Mais do que um registro ao vivo, Voz e Violão é uma volta de Nando Reis às origens. Em seu novo disco, o primeiro da carreira em formato acústico, o paulista sobe ao palco sozinho, sem muitas pretensões e da maneira mais informal possível.
Nas 14 faixas, há espaço para erros de letra, risadas e músicas nunca antes tocadas fora do estúdio – para interpretar Sutilmente, o músico conta que teve que voltar a ouvir a composição para tirar novamente a melodia e lembrar da letra.
– É um retorno das minhas músicas à sua condição original, porque voz e violão é a forma como eu começo a tocar. Acabo me aproximando mais delas em sua essência – explica o cantor e compositor.
Subintitulado No Recreio – Vol. 1, o disco não terá necessariamente uma segunda edição. Na cabeça de Nando, a ideia é ter mais liberdade para gravar despretensiosamente em paralelo às sessões de estúdio – até por isso o conceito de ¿recreio¿, um intervalo entre os compromissos ¿mais sérios¿. A ideia surgiu após um show em São Paulo, parte de um projeto no Sesc Pompeia. Os ingressos estavam esgotados, por isso um segundo convite surgiu, desta vez feito pelo Citibank.
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Na gravação, é possível conhecer melhor o lado compositor do cantor – na comparação com a fase anterior, em que saiu em turnê com a banda Os Infernais, surge um Nando Reis mais melódico, sutil, romântico. Há músicas que ficaram famosas nas vozes de artistas e bandas como Marisa Monte, Skank e Cassia Eller, além dos Titãs.
Para Nando, tudo funciona quase como um laboratório, no qual ideias antigas de letra, composição e ritmo voltam à tona.
– Com o tempo, você vai se transformando, mesmo imperceptivelmente – afirma. – Estou me divertindo muito ao tocar músicas esquecidas. Esses dias, estava no quarto do hotel tocando qualquer coisa e percebi que havia coisas parecidas com uma música chamada Letra P, que eu tinha repassado enquanto pensava no repertório. Há coisas até do meu vocabulário que estavam esquecidas e acabam retornando.
Fonte: Zero Hora
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