino: desafio das escolas pós-pandemia”, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 3 de março, convidou a professora e psicóloga, Simoni Antunes Fernandes; o professor e diretor do Totem Vestibulares de Ijuí, Warner Fagundes Audino; o professor e doutorando do PPG em Educação nas Ciências, Gian Ruschel; e a professora e coordenadora pedagógica da 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Rosane Menezes.

De acordo com Warner, as dificuldades foram percebidas a partir de conversas com os estudantes que saíam do Ensino Médio e que buscavam os cursinhos pré-vestibulares. "Ouvimos que os jovens sentiram o déficit na sua formação média e a gente, como uma ferramenta complementar de estudo, pensou em como poderíamos lidar com isso”, comentou.

Essa diferença é mais perceptível agora, porque a pandemia acentuou a já existente desigualdade, conforme reforça a coordenadora pedagógica da 36ª CRE, Rosane Menezes, lembrando que em alguns casos foi possível otimizar a qualidade de ensino. “Tivemos alunos que tiveram acesso a tecnologias e puderam acompanhar as aulas, mas também tivemos estudantes que não tiveram acesso algum. Em alguns casos, estudantes chegaram ao início dos Anos Finais do Ensino Fundamental sem estarem realmente alfabetizados”, afirmou. 

Segundo o professor Gian Ruschel, essa problemática é muito trabalhada e debatida no meio acadêmico. “De diferentes formas e perspectivas, os pesquisadores da área da educação estão focando nesse déficit. Já é possível ter uma noção do impacto e do que representou o aprendizado online durante a pandemia”, salientou.

Outro aspecto que impactou também no aprendizado dos jovens foi a questão psicológica, sendo possível perceber reações ocasionadas pela falta de interação com os colegas e os professores. “Estamos notando muitas demandas causadas pelas inibições intelectuais. Essa expressão é bem bacana para nos fazer pensar o que faz um sujeito não conseguir alcançar suas habilidades cognitivas”, acrescentou a professora Simoni Antunes Fernandes. 

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí

Confira o Rizoma na sua íntegra:


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