Na noite da última segunda-feira, 20 de maio, o curso Técnico em Enfermagem da EFA - Campus Três Passos realizou um evento comemorativo, alusivo ao Mês da Enfermagem e ao seu aniversário de 20 anos.
O evento também contou com apresentações de estudos de caso, realizados pelos formandos da turma, onde foi possível compartilhar vivências e experiências nos atendimentos com pacientes em parada cardiorrespiratória (PCR); reanimação cardiopulmonar; atendimento a pacientes graves na Unidade de Terapia Intensiva (UTI); e cuidados com paciente com dengue hemorrágica. Foi possível compartilhar orientações e primeiros cuidados aos sintomas de dengue clássica e conversar sobre a hepatite C, doença grave que acomete silenciosamente muitas pessoas. Os estudantes mostraram a importância da pesquisa para desenvolver a prática e prestar um cuidado de excelência.
A história do curso Técnico em Enfermagem teve início em 26 de agosto de 1999, quando uma comissão se reuniu para elaborar uma proposta para oferta de cursos técnicos na EFA. Participaram professores do Centro de Educação Básica Francisco de Assis, professores da Unijuí e pessoas da comunidade local. Em 2001, com pioneirismo, foi ofertado o curso Técnico em Enfermagem na cidade de Ijuí, e em 2004 na cidade de Três Passos.
Ao longo destes 20 anos de trajetória no município de Três Passos, o curso se consolidou na região celeiro por sua excelência na formação de profissionais para atuar na educação, promoção, proteção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde em parceria com hospitais, clínicas, redes ambulatoriais, unidades básicas de saúde, consultórios médicos, laboratórios de análises clínicas e unidades de diagnóstico, creches, spas, home care, instituições de ressocialização, abrigos, casa de repouso, dentre outros. Um dos grandes parceiros do curso técnico é o Hospital de Caridade e a Secretaria Municipal de Saúde de Três Passos, onde os estudantes realizam os estágios curriculares, etapa fundamental para a consolidação do futuro profissional.
“Quando pratico algo que só visualizava nas enciclopédias, nos livros de fisiologia e anatomia, cuidados a pacientes críticos, a gestantes, recém-nascidos e idosos, a ideia é de facilidade, correto? É só receber o paciente e, pronto, já sei o que fazer para curá-lo. Mas isso não é mágica e nem conto de fadas. Olhar no olho do outro e entender que a dor relatada por ele nem sempre é do membro fraturado, mas da dor da alma, a dor de estar longe de alguém querido, o medo do que poderá acontecer ao adentrar em um ambiente desconhecido, é a missão da Enfermagem”, destacou a coordenadora do curso Técnico em Enfermagem, Sandra Leticia Righi Furini, lembrando que a função do profissional é acalmar, acalentar, demonstrar empatia e segurança. “Nossa missão cuidar, é respeitar o próximo, é ter a sensibilidade da escuta ativa, transmitir segurança, acalmar e entregar aos familiares seu ente querido em boas condições de saúde. Mas temos a consciência que o desfecho pode não ser tão bom assim”, completou.
Sandra faz parte do curso há 18 anos e destaca que o seu aprendizado não acaba por aqui. “Aprendi nesses anos que a vida não é feita de valores materiais, de dinheiro, mas de valores como a sensibilidade, o amor, a compaixão, a dedicação, a atenção com aquele que só quer dizer: esse procedimento não dói, né? E todo esse cuidado é pautado em teorias que acalmam a alma, que transmitem segurança. O outro às vezes só espera um ‘bom dia’ e nada mais. A doença, às vezes, é curada com o beijo da mãe na ferida do filho”.
A coordenadora destaca que é encantada por ensinar os alunos na prática e por conduzi-los com excelência à futura profissão. “Fazer parte da EFA é viver, aprender e transformar nosso conhecimento. É elaborar a nossa melhor versão a cada dia, é transformar alunos em técnicos em Enfermagem. A transformação só será possível quando acreditamos e seguimos o objetivo de cuidar, e esse cuidar vem através do conhecimento, da leitura, da teoria e dos fundamentos da Enfermagem, da ciência que estuda o ser humano. Precisamos entender a necessidade do outro e desenvolver a sensibilidade de perceber quando precisamos intervir”, finaliza.