Um grupo de acadêmicas de Pedagogia da UNIJUÍ – Campus Santa Rosa, realizaram no dia 23 de junho, visita a duas Escolas de Educação Infantil, do município de Horizontina. “As escolas desse município são referência muito significativa em organização, espaço físico e trabalho pedagógico”, explica a professora da UNIJUÍ, Hedi Maria Luft, coordenadora do componente curricular Legislação e Políticas Públicas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, através do qual foi organizada a visita.
Destaca a professora Hedi, que as acadêmicas, retornaram da visita, motivadas e apostando mais na sua formação, uma vez que tiveram a oportunidade de perceber que uma educação de qualidade é possível. "A visita renovou e ampliou minha esperança de que é possível fazer uma educação melhor e diferente", evidenciou uma das acadêmicas.
Acadêmicas e professores UNIJUÍ – Campus Santa Rosa participaram no dia 25 de junho, de um painel sobre “As Políticas Publicas Municipais de Educação”. O painel teve a participação das Secretárias Municipais de Educação de Santa Rosa, professora Neli Cadaval da Costa, de Horizontina, professora Eloísa Freddo Durks e de Dr. Maurício Cardoso, professora Vânia Bulow.
“A Unijui é muito presente na vida das painelistas, uma vez que estas foram alunas da nossa Universidade”, destacou a professora da UNIJUÍ, Hedi Maria Luft. O painel foi organizado por acadêmicos das diversas licenciaturas da UNIJUÍ matriculados no componente curricular Políticas, Estrutura e Gestão da Educação Básica, coordenada pela professora Hedi Maria Luft
A resposta é: Bukowski. Charles Bukowski... |
Chamado também de o beat tardio, Bukowski tirava sua literatura de tipos mal encarados, bêbados, decadentes. Talvez tenha sido o escritor que melhor expressou o anti-sonho americano. Também foi um mestre do conto, surpreendendo o leitor com finais interessantes, abruptos, anti-convencionais.
Histórias tiradas de sua vida desregrada. Histórias ambientadas em bares de quinta categoria, em meio a pessoas duvidosas e pouco dinheiro pra bebida. Essas definições expressam um pouco da literatura de Bukowski, extremamente autobiográfica. Ele próprio tornou-se um personagem de suas histórias.
O que as biografias contam, é que era uma pessoa extremamente difícil de conviver, sempre bêbado, reclamão, dono da verdade. Odiava tudo e quase todos, vivia praticamente isolado, bebendo e escrevendo. Volta e meia tinha que participar de recitais literários, por contratos com editoras, o que, quase sempre não acabava bem, pois, geralmente afrontava a platéia e bebia em meio a sua fala.
Aí vai um pouco da sabedoria Bukowskiana:
“Me sinto bem em não participar de nada. Me alegra não estar apaixonado e não estar de bem com o mundo. Gosto de me sentir estranho a tudo”.
“Já basta o número de comentaristas sociais de escasso QI que existe por aí. por que deveria acrescentar o meu sarcasmo privilegiado? que não ouviu ainda essas velhas que vivem dizendo: "oh, acho simplesmente ATROZ o que essa juventude anda fazendo por aí, com todas essas drogas e sei lá mais o quê! que coisa horrível!" e aí a gente olha pra ela: sem olhos, sem dentes, sem cérebro, sem alma, sem bunda, sem boca, sem cor, sem ânimo, sem humor, sem nada, apenas um sarrafo ambulante, e a gente fica pensando o que o chá com bolinhos, a igreja e a bonita casa de esquina fizeram por ELA. e os velhos às vezes ficam bem agressivos com o que uma parte da juventude anda fazendo - "que diabo, trabalhei DURO a vida inteira!" (eles acham que isso constitui uma virtude, quando a única coisa que prova é que o sujeito não passa de um perfeito idiota) "esse pessoal quer ganhar tudo sem fazer NADA! passando o tempo todo sentado pelos cantos, estragando o corpo com drogas, esperando viver às custas da riqueza da terra!"
"...muitas vezes o aspecto da cozinha reflete o estado do espírito. Os sujeitos confusos, inseguros e maleáveis são pensadores. A cozinha da casa deles se assemelha às idéias que têm: cheias de lixo, metal encardido, impurezas, mas eles sabem disso e até acham graça. Às vezes, com violenta erupção de fogo, desafiam as divindades eternas e surgem com o fulgor intenso que volta e meia chamamos de criação; noutras, meio que se embriagam e resolvem limpar a cozinha. Mas tudo volta logo a cair na desordem e ficam no escuro de novo, precisando de BABO, comprimidos, orações, sexo, sorte e salvação. Mas quem mantém a cozinha sempre limpa é anormal. Cuidado com ele. O estado de sua cozinha equivale às idéias que tem: Tudo em ordem, arrumado; permitiu que a vida o condicionasse rapidamente a um firme e resistente complexo de raciocínio defensivo e tranquilizador. É só se prestar atenção no que diz durante dez minutos pra se ter certeza de que tudo o que dirá pelo resto da vida será intrinsecamente inexpressivo e sempre sem graça. É um monolito. Existem mais criaturas desse tipo do que de qualquer outro. Portanto, quem estiver a fim de encontrar um homem vivo precisa, antes de mais nada, dar uma olhada na cozinha do cara - economiza tempo e dinheiro."
Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/ Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ