Nos últimos anos – e especialmente em 2019 – o Brasil tem se deparado com cenas cotidianas de violência. Para debater e jogar luz sobre o tema, a Unijuí FM dedicou um espaço no Rizoma, na última quinta-feira, dia 21 de março. A conversa, intitulada "A sociedade da violência - desvalorização da vida e apologia à morte", levou aos estúdios da Rádio as professoras Ester Hauser e Janaína Machado Sturza, do curso de Direito; e a professora Íris Campos, do curso de Psicologia.
O que há de errado? Talvez essa pergunta seja dura demais, mas como entender o que está acontecendo? Com uma frequência cada vez maior, de maneira pública e sem restrições, a apologia a violência e até a morte, com massacres ocorrendo em várias partes do mundo. Uma guerra sem fronteiras travada em diversas partes do mundo, sem aviso, com o suposto “inimigo” morando ao lado, na porta da frente, na classe ao lado, na rua seguinte. Por que simplesmente não sabemos. Em março de 2019 massacres chamaram a atenção do mundo. Mas eles não são fato isolado, ao contrário, são consequência de sintomas anunciados abertamente em redes sociais, em grupos cada vez maiores e destilando mais ódio. Para falar sobre isso, a partir de ataques como a escola em Suzano, São Paulo, a uma mesquita na Nova Zelândia...e outros fatos tristes que nos chocam estão aqui:
Confira no vídeo a seguir o debate na íntegra:
Rizoma
O tema da semana vai ao ar sempre às quintas-feiras, no Rizoma, às 10h. Na próxima semana o programa traz como tema: A vaidade masculina em ascensão – a expansão do mercado para homens.
Foto: Gazeta do Povo.
A Unijuí oportunizará a participação de estudantes da Universidade no evento Smart City Expo Curitiba, que será realizado nos dias 21 e 22 de março de 2019. O Congresso é uma grande imersão para empresas, pesquisadores e representantes mundiais que buscam conhecer e discutir sobre os conceitos de cidades inteligentes. É o ambiente propício para aquisição de um amplo benchmark sobre as soluções mundiais que estão contribuindo para o desenvolvimento da nossa sociedade.
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Por: Juliana Andretta
”Levantem cedo que vamos sair às 7h”, disse a nossa professora na segunda-feira, antes do dia em que iniciaríamos nossa jornada pelo município de Cabeceiras, no estado do Piauí. Na terça-feira acordamos ansiosos pelo novo dia que nascia. Já estávamos sabendo que Cabeceiras tem esse nome pelo fato de ter nascido na cabeceira de dois riachos: o Santo Antônio e o São João, que desaguam nos dois grandes rios da região, o Longá e o Maratauã.
As comunidades são afastadas e, ao longo do trajeto, podemos perceber a beleza de um lugar totalmente diferente daquele onde moramos. A época chuvosa na qual chegamos em Cabeceiras nos permitiu ver a vida em sua forma mais graciosa, deslumbrante, simples, mas encantadora. As frutas mexiam com o nosso paladar: cajus, babaçus, tucuns, carambolas, mangas, pitombas, entre tantas outras. As árvores verdejantes sobre o solo arenoso produziam o contraste natural entre as cores na natureza, onde porcos, cabras, bois e galinhas de angola andavam livres, sem limite de cercas. Depois descobriríamos que os mesmos voltavam para casa quando a noite chegava, mas quando a aurora surgia, a liberdade corria solta novamente pelas planícies, onde a mata dos cocais exibe seu reinado, fornecendo para todos o que desejarem lhe extrair.
Chegar às localidades de Cabeceiras é presenciar uma experiência geográfica: o município faz parte do território dos Carnaubais, na microrregião do baixo Parnaíba piauiense, localizada no norte do estado. Uma área do município situa-se na região da mata dos cocais e, grande parte da mesma, a equipe de extensionistas já conheceu: São Bento, Olho D’ Água, Cantinho, Mutuca, Saquarema, Vaca Brava 1, Bom Futuro, Vaca Brava 2 e Carnaíbas. Cada uma delas com uma característica peculiar, uma beleza exótica, um jeito único de ser.
Algumas se destacaram por apresentar questões de grande relevância para o desenvolvimento local. A impressionante atividade das quebradeiras de babaçu esteve representada nas comunidades de São Bento, com o foco na produção de sequilho, bolo e a pêta, ou rosquinha de polvilho, para nós, e na Mutuca, que produzem azeite de babaçu e carvão, localidades das quais mulheres constituem a Associação de Mulheres Produtoras Rurais na Agricultura Familiar Extrativista e Artesã. A mandioca é um dos produtos mais cultivados do município. Tanto é que em várias comunidades haviam casas de farinha, nas quais ocorria o processo de transformação da raiz em farinha para a fabricação de outros alimentos. Visitamos Vaca Brava 1, acompanhados por um proprietário, que nos explicou a forma como era organizada a casa de produção. Já o núcleo de Cantinho, apesar de ser um dos mais afastados do centro do município, também despertou o encantamento de quem viu o manejo das cabras em malhada rumo ao pasto, com seus sinos badalantes.
O que pode ter sido mais marcante neste dia? A beleza da simplicidade. Se compararmos nossas vidas, nossas roupas, nossas casas, nossos alimentos com o que vimos aqui no Piauí, veremos que a alegria de viver vem do coração. Não importam nossos bens materiais, importa se estamos felizes. Fomos convidados para entrar em casas de chão batido, ganhamos frutas como presente, sorrimos ao céu aberto, sob uma árvore. Luxo? Bens? Riqueza? De modo algum. Mas a forma como nos acolheram e transmitiram sua alegria em nos ver ali, junto com eles, nos fez sentir que a vida é ser, e não ter.
O ano de 2019 será desafiador para os estudantes da Unijuí. E, para quatro estudantes, será ainda mais: Tainara Mariana Mallmann, Bruna Carolina Ulsenheimer, Gabriela Tamiozzo Oliveira e Paula Luysa Knebel Daguerre partem, em fevereiro, para intercâmbio em Portugal. As estudantes vão cursar disciplinas no exterior e agregar diferentes experiências de formação acadêmica.
Já foram realizadas reuniões de orientação para o intercâmbio, promovidas pelo Escritório de Relações Internacionais e contou com a participação da Vice-Reitora de Graduação, Prof. Cristina Pozzobon, e da professora Angélica Moreira.
Os destinos serão:
- Tainara Mariana Mallmann, Direito, Universidade do Porto
“A minha expectativa para este intercâmbio é sair da zona de conforto e viver uma grande experiência, daquelas que tem a capacidade de modificar a maneira de pensar e trazer uma gama de novos conhecimentos para o meu dia-a-dia profissional. Trata-se de conhecer uma cultura diferente e ir em busca de um novo olhar sobre o direito. Além disso, o intercâmbio proporcionará a entrada em contato com a literatura e história portuguesa, o que muito tem a contribuir para a pesquisa brasileira”
- Bruna Carolina Ulsenheimer, Veterinária, Universidade do Porto
“Estou esperançosa e acreditando encontrar lá novas alternativas de ensino e buscar novas aprendizagens e experiências que servirão para melhorar a minha visão, buscando um crescimento pessoal e profissional, para que eu possa voltar com boas e novas ideias que se apliquem na comunidade regional, para que possa ocorrer seu posterior desenvolvimento. Estou apostando muito na troca de experiências e vivências que ocorrerá com professores, alunos e pesquisadores da área de Medicina Veterinária. Sinto-me muito grata e feliz por esta incrível oportunidade, quero aproveitar e buscar o máximo conhecimento, darei o máximo de mim para que isto ocorra. Acredito que verei e aprenderei muitas coisas novas, esta com toda certeza será uma experiência incrível!!!”
- Paula Luysa Knebel Daguerre, Comunicação Social, Instituto Politécnico de Leiria
As expectativas para o intercâmbio são muitas pois vou conhecer um novo país e saber como os conhecimentos são transmitidos lá, além de conhecer uma nova cultura, que já é algo enriquecedor por si só. Eu espero encontrar novas vivências e experiências, além de novos conhecimentos. O intercâmbio é a realização de um sonho.
- Gabriela Tamiozzo Oliveira, Direito, Universidade do Porto
Acredito que este intercâmbio acadêmico irá me proporcionar uma nova visão do Direito, principalmente em razão do contato com outros países e culturas. Será uma experiência incrível, pois vou conhecer outros métodos de ensino e isso me deixa muito feliz. Sei que o crescimento será pessoal e profissional. Será uma aventura passar seis meses longe da família, mas acredito que valerá a pena cada segundo. Todo conhecimento será muito bem aproveitado e quero trazer tudo isso junto comigo.
Na Unijuí, os estudantes têm a oportunidade de cursar um semestre ou dois de disciplinas do seu curso no exterior, com gratuidade nos estudos, em uma das universidades parceiras. Atualmente a Universidade mantém convênios para a graduação com universidades de Portugal, Espanha, Polônia, Letônia, Alemanha, Irlanda, Rússia, Colômbia e Argentina.
A leitura está intimamente ligada com a produção intelectual acadêmica. Livros, compilações, resumos, outros trabalhos acadêmicos, são as principais fontes de consulta: o importante é realizar um trabalho bem fundamentado, com bons autores referências nas áreas de pesquisa.
A Biblioteca da Unijuí disponibiliza do acervo para pesquisa dos estudantes da Universidade, da graduação ao doutorado. Além disso, os autores publicados pela Editora Unijuí são excelentes fontes de pesquisa. E, como forma de homenagear os estudantes que mais utilizaram as publicações, principalmente retirando ou lendo diretamente na Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques, a Unijuí entregou uma lembrança, como forma de reconhecimento pelo trabalho e esforço ao longo do ano. Os prêmios foram oferecidos pela Editora Unijuí.
Os seguintes estudantes receberam estes presentes da Universidade:
1. Larissa Fuchs Pereira - Medicina veterinária - 8º semestre
2. Maurício Cargnelutti - Medicina Veterinária - Formando
3. Stenio Marcio Zakszeski - Mestrado em Direito
4. Pamela Freitas Costa - Medicina Veterinária - 8º semestre
5. João Alberto Juchem Filho - Psicologia
A busca constante por novas experiências e aprendizados oportunizam a muitas pessoas buscar novas vivências em outros países. Experiências internacionais são cada vez mais visadas por estudantes e professores de diferentes instituições de ensino. Expandir e agregar novos conhecimentos foi o que motivou os egressos do curso de Engenharia Civil da Unijuí - Campus Santa Rosa Francis Giovani Brun e Andressa Marx Mallmann. Os jovens estão em Portugal, na cidade de Leiria, realizando Mestrado em Engenharia Civil – Construções Civis, no Instituto Politécnico de Leiria – IPL.
Os jovens relatam que mal haviam se formado, no mês de agosto deste ano, e já estavam com um pé no mestrado. “Na formatura, ganhamos como presente uma viagem para Portugal, então para saber mais a respeito do país e das oportunidades que o mesmo poderia nos proporcionar, fomos conversar com o professor Luis Prola, e ele comentou a respeito do IPL, do curso de mestrado e que o período de candidatura estava aberto. Nos interessamos e corremos atrás dos trâmites para que pudéssemos efetuar nossa candidatura, e após um mês e meio de nossa formatura já estávamos em Portugal”, afirma Francis.
Andressa destaca que o IPL recebe pessoas de todo o mundo, a cidade tem uma ampla cultura, e isso acaba se tornando uma troca de experiências muito boa. “A experiência está sendo diferente, uma experiência maravilhosa. Temos convivência com pessoas de todo o mundo, além de colegas de Portugal, temos também da Colômbia, República Tcheca, Nepal... Em relação às atividades, realizamos algumas visitas técnicas, sendo uma delas realizada no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) em Lisboa”, destaca a egressa.
Andressa e Francis também relatam que a Unijuí foi muito importante na formação. “A graduação foi o passo inicial para estarmos aqui. Além de ótimas experiências, amizades feitas com colegas e professores, queremos agradecer por todo aprendizado e pela formação”, afirmam.
Confira algumas imagens enviadas pelos egressos Andressa e Francis:
O intercâmbio no olhar de um professor
Como elemento participante mobilizador da sociedade e do seu desenvolvimento, as instituições universitárias buscam parcerias internacionais com objetivos de participarem ativamente do processo de globalização do conhecimento e de mobilidade das populações. As trocas de experiências internacionais no meio universitário, neste âmbito, tornaram-se um meio eficaz e imperativo de ampliar e expandir fronteiras do conhecimento.
Segundo o professor Luis Carlos Prola, engenheiro civil, mestre pela UFRGS, doutor pela Universidade de Lisboa e atualmente professor na Unijuí, a oportunidade de realizar suas atividades docentes no Brasil aconteceram por meio de ligações afetivas familiares com a região. “Aproveitei esta conjuntura mundial para viver esta experiência profissional, que se conjugou com uma aspiração pessoal e afetiva. Como se diz popularmente ‘consegui unir o útil ao agradável’ com esta oportunidade que se materializou em uma das viagens que fiz nas férias ao Brasil, em visita aos familiares”, afirma Prola.
As experiências vivenciadas pelo professor foram várias. “Embora já tivesse experiências docente das matérias ministradas, o enfoque deve ser adaptado à contingências e condições locais. Desenvolvi atividades docentes de ensino nos cursos de graduação e em curso para a comunidade externa, orientação de trabalhos e participação em bancas de TCC de e dissertação de mestrado. Também tentei passar aos colegas e estudantes o incentivo à mobilidade docente e discente como um fator de enriquecimento pessoal e profissional, apresentando como exemplo a minha experiência vivenciada”, diz Prola.
Prola avalia positivamente a parceria entre as instituições (Unijuí e IPLeiria) e afirma que possui todas as condições para se manter e até ser ampliada, para benefício mútuo. “As universidades, além do seu caráter universal, são muito importantes nas comunidades que se inserem. É ali que aparecem os seus resultados mais imediatos e transformadores (formação de recursos humanos, geração de conhecimentos, trabalhos de extensão, desenvolvimento social e econômico). Pelo que observei nestes dois anos a Unijuí cumpre com este legado”, afirma o professor.
Luis Carlos retorna para Portugal no mês de janeiro. Ele é Professor Coordenador do Departamento de Engenharia Civil, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria. “Quero agradecer aos colegas professores, funcionários e representantes dos órgãos diretivos da Unijuí pelo modo impecável como fui tratado nestes dois anos. De fato, fazendo uma avaliação destes dois anos, devo dizer que foi muito positivo e por certo levarei as melhores lembranças da Unijuí”, conclui o professor.