Lutas e conquistas das mulheres é tema de Rizoma especial - Unijuí
Por Amanda Calegaro Thiel, estagiária de jornalismo da Unijuí FM

          8 de março, Dia Internacional da Mulher. Data que celebra os avanços já conquistados pelas mulheres, mas que também é marcada por lutas e reflexões. Isso porque, ainda hoje, vivemos em uma sociedade onde a violência contra a mulher e a desigualdade de gênero está presente no mercado de trabalho, na política, na ciência, no esporte e em tantos outros âmbitos.

          Quais os caminhos possíveis para reduzir essa desigualdade? Buscando resposta para isso, o Rizoma desta semana foi feito por um time só de mulheres. Conduzido e apresentado pelas jornalistas Fabiana Prado e Juliana Griebler, o debate teve como convidadas a vice-reitora de Graduação da Unijuí, professora Fabiana Fachinetto; a estudante do curso de Direito e presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE), Bruna Gubiani; e a advogada e coordenadora do Fórum Permanente da Mulher em Ijuí, Adriana Hanke.

          Com a temática “Voz da Mulher”, o programa de quase uma hora abordou assuntos como feminismo, sororidade, representatividade feminina na política, lugar de fala e feminicídio. “Nós mulheres ainda não temos o reconhecimento que queremos, pois vivemos em uma cultura machista, que ainda predomina na nossa sociedade. Já alcançamos muito, mas ainda temos muito o que avançar nesse aspecto”, afirma a vice-reitora de Graduação, Fabiana Fachinetto.

          Um dos caminhos apontados pelas convidadas é através do voto. A presidente do DCE, Bruna Gubiani, destaca: “é nosso dever fazer juz ao movimento das sufragistas, que não foi um movimento só para termos o direito de votar, mas também de sermos votadas. Se não, seremos sempre reféns de uma política feita através dos olhos dos homens”. Nesse sentido, a advogada Adriana Hanke, completa: “Somos metade da população. Nós não sabemos a força que temos. Se soubéssemos, estaríamos muito além, teríamos muito mais poder. Mas quando se definem as questões das mulheres, são os homens que decidem, são eles que ocupam os espaços [na política] que deveriam ser nossos também”.

          As convidadas ressaltaram na conversa a importância de entender que feminismo não é o oposto de machismo. Enquanto machismo é um sistema de opressão, que coloca a mulher em posição inferior ao homem, o feminismo busca a igualdade. “Quando falamos de feminismo, quantas vezes ouvimos mulheres dizendo ‘eu não sou feminista’? Essa palavra ganhou um sentido depreciativo. Nós temos que dizer que somos feministas, no sentido de que lutamos pelos nossos direitos, queremos igualdade e que essa discriminação não ocorra mais”, aponta Fabiana.

          “Mulheres são plurais. O feminismo possui diversos recortes. Aqui estamos falando de dentro de uma universidade, entre mulheres brancas. Precisamos ter essa percepção e empatia de ouvir as mulheres do campo, as mulheres negras, as mulheres que ainda não conseguiram ingressar nesse ambiente privilegiado”, enfatiza Bruna.

Confira o debate completo em podcast:


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