Sabe quando você encontra um som novo e tão gostoso que logo faz com que se apaixone e não tire as músicas da cabeça?! Pois então, parece que isso aconteceu. Uma garota mineira que atende por Sara Não Tem Nome, nome artístico de Sara Alves Braga, de apenas 22 anos, lançou seu disco de estreia, intitulado Ômega III. O primeiro álbum da cantora contém um total de 12 músicas que são ao mesmo tempo delicadas e fortes, e posiciona Sara como uma das melhores surpresas que a música pop brasileira recebeu nos últimos anos. Dá o play e vem com a gente!

Sara Não Tem Nome e o “Ômega III”

A artista escreve sobre tudo, desde temas sérios, englobando suas incertezas, medos e a solidão, até situações que são mais brandas e que chegam perto do sem sentido. E o conjunto como um todo não precisa utilizar grandes elementos para transmitir um som vivo, consistente e que parece de um artista que está há muitos anos na estrada. Tudo está em seu lugar, a voz suave de Sara se encaixa perfeitamente com as guitarras, as notas do teclado e até mesmo os sintetizadores.

Sara passou toda sua fase adolescente no município de Contagem, em Minas Gerias. Ela estudou artes visuais e, inclusive, algumas de suas obras já foram expostas em São Paulo e Minas. Grande parte das letras presentes no disco foram escritas enquanto ela ainda vivia em Contagem, mas foi na capital paulista que as músicas foram gravadas, tudo neste ano. E olha que incrível: as músicas de Sara foram masterizadas por Rob Grant, que também trabalha com o Tame Impala; ou seja, ainda mais chance de efetiva assertividade sonora.

É tudo muito simples, mas ao mesmo tempo de uma riqueza incrível, principalmente pela união da melodia com as letras. E o público jovem pode se identificar ainda mais, pelo fato de as letras terem sido compostas durante sua adolescência; mas nada que seja bobinho ou infantil. O disco foi lançado assim, na surdina, sem grande alarde ou esquema que a deixasse em evidência. Mas é deste jeito, aos poucos, que Sara Não Tem Nome vai conquistando seu público, pelo coração.

Fonte: A Gambiarra