A aula do jardim de infância na faculdade

Um dia desses, uma aluna me disse, sobre o componente de Tendências e Inovações Criativas: “adoro a nossa aula de jardim de infância.” Fiquei FELIZ com isso, e não apenas por ela adorar a aula, mas porque é aula de jardim de infância. A intenção é essa mesma: resgatar alguma coisa que se perdeu nessa vida louca que a gente leva. Resgatar o prazer de criar, simplesmente pelo criar, se sujar com tinta, recortar e colar figuras, grudar os dedos com cola, trazer sucata prá aula. Exatamente como fazíamos no tempo em que tínhamos 5 anos de idade, e os twitter, facebook e MSN não nos roubavam tanta a atenção. Exatamente como fazíamos quando ainda não nos impunham os conceitos de certo ou errado, verdadeiro ou falso. Marque apenas uma opção! Afinal só ela é correta...

Pois na comunicação social, no design, nas artes – e na vida da gente também - só o certo e o errado não nos satisfaz. Ás vezes precisamos achar outros caminhos e sair da rotina. Alimentar o cérebro com novas experiências, vivenciar outros conhecimentos, dar uma pausa para que novas ideias surjam.

Para pessoas que dependem da CRIATIVIDADE para trabalhar – caso clássico do meu público de futuros publicitários, jornalistas, relações públicas e designers – gerar ideias impactantes é uma tarefa que precisa ser exercitada.

A mente deve ser malhada como um músculo na academia: o resultado é sempre melhor.

Ter uma postura mais aberta em relação à vida, ser uma esponja que absorve conhecimentos variados, exercitar a curiosidade e o encantamento – assim como a criança depois de fazer o brinquedo com a sucata – são sempre dicas preciosas para quem quer ter uma vida mais criativa. Meus alunos vivenciam isso. Espero que vocês também possam, no jardim de infância na faculdade, ou em qualquer lugar desta louca vida!

Abraços virtuais

Profe Mel – Curso de Comunicação Social
PS: aqui embaixo tem algumas imagens do trabalho dos meus aprendizes. Tudo se iniciou com a exibição do filme Lixo Extraordinário, que concorreu ao Oscar de melhor documentário. O filme conta um pouco do trabalho do artista plástico Vik Muniz, que encontra no lixo a matéria prima para fazer arte e mudar a vida de algumas pessoas... eu recomendo!