Eternizar uma banda em foto é uma das práticas comuns aos fãs apaixonados. Alguns casos chegam a fugir do controle e assistir a um show é quase impossível com o mar de câmeras que brotam a frente. Mas a fotógrafa Hannah Carvalho, de 18 anos, encontrou uma alternativa simples para a situação incômoda. A paraibana registra no “Bands on frame” polaróides não só dos músicos que estão ali à sua frente depois das apresentações, mas capta a o que acontece hoje na música brasileira.

— Depois de eu fotografar a banda Audac, em Recife, vi que estava me inspirando no projeto do britânico James Perou. De modo diferente, foi o jeito que encontrei para recordar os shows que eu assisti e ainda trocar ideia  —  diz a fotógrafa, que já passou por 31 bandas, em um total de 84 polaróides com sua Instax. Ela lança esse material em formato zine no festival No Ar Coquetel Molotov, em Recife, no dia 31 de outubro.

A paraibana tem o projeto há um ano e desde 2009 vem fotografando tudo o que vê de forma experimental.

— Desde o tempo das cyber-shots eu me interesso por fotografia, mas de dois anos para cá a fotografia se tornou profissão, inclusive alguns dos trabalhos consegui por causa do “Bands on frame” — diz ela.

O set com o Boogarins é o seu preferido, embora tenha sido o que lhe deu mais trabalho.

— Os goianos foram os meus preferidos, tanto por ser uma das bandas que mais ouço no momento quanto pelas fotos terem ficado demais. Deu um pouco de trabalho porque no meu primeiro encontro com a banda, no Abril Pro Rock, foi difícil manter reunidos todos os integrantes em um só ambiente após o show. Por sorte, dois dias depois, no Festival Hacienda, e após uma longa andança minha e do Dinho (vocalista do grupo), conseguimos juntar todo mundo — revela ela.

Fonte: Amplificador