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“Pois o que me ocorre, onde me encontro, é apenas isso que me parece de um absurdo inominável: uma minoria armada até os dentes, inclusive com cadeiras elétricas, manda e desmanda em uma maioria de indivíduos realmente individuais…” – Walter Campos de Carvalho, escritor brasileiro.

O mineiro Campos de Carvalho, escritor brasileiro relegado ao segundo plano no panteão da literatura brasileira, devia ser amplamente estudado nas escolas, debatido na mídia e na academia. Sim, é necessário ler Machado de Assis, Jorge Amado, etc.; etc.; etc. Mas, esse cara, definido por alguns como anarquista, surrealista, e algo mais, tem uma escrita ácida, invocando o absurdo para explicar o homem, a condição humana, delírios existências, e afins.

Encaro a literatura do mineiro como marginal. Marginal porque praticamente não se fala, não se discute, não se escuta nada sobre seus escritos e sobre sua personalidade, sua história, a não ser na internet.

Encontrei um texto, bem completo e legal sobre o escritor nessa revista on-line: www.revistabula.com/materia/campos-de-carvalho-a-vingana-do-icone iconoclasta/1042

Aqui www.releituras.com/ccarvalho_menu.asp' class='azul'>www.releituras.com/ccarvalho_menu.asp.

E aqui também:super.abril.com.br/superarquivo/2001/conteudo_119573.shtml

A trajetória do escritor é parecida com a de muitos outros. Funcionário público de carreira passou a se dedicar a literatura, paralelamente, aos 25 anos. A medida que amadureceu, ficou cada vez mais ácido, chegando ao petardo “A lua vem da Ásia”. Sem muita conexão entre um capítulo e outro, a obra pode ser encarada como fragmentos de delírios, a cada capítulo. É uma lógica do absurdo.

Não vai cair no vestibular. Cuidado: Campos de Carvalho pode te enlouquecer. Só por isso vale a pena ler seus escritos. Ficamos por aqui, com mais um trecho louco de um escritor louco: “Sei que é de praxe o suicida invocar grandes razões, e se possível belas, para justificar seu gesto tresloucado. Se eu quisesse, certamente poderia encontrar uma dúzia (de razões) capaz de justificar não apenas o meu suicídio como o suicídio de toda a humanidade, no dias que correm como em todos os tempos”.

Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ








 
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