Estudo publicado na Revista Brasileira de Enfermagem, de autoria de Carolina Renz Pretto, egressa do Mestrado em Atenção Integral à Saúde, verificou a associação entre variáveis sociodemográficas, clínicas, hábitos de vida e capacidade funcional com indicativos de depressão de pacientes renais crônicos em hemodiálise. O estudo foi realizado com 183 pacientes em hemodiálise de duas unidades renais: 55,2% dos participantes eram idosos, 66,4% homens, 90,7% aposentados. No total, 60,3% apresentaram sintomas depressivos.
Houve associação entre indicativos de depressão com sexo feminino, maior número de comorbidades e intercorrências pós-hemodiálise, sintomas físicos, emocionais, inatividade, deixar de realizar atividades habituais e a necessidade de auxílio no dia a dia. O estudo concluiu que os sintomas de depressão estão associados à sobrecarga das comorbidades, maior número de complicações da doença, intercorrências hemodialíticas e dependência funcional. Exercícios físicos podem ser estratégias efetivas de cuidado.
O estudo foi orientado pela professora Eniva Miladi Fernandes Stumm, realizado em parceria com a professora do curso de Farmácia e Programa de Pós-Graduação em Stricto-Sensu Atenção integral à Saúde (PPGAIS) Christiane de Fátima Colet e com os egressos do PPGAIS, Marina Brites Calegaro da Rosa, Cátia Matte Dezordi e Sabrina Azevedo Wagner Benetti.
Segundo o Programa, a pesquisa é relevante para a enfermagem e equipe multiprofissional, à medida que seus resultados possam estimular práticas em saúde direcionadas à assistência aos pacientes renais crônicos, no sentido de modificar escores de depressão, promover bem-estar e, por conseguinte, reduzir a morbimortalidade.