Agora, na página da Biblioteca Mario Osorio Marques no Portal da Unijuí é possível gerar referências bibliográficas. A Plataforma MORE, desenvolvida na Universidade Federal de Santa Catarina, foi inserida no Portal para facilitar a produção de referências em pesquisas e trabalhos acadêmicos.
MORE é uma plataforma online que produz automaticamente citações no texto e referências no formato ABNT, para quinze (15) tipos de documentos, a partir de formulários próprios, selecionados em um menu principal.
Os documentos cobertos pelo mecanismo são os mais usados no meio acadêmico: livros, dicionários, enciclopédias, teses e dissertações, artigos de revistas, artigos de jornais, nos formatos impresso e eletrônico, além dos documentos exclusivos em meio eletrônico: home-page e e-mail.
O acesso à plataforma é feito com login e senha, cadastrados no MORE, em que ficam salvas todas as pesquisas e referências feitas pelo usuário. Além disso o programa automatiza alguns procedimentos como a inversão dos nomes dos autores (sobrenome, prenomes), uso de maiúsculas e minúsculas, grifo no título e pontuação.
De acordo com a bibliotecária Aline Morales dos Santos, a plataforma oferece vantagens como gerar referências dos mais diversos tipos documentais, utiliza a ABNT-NBR6023 de 2002 que está em vigor, é de fácil manuseio, armazena as referências conforme a necessidade do usuário (criação de pastas/coleções) e é grátis.
Para ela, essa ferramenta é mais um recurso disponibilizado no site da Biblioteca para que estudantes e egressos tenham um instrumento a mais no momento de referenciar seus documentos.
“Esse recurso começará a ser trabalhado nas Capacitações (que a Biblioteca oferece), além dos outros recursos já disponíveis e trabalhados como o Caderno 85 - Trabalhos acadêmicos: apresentação, referências e citações, Portal Capes e Repositório Institucional”, comenta.
Confira o relato de Sarah Blauth Fengler, estudante do curso de Engenharia Civil da Unijuí
“Pois, metes dentro e me entregues”. Quem escuta essa frase, soa um tanto estranho ou até mesmo engraçado. Um português me disse essa frase quando eu estava no meu intercâmbio em Portugal. Comecei o meu intercâmbio em setembro de 2017 até fevereiro de 2018. Um semestre que mudou meu modo de pensar profissionalmente, culturalmente e individualmente.
Saber que se você não for no mercado pelo menos uma vez na semana, você passa fome. Saber que se você não aproveitar e lavar a roupa em um dia ensolarado, provavelmente suas roupas ficarão com mau cheiro, secando num quartinho sem ventilação. Saber que a frase “Mãe, me dá uma carona?”, não faz sentido lá. Enfim, são tantas pedras que encontramos no caminho, mas não podemos deixar que elas nos façam tropeçar. Por isso, jantar bolacha, lavar roupa no banho e pegar ônibus, pode até soar com um ar de normalidade para um intercambista.
Como toda novidade, estudar em outra faculdade é muito diferente, ainda mais em um país do outro lado no oceano Atlântico. Todas as faculdades possuem seus métodos de aprendizado e avaliações. E, apesar de tudo estar diferente, você terá que se enquadrar no novo padrão de ensino. Não existe a frase “A gente dá um jeitinho”. Perspicaz, eficiência e força de vontade são palavras chaves para um estudante estrangeiro que tem tudo para dar certo.
É claro que não só de alegrias vive um intercambista. A saudade de casa, da família e dos amigos é o que infelizmente faz o coração ficar apertado. Entretanto, as pessoas que você conhece durante o intercâmbio, tornam-se membros da sua nova família. São através delas que as alegrias e tristezas se manifestam. Pessoas que eram apenas seus amigos tornam-se irmãos, e esses serão guardados para o resto da vida com ótimas lembranças.
E as viagens? Bem, como qualquer pessoa, o tão sonhado desejo de viajar pelo Europa é enfim possível. Em meio aos estudos, fizemos viagens maravilhosas em Portugal, conhecendo as diferentes culturas dentro do país hospedeiro: desde o tradicional galo de Porto até a moderna Lisboa; deslumbrar a Veneza de Portugal e a charmosa Aveiro; conhecer a famosa Universidade de Coimbra; e por fim, assistir o campeonato mundial de surf em Peniche. Quem não conhece, Portugal é majestosa em sua cultura e sua arquitetura.
Após aprovada em todas as disciplinas que estava matriculada, chegou a hora de “Turistar”. E como foi bom! Viajar apenas com uma mochila e saber que durante três semanas vai ser ela, você e o Google Maps. Começamos nosso roteiro em Paris, a cidade estava alagada, mas não impediu a visita em nenhum lugar. Depois o entusiasmo foi voltado para Londres: Palácio de Buckingham, Museu de Cera e London Eye. Próximo destino foi Berlim e algumas cidades arredores. Sou suspeita em falar sobre esse assunto, sempre amei a cultura alemã e estar lá então, não tenho palavras para explicar o sentimento que senti lá. Para finalizar, pousamos na Espanha: conhecemos Madrid, Toledo e Sevilha.
Cito um verso do poeta português Fernando Pessoa “Tudo o que é bom, dura o tempo necessário para ser inesquecível”. Cada segundo desse intercâmbio ficará guardado: os estudos, as amizades, as experiências pessoais e as viagens. Experiências que nos inspiram a melhorar, a manter o foco e a dar valor para simples gestos. Enfim, e a famosa frase que citei no início “Pois, metes dentro e me entregues”, não será mais estranha, já que em português brasileiro poderia ser simplesmente traduzida como “Está correto, anexe no trabalho e me entregues”.
Desde quando Naiara Raquel Moura de Paula, estudante de Ciências Contábeis, frequentava a educação básica, Cleunice era sua melhor amiga na escola. Depois veio a educação profissional e a Universidade, e elas permaneceram juntas. Para falar a verdade, a amizade das duas só faz crescer. Cleunice, estudante de Nutrição, conhece Naiara desde os primeiros meses de vida. Elas são mãe e filha.
Na Unijuí, entre um intervalo e outro, as duas se encontram para conversar e contar como foi o dia. No final da aula elas embarcam de volta para casa. Elas moram em Panambi.
Naiara tem motivos para se encher de orgulho da mãe. Cleunice sempre esteve em busca de conhecimento. “Estou sempre em busca de aprender coisas novas e dividir isso com minha filha. É muito bom, nunca desisto das coisas facilmente, embora seja difícil me dividir entre mãe, esposa e universitária”, comenta.
A relação delas sempre teve o apoio constante uma da outra. Nos finais de semana, por exemplo, elas aproveitam para estudar juntas. “Sempre fomos amigas além de mãe e filha, sempre apoiamos os sonhos uma da outra. Depois de adulta o que para mim era divertido se tornou motivo de orgulho”, comenta Naiara.
A rotina das duas é um pouco diferente até chegar na Universidade. A filha trabalha em uma empresa de informática e a mãe é estagiária em uma escola de educação infantil, onde desenvolve um trabalho com educação nutricional.
Cleunice tem 46 anos e sempre foi motivo de muita inspiração para a filha. “Minha mãe me ensinou a ser forte, lutar pelos meus sonhos sem deixar de priorizar o mais importante : as pessoas que amamos. Sou uma pessoa de muita sorte por ter a família que tenho, os amigos que tenho e ter a mãe e a amiga na mesma pessoa”, salienta.
Não é sempre que as boas ideais nascem e você está com o papel e a caneta na mão, não é mesmo? Ainda mais quando a sua ideia brilhante pode contribuir com o seu TCC. Mas, alguns métodos de organização de estudos podem te ajudam a desenvolver seu trabalho.
A estudante do Curso de Direito da Unijuí, Schirley Kamile Paplowski, desenvolve seu estudo “Onde foi parar meu anjo da guarda? ”, a partir da pesquisa bibliográfica e para organizar tudo ela elaborou uma tabela com base na sua previsão de sumário.
“Em uma coluna especifiquei o que seria exposto no capítulo e, em outra coluna, quais materiais me serviriam para isso. Conforme eu ia realizando as leituras e me vinha uma ideia para trabalhar lá no outro capítulo, já inseria aquela obra na coluna. Estive, assim, mais segura de que não esqueceria algum ponto importante”, sugere.
Para Schirley, a escrita do TCC tem sido uma boa experiência que lhe permite transitar em outras áreas e enriquecer seus estudos. “Gosto de mesclar outras áreas com o Direito, porque a ciência jurídica só tem razão de ser, ao meu ver, quando interligada com outras ciências. Acredito que por tais motivos me arrisquei a inserir na pesquisa um capítulo essencialmente sobre questões psicológicas. Mas, além disso, tenho necessidade de incluir literatura em meus trabalhos. O fiz com a monografia, por meio de poemas que retratavam de certo modo o sofrimento, sempre com o objetivo de humanizar aquilo sobre o que estou falando”, comenta.
Conheça um pouco mais sobre o estudo desenvolvido pela Schirley para o seu Trabalho de Conclusão de Curso.
Qual o título do seu estudo?
Onde foi parar meu anjo da guarda? O panorama brasileiro da violência sexual infantojuvenil e seus decorrentes impactos jurídicos e psíquicos.
Qual o objetivo?
Schirley: Tenho em meu trabalho uma gama de objetivos, que sob o ponto de vista geral delimitei ao estudo do fenômeno da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes, com ênfase à prática intrafamiliar, sob a perspectiva não só jurídica, mas também social e psicológica. Também a respeito da proteção que o ordenamento jurídico brasileiro confere à população infantojuvenil, quais as condutas de cunho sexual que são previstas legalmente como criminosas, os fatores psicossociais que permeiam a conduta do violentador, bem como os impactos individuais sofridos pela pessoa ofendida.
Quais os resultados, ou resultados esperados?
Schirley: Ainda estou em fase de elaboração de minha monografia, que foi dividida em três capítulos a fim de melhor abordar o tema. Posso afirmar desde já, contudo, que questões relacionadas ao exercício do poder e da dominação sobre os corpos possuem relação muito mais próxima com a violência sexual do que com o próprio desejo, a que me refiro como mito, porque na maioria das vezes ele não está presente. A grande parte dos casos envolve meninas (cerca de 90%, a depender da pesquisa e da faixa etária), cuja maioria esmagadora dos autores da violência são pessoas que mantém vínculos com a criança ou com o adolescente, tais como pai, padrasto, avô e tio. Quase que a totalidade dos violentadores é do sexo masculino, o que não quer dizer que mulheres não pratiquem tais fatos, todavia a incidência é baixíssima. A temática se relaciona, portanto, com questões afetas ao gênero.
Pude perceber também que a violência sexual não se dá somente pela prática do estupro. Ela possui diversas formas de ser, inclusive com a exploração sexual e a pornografia infantil e juvenil, com elevada inserção da internet e dos meios eletrônicos de comunicação para a sua ocorrência. Pela própria natureza desses crimes, muitos deles não chegam ao conhecimento dos órgãos públicos (o que chamamos de subnotificação) e outra parcela, quando chega, aumenta o sofrimento da pessoa violentada se não receber o atendimento adequado (revitimização).
É um tema extremamente penoso e difícil, mas de abordagem necessária para a construção de possibilidades modificativas do cenário.
Como você está desenvolvendo seu estudo?
Schirley: O caminho traçado para se chegar aos objetivos gerais e específicos da pesquisa é essencialmente através de produções bibliográfica, nos meios físicos e virtuais, do tipo exploratório. Pela rede mundial de computadores encontrei muitas pesquisas já efetuadas que se referiam a um ponto específico do meu tema. Efetuei leituras (algumas ainda em andamento) e refleti criticamente sobre o material, coletando diversas informações que ainda estou organizando.
Qual a importância desse estudo para a sociedade?
Schirley: Como eu afirmei antes, muitos casos de violência sexual não chegam ao conhecimento dos órgãos responsáveis pela responsabilização do agressor e pela proteção da criança ou do adolescente. Ainda assim os índices de violência são alarmantes. Maria Cecilia de Souza Minayo, socióloga, afirma que a violência deve ser objeto de nossa reflexão. É a isto que me proponho: refletir sobre uma forma de violência que atinge parcela social de grande vulnerabilidade (como crianças e adolescentes) cujos efeitos são drásticos. Discutir e, mais do que isso, compartilhar o que aprendi são modos tímidos pelos quais pretendo colaborar para mudanças sociais.
Já se perguntou quanto tempo você passa conectado na Internet? Com o uso de smartphones e tablets no nosso cotidiano, fica cada vez mais difícil não incorporar a tecnologia às nossas próprias vidas.
Pensando numa nova realidade, onde passamos cada vez mais tempo no mundo virtual, o Rizoma Unijuí, programa da UNIJUÍ FM resolveu abordar, o tema "Guia de Sobrevivência nas Redes Sociais"! Participaram, o professor de Direito na Unijuí, Mateus de Oliveira Fornasier; o psicólogo Diego Portolan; e a jornalista Fabiana do Prado; para dar dicas de convivência nesses espaços virtuais.
"Eu acho que toca a todos nós, porquê nós vivemos numa Era digital e isso predomina nas nossas relações", comentou o psicólogo Diego Portolan, ao destacar as novas modalidades em que nos conhecemos, trabalhamos, nos comunicamos e marcamos encontros nos dias atuais. "Eu me pergunto que tipo de vínculo é esse, hoje, que temos com o virtual? Como isso ganhou uma importância cricual na vida do ser humano?".
O professor Mateus Fornasier, por sua vez, aborda as consequências penais que podem implicar uma discussão ou divulgação falsa na Internet. De acordo com ele, na questão judicial, não se atribui nenhuma diferença entre os mundos real e virtual. Durante a entrevista, ele ainda faz uma comparação entre os conflitos de opinião que se desenvolvem nas redes sociais e o mesmo tipo de situação na vida real. "Pensando apenas no sentido moral, será que você sairia agredindo verbalmente ou gritando com uma pessoa na rua simplesmente porquê ela não concorda com você?", comentou.
A jornalista da Coordenadoria de Marketing da Unijuí, Fabiana do Prado, aproveitou o momento para lembrar das tecnologias que permeiam esses espaços, proporcionando formas novas e personalizadas de se receber a informação. "Nós também somos afetados por como a tecnologia vai agir, pois existe um outro lado também: o Facebook nos dá esse espaço, mas também está ali pegando nossos dados e usando algoritmos que ninguém sabe realmente qual é a fórmula", disse.
Confira o relato de Gabriela Stasiaki Leichtweis, primeira intercambista do curso de Estética e Cosmética.
Portugal é um país incrível. Seguro, acolhedor, que transborda generosidade e alegria em praticamente tudo. É muito fácil se sentir em casa e acredito que esses foram alguns fatores que auxiliaram para que esse intercâmbio se tornasse tão especial.
Estudei no Instituto Politécnico de Leiria, em Portugal, durante 6 meses. Leiria é uma cidade surpreendente, histórica e cheia de vida. Para quem gosta de explorar a cidade, em cada cantinho dela possui uma surpresa, arte, muita história e comida típica. O custo de vida é considerado baixo, comparado as demais cidades importantes de Portugal e da Europa.
O sistema de ensino do IPLeiria é um pouco diferente em relação ao da Unijuí, as disciplinas possuem apenas uma avaliação, que lá é chamada de frequência e esta é dividida em 3 etapas: a primeira, que é o período de frequência normal; na segunda etapa, vem o período de exame, para aqueles que não atingiram a média no período normal; e ainda possui o período de recurso, que é o último.
As aulas possuem horários variados, geralmente são em torno de duas a quatro horas para cada disciplina. Além disso, o IPL possui uma ótima infraestrutura de salas de aulas, biblioteca, cantinas, etc. Os professores e demais funcionários do Instituto estão sempre dispostos a auxiliarem os alunos estrangeiros, tanto para a adaptação na cidade, como para as aulas e conteúdos. Nós, estudantes e intercambistas da Unijuí, somos recebidos junto com os estudantes do ERASMUS, que é um programa de apoio interuniversitário da União Europeia.
Foi uma experiência incrível e inesquecível. Ter a oportunidade de manter contato com diversas culturas e povos, a gastronomia, viajar a lugares que sempre sonhei conhecer e, também, estar diante de novos métodos de ensino e de aprendizagem. É uma renovação por completo, como estudante, futura profissional e principalmente como ser humano.
Agradeço à Unijuí por oferecer mais esta oportunidade de estudo! Ao Escritório de Relações Internacionais e também a minha coordenadora e à secretária do curso por todo o apoio, bem como a todos que de alguma forma ajudaram para que mais este sonho se tornasse realidade.