Aula inaugural do curso de Enfermagem aborda a Ética Profissional com o professor Ricardo Haesbaert, nosso convidado do Encontro Casual - Unijuí

Aula inaugural do curso de Enfermagem aborda a Ética Profissional com o professor Ricardo Haesbaert, nosso convidado do Encontro Casual


Na última semana, em meio às diversas programações de recepção aos novos e velhos alunos da Universidade, o Departamento de Ciências da Vida (DCVida) promoveu uma aula inaugural para o curso de graduação em Enfermagem da Unijuí. O evento, realizado nas dependências do Salão Azul da Biblioteca Mário Osório Marques, trouxe o professor Ricardo Haesbaert, conselheiro do Conselho Regional de Enfermagem, que participou do evento com a palestra Ética Profissional.

Formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1986, Haesbaert trabalhou na cidade de Braga, localizada a 100km de Ijuí. Segundo ele, o convite para atuar no município foi feito por dois colegas enfermeiros da própria Unijuí. "Foi uma experiência muito gratificante, porque começamos a consolidar lá o início do Sistema Único de Saúde (SUS)", comentou durante entrevista no Encontro Casual deste fim de semana.

"A minha trajetória profissional tem tudo a ver com a própria Unijuí", também disse o conselheiro, contando sobre o primeiro Encontro Gaúcho de Enfermagem que participou, promovido em Ijuí, na década de 80, quando recém tinha entrado na Universidade de Santa Maria.

O interesse na área, para ele, veio por intermédio de um primo próximo que havia o incentivado a fazer Medicina. "Eu sempre gostei muito de cuidado, e nossa profissão é essencialmente o cuidado. Você pesquisa e faz ciência em cima do cuidado", explicou, "Quando entrei não tive nenhuma dúvida de que estava no curso certo, apesar da insistência paternal de fazer algo mais ligado à área rural ou Agronomia", concluiu.

Enfermagem

Além de contar um pouco da sua própria trajetória profissional, Ricardo também falou sobre o preconceito na área da Enfermagem e as dificuldades enfrentadas pelo trabalhador. Conforme Haesbaert, atualmente, 15% da categoria é formada pelo sexo masculino, o que faz a profissão ser automaticamente vinculada à figura da mulher.

"Hoje, nós somos em torno de 1,8 milhão de trabalhadores em todo o país. Desses, 200 mil são enfermeiros e o restante técnicos e auxiliares em enfermagem", contextualizou, afirmando que a categoria vive uma realidade bem difícil em termos de condições de trabalho, visto que não há uma jornada definida, além da ausência de um piso salarial.

De acordo com o professor, a maioria dos profissionais da Saúde tem dupla ou até mesmo tripla jornada de trabalho. No caso da Enfermagem, que tem 85% do seu quadro de funcionários constituído por mulheres, elas podem acabar sobrecarregadas, tendo, muitas vezes, que cuidar de uma família sozinhas. "A mulher acaba tendo uma tripla jornada, e isso vai criando uma situação de condições de trabalho e de vida muito precárias", disse.

Confira a entrevista com Rodrigo Haesbaert, na íntegra, logo abaixo:


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