A influência e poder da música na vida das pessoas foi o tema da semana no Rizoma! - Unijuí

Se você já acompanha a 106.9, sabe que a música praticamente conduz o dia a dia de uma rádio FM! No entanto, além de estar presente no cotidiano de quase toda a população, a música também é capaz de nos trazer diversos benefícios. Tal como um gatilho, ela é capaz de ativar áreas específicas do nosso cérebro que nos proporcionam bem-estar; aliviam o estresse; dores emocionais; melhora o sono e potencializa o nosso foco e desempenho em diversas atividades.

Considerando a forte influência da indústria musical nos nossos lares e locais de trabalho, o Rizoma Unijuí decidiu falar sobre "O Poder da Música" em sua temática semanal. E para isso, os estúdios da 106.9 receberam, na manhã desta quarta-feira, 13, o músico e professor de Direito pela Unijuí, Mateus de Oliveira Fornasier; e o psiquiatra Bruno Guidolin, para explicarem como que a música entra na vida de cada um. Entre os assuntos discutidos, foram comentadas questões neurocientíficas; políticas e sociais, além da musicoterapia e da famosa pergunta "por quê certas canções grudam tanto na nossa mente?"

Para o psiquiatra Bruno Guidolin, a música entra no nosso dia a dia quando começamos a trabalhar ligando o rádio, que sempre fez parte das nossas vidas. "Todos nós temos músicas que marcaram a nossa vida e ficam na memória; e como acionar essas memórias, muitas vezes, vem através da melodia, da fala, de situações do seu dia que vão lembrar a sua formatura; o primeiro beijo; aquela dança; etc", disse. Partindo disto, Guidolin explicou a neurociência por trás de onde vêm as emoções responsáveis pelo apego do cérebro à alguma música ou melodia.

De acordo com ele, o cérebro reconhece a fala isoladamente, num lóbulo cerebral chamado de lóbulo temporal. Dentro dessa área, é reconhecida somente a fala. Já o ritmo, melodia e harmonia também estão nesse lóbulo, mas em áreas separadas. "Então o cérebro reconhece a fala, a harmonia e o ritmo, tudo de formas diferentes, no hemisfério esquerdo do cérebro", comentou. O psiquiatra menciona, ainda, que entre os músicos, acontece o contrário, sendo o lado direito responsável pelo processamento de questões como harmonia e ritmo, onde a associação acontece no "lóbulo fronta, que é a parte da frente do nosso cérebro, de onde vêm as emoções e sentimentos", complementou.

Já o professor Mateus Fornasier foi músico profissional durante toda a época em que estudava. Na sua fala, explanou sobre a ascensão do K-pop sul coreano, fazendo um paralelo com as transformações políticas e sociais influenciadas pela música - e vice-versa. "Dá pra traçar esse paralelo do poder entre um cenário ditatorial, totalmente nacionalista, onde o estado controlava tudo e a música popular sul coreana era uma música ufanista; quando se liberou no sentido político e econômico, tornou-se um mercado extremamente lucrativo e ao mesmo tempo ganhou engajamento de toda a população", explicou.

Para Fornasier, que afirma ter iniciado na música como fã, ainda na infância, ouvindo o já tradicional Rock Gaúcho, a música brasileira também reflete transformações importantes da história de um país. "Músicas como Que País é Esse?, do Legião Urbana; ou Estrangeiro, dos Titãs; são músicas que refletem muito bem o momento de passagem daquele resquício de ditadura (1967) até a discussão de uma nova constituição (1988)", exemplificou.

Logo abaixo, você confere a entrevista completa com o professor Mateus Fornasier e o psiquiatra Bruno Guidolin:

E para acessar a transmissão ao vivo feita pelo Facebook, clique aqui.


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