Seguindo a saga dos desbravadores de Portugal, Cristine Scheuer, acadêmica do Curso de Farmácia da UNIJUÍ, realiza intercâmbio na Universidade do Porto, Portugal, de fevereiro a julho deste ano. Veja o que ela conta sobre o que acontece lá do outro lado...
"... A busca por novas experiências, a chance de conhecer pessoas de outras nacionalidades e de culturas diferentes, foi o que me instigou a fazer esse intercâmbio. Porém, o crucial para que essa viagem acontecesse foi ter a possibilidade de fazer, da minha vinda a Portugal, um diferencial em minha vida acadêmica/profissional, e que se concretizou pelo apoio da Unijuí, que mantém relações amigáveis com a Universidade do Porto.
A chegada ao Porto foi um tanto conturbada pelo fato de minha mala não ter chegado junto com as malas dos meus amigos. Mas isso não foi empecilho para que eu não estivesse feliz, pois não conseguia esquecer que estava em um país europeu, repleto de novidades a me oferecer. Portugal é um país fascinante, onde encontramos uma mistura do antigo e histórico com o moderno e atual, onde cada rua, cada esquina possui um monumento, escultura, construção para observar e registrar em nossas fotografias.
Esperando o início das aulas, tive a oportunidade de viajar para alguns lugares próximos à cidade do Porto, como Gaia, onde conhecemos as Caves Croft e degustamos o vinho do Porto; Guimarães, onde visitamos o Paço dos Duques de Bragança, e Ovar, cidade em que ocorre uma grande festa de carnaval, diferente de tudo que encontramos no Brasil.
Freqüentemente encontramos pessoas vindas de todas as regiões do Brasil, das quais nos aproximamos sem sentir e nos unimos, amando e defendendo nossa pátria, da qual não damos valor, quando nela estamos.
Fomos muito bem recebidos na Reitoria, onde participamos de uma reunião descontraída, na qual obtivemos informações essenciais para nossa estada em Portugal, assim como dicas sobre pontos turísticos, uso do metrô e instruções para fazer a matrícula na faculdade.
Quanto à Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), já freqüentei algumas aulas. Os professores me pareceram bastante compreensíveis, porém a minha maior dificuldade está sendo a falta de entendimento da língua inglesa. Aqui são usadas referências bibliográficas em inglês, para todas as áreas do conhecimento, assim como usamos no Brasil as referências bibliográficas em português.
Enfim, a saudade da família e dos amigos certamente é grande e inexplicável, contudo a experiência que estou vivendo é válida e o crescimento acadêmico, cultural e pessoal é imensurável. Esse intercâmbio está sendo a realização de um sonho...!"
Carolina Merlin Pederiva, acadêmica de Publicidade e Propaganda, aceitou o desafio e desde fevereiro realiza intercâmbio na Universidade do Porto, Portugal. Novas descobertas surpreendem e emocionam! Confira:
Meu interesse em fazer intercâmbio vem de longa data. E quando soube que havia sido selecionada, iniciei os ‘preparativos’ para a viagem. Mas mesmo estando com tudo bem pensado e planejado, não esperava me confrontar com alguns desafios. E os primeiros dias foram os mais difíceis. A procura, quase incessante, de um apartamento, a enorme saudade da família e namorado, a inserção num ambiente escolar desconhecido, ou seja, todo o meu processo de adaptação só foi possível devido a minha paciência e aos meus aliados MSN e skype.
Para minha surpresa, tenho uma disciplina ministrada totalmente em inglês. Algo que no Brasil não acontece com freqüência, porém aqui, na Europa, é comum as pessoas falarem mais de um idioma fluente desde novos. Outro fato que me deixou bastante feliz foi descobrir o quanto as pessoas são solícitas e prestativas, ajudando-me quando precisei, inclusive meus colegas nas salas de aula, não condizendo com a idéia, pré-concebida, de frieza do povo português.
A possibilidade de viajar aqui é muito grande, seja de avião, seja de trem. Já conheci algumas cidades próximas de Porto, onde resido, como Guimarães e Aveiro, e outras mais distantes como Lisboa, Madri, Barcelona, Santiago de Compostela, e claro, já comprei outras passagens para as próximas datas, como minha tão esperada viagem ao Marrocos, Londres e Gran Canária.
O mais interessante em fazer intercambio é poder conhecer o novo, o desconhecido, e fazer dele um diferencial na minha vida. E é justamente isso que estou vivendo a cada dia. Experimentando o desconhecido. O novo padrão de ensino ao qual estou submetida, o novo grupo de colegas e meus futuros amigos, as experiências peculiares de cada lugar que já conheci e conhecerei, enfim, isso tudo ficará incutido em mim, na minha vida pessoal e profissional, transformando-me como ser humano.
Para mim, é muito mais que um simples intercâmbio. Muito mais que apenas conhecer outro país, outra cultura. Está sendo, antes de tudo, a evolução da minha visão acerca do mundo.
Agradeço muito essa oportunidade à Unijuí, universidade berço do meu aprendizado, e, principalmente a meus pais, que estão me proporcionando essa viagem tão esperada, um momento único. Momento esse de obter conhecimento de todas as formas, e de evoluir, e assim, permanecer sempre aberta para o mundo.
Você já pensou em ir além? Ultrapassar fronteiras, conquistar o mundo, transpor barreiras? Frases amplas, porém carregadas de significados.
Palavras soltas que unem sentimentos inundados de sonhos. Mas, quem disse que um sonho não pode se tornar real? Quem disse que é impossível? Desistir sem tentar é premissa de fracasso.
Ir atrás do que se sonha é buscar a felicidade, ou melhor, é vivê-la em sua plenitude. Alcançá-la é simples consequência.
O oceano que separa dois mundos pode ficar mais perto do que se pensa. Para quem sonha com um intercâmbio, por exemplo, a Unijuí aproxima você dessa conquista.
Os interessados devem se inscrever até o dia 14 de abril, na Assessoria de Assuntos Internacionais, que fica junto à Reitoria, no Campus Ijuí. São condições e requisitos gerais para se habilitar ao intercâmbio: conhecimento suficiente da língua de instrução da IES de destino (às vezes serve o inglês); na maioria dos casos, o aluno de graduação deve ter feito 50% dos créditos de seu curso; todos os custos relativos ao intercâmbio recaem sobre o intercambista; em contrapartida, o aluno é liberado do pagamento dos créditos feitos no exterior.
O assessor de Assuntos Internacionais, Ulrich Dressel, observa que existem, ainda, outras possibilidades de intercâmbio acadêmico para além das sete instituições contempladas nestes editais, visto que o intercâmbio nem sempre é organizado por editais.
Editais com inscrições abertas
1. Universidade do Porto: 24 vagas exclusivamente na Graduação
Ciências da Computação (2), Comunicação Social (2), Direito (2), Engenharia Elétrica (2), Engenharia Civil (2), Engenharia Mecânica (2), Farmácia (2), Letras (2), Nutrição (2), Pedagogia (2), Psicologia (2), Química (2)
Requisitos: 50% do curso
2. Instituto Jean Piaget (Porto): 1 vaga exclusivamente na Graduação
Enfermagem (1)
Requisitos: 50% do curso
3. Universidade Fernando Pessoa (Porto): 1 vaga exclusivamente na Graduação
Fisioterapia (1)
Requisitos: 50% do Curso
4. Universidade Autônoma de Madri: 2 vagas em qualquer curso de Graduação e Pós-Graduação
Qualquer Curso
Requisitos: conhecimentos do idioma espanhol; ter cursado 50% do curso de Graduação
5. Universidade Nacional do Litoral (Argentina): 1 vaga em qualquer curso de Graduação e Pós-Graduação
Requisitos: Conhecimentos do idioma espanhol; 50% do curso de Graduação
6. Universidade Maria Curie Sklodowska: 2 vagas Graduação e Pós-Graduação
Qualquer curso (há componentes oferecidos em inglês)
Requisitos: conhecimentos no idioma polonês ou inglês
Obs.: Possibilidade de fazer exclusivamente um curso de língua polonesa por um semestre
7. Universidade de Sevilha: 2 vagas em Ciência da Computação
Requisitos: ter cursado 50% do Curso e ter noções do idioma espanhol
Informações
Assessoria de Assuntos Internacionais da UNIJUÍ
Prédio da Reitoria / Campus Ijuí
Fone: 3332.0329
www.unijui.edu.br/intercambio
A saudade batendo, mas a experiência fantástica! Assim podemos resumir o sentimento de Aline Menezes, acadêmica do Curso de Direito / Campus Três Passos, que realiza intercâmbio na Universidade do Porto, em Portugal. Quer saber mais sobre essa história? Então continue a leitura!
* Na foto, Aline e sua mãe Denise Menezes visitam o Palácio de Buckingham, em Londres.
Estar distante da família, amigos e em um país diferente é uma experiência eu diria diferente, mas muito boa também... Aprender a viver com pessoas de culturas diferentes das suas, compreender um modo de viver diferente daquele que você vive em seu país parece até ser complicado, mas na medida em que vai se adaptando, vai se tornando interessante.
Este intercâmbio, o qual a UNIJUÍ nos proporciona, além de engrandecer nossos estudos, engrandece valores humanos, sociais e culturais. Passada aquela fase de adaptação, onde tudo é novo, diferente, a poeira começa a baixar, e a saudade começa a surgir... Saudades das pessoas que você deixou, da sua casa, das coisas mais simples, como escutar a sua mãe chamar “filha vamos levantar???” longe assim, você dá valores aos pequenos detalhes, que na vida cotidiana, passam despercebidos.
Mas mesmo a saudade batendo, ainda aqui tem aquelas situações, momentos que surpreendem cada vez mais... Aprende-se um novo jeito de viver a vida, você olha para ela (a sua vida) com outros olhos, vê que devemos viver cada instante como se fosse único, pois tudo passa tão depressa, e é preciso aproveitar todos aqueles momentos que, com certeza, serão inesquecíveis.
Aquela frase de Fernando Sabino: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis” começa a ter o verdadeiro sentido, e aqui é possível entender muitos porquês...
Já passamos da metade da nossa aventura aqui, está sendo algo maravilhoso, muito bom mesmo, uma experiência para a vida toda...
Já se imaginou em outro país, tendo contato com pessoas diferentes? Que tal Portugal? Essa experiência a acadêmica de Fisioterapia da UNIJUÍ, Fernanda Mohr, está experimentando no Instituto Jean Piaget!
Confira o relato que ela faz da experiência:
Olá Brasil! Estou aqui novamente para contar mais um pouquinho sobre a experiência do intercâmbio, agora sob um ponto de vista já um pouco diferente, mais "maduro" por assim dizer. Pouco mais de três meses se passaram desde que chegamos em Portugal, três meses que foram intensos e marcantes não só a mim, como aos meus outros colegas da Unijuí que embarcaram comigo nesta "aventura".
É claro que agora já não nos sentimos mais como na primeira semana, quando ainda estávamos um pouco assustados e com medo. Nos encontramos agora mais seguros, porém cada dia com um pouquinho mais de saudade...
Na faculdade sempre tive grande apoio por parte dos professores e, principalmente, dos colegas (sentirei a falta deles!), encontrei lá dentro pessoas maravilhosas e diferentes modos de estudar, ver e entender a Fisioterapia. Para além da faculdade, fiz algumas viagens que, ao meu ver, proporcionam ainda mais conhecimento do que o estudo em si!
É inexplicável o que se pode aprender no intercâmbio! Longe de casa, da família e do seu país as dificuldades são muitas e é preciso encará-las de frente. Começa a dar aquela saudade da comodidade do lar, principalmente no Natal e em outras datas festivas, porém, não há dificuldade que se compare com as experiências vividas, o conhecimento adquirido, as amizades conquistadas, entre muitas outras coisas.
Aos próximos intercambistas, desejo que essa experiência seja tão boa quanto está sendo a minha, ou até melhor. Aproveitem tudo o que for possível!
E um Feliz Ano Novo a Todos!
*Na foto, Fernanda com o pai, José Carlos Mohr, que foi visitá-la no mês de dezembro.
A ida para os Estados Unidos foi parte de um projeto de vida pessoal e profissional, que passa a se concretizar a partir do momento em que hospedei em minha casa, no mês de abril deste ano, duas acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade de Anderson (EUA), que participavam do mesmo intercâmbio.
A partir daí, intensifiquei o estudo da língua inglesa e realizei uma prova seletiva, a qual incluía os conhecimentos da área de enfermagem, análise do desempenho (notas) nos componentes curriculares até então desenvolvidos, análise do currículo Lattes e domínio da língua inglesa. Uma vez selecionada, viabilizado o passaporte, visto de entrada..., dia 19 de Novembro chegamos ao Estado de Indiana, onde estivemos nas cidades de Indianápolis, Terre Haute e Anderson, conhecendo o Sistema de Saúde Americano, Hospitais, escolas de enfermagem, Universidades e participando de aulas teóricas e práticas.
Sistema de Saúde Americano
Neste período foi possível conhecer o Sistema de Saúde Americano que é essencialmente privado, ou seja, o acesso aos serviços de saúde é possibilitado àqueles que, pagam, de forma direta ou através de um seguro saúde pelos serviços que precisa, ou, de outra forma NÃO EXISTE SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE.
Tecnologia
Considerando o uso de tecnologias pesadas (conhecimento, especializações, equipamentos) há que se afirmar que a capacidade de diagnóstico e tratamento de condições de doenças é realmente muito superior àquilo que estamos acostumados a ver no nosso meio.
Nas Universidades visitadas, percebe-se que o uso da tecnologia no ensino, também é parte do cotidiano. As Universidades dispõem aos estudantes laboratórios especializados com “bonecos/robôs” que podem ser programados pelos docentes, nos quais é possível realizar os mais minuciosos procedimentos, que vão desde a ausculta cardíaca e freqüência respiratória, até simular situações de Parada cardorespiratória, insuficiência respiratória... e testar os procedimentos a serem realizados nestas condições.
A experiência
Outros pontos de relevância desta viagem foram a oportunidade de conviver em casas de família, conhecer o seu cotidiano, sua cultura, suas tarefas, ir para o trabalho, culinária, enfim e, ainda conhecer diversos pontos turísticos como as 500 milhas de Indianápolis, estádios e jogos de basquete, voleibol, futebol americano, patinação no gelo, museus e outros tantos lugares e monumentos.
Esta viagem foi sim uma possibilidade ímpar que contribui para o meu crescimento pessoal e acadêmico, visto que pude comparar o sistema de saúde dos Estados Unidos com o Brasileiro, perceber o quão é importante nos dias de hoje o uso da tecnologia, e quanto ela auxilia no processo de trabalho. Também foi possível valorizar ainda mais o Sistema de Saúde Brasileiro que, sabemos necessita continuamente de adequações e ampliação, mas que, no entanto, não deixa ninguém desassistido. Também, conheci pessoas diferentes, com culturas diferentes.
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