Vamos Zarpar pro futuro, sem Crise de Abstinência e, aos Carecas da Jamaica: naaaaaaaaaada... |
Quando se fala em música, geralmente fazem-se classificações, rotulações, etc. Mas, quem consegue definir Nei Lisboa? Eu não. E isso me faz gostar e ouvir ele ainda mais. Nei é bossa, é jazz, é rock, é mistura. Nei Lisboa é... Nei Lisboa. Não adianta ler sobre ele, é necessário ouvi-lo.
Além de música Nei faz poesia e faz a cabeça viajar. Quem não ouviu “Telhados de Paris”? Perfeita pra um dia meio chuvoso, como o de hoje (quarta-feira, 8 de julho de 2009), ou então a música “Por Aí”, outro poema daqueles que fazem a gente parar o mundo pra prestar a atenção.
Além de música, poesia, Nei faz política. Li, numa Aplauso de 2009, que ele decidiu encarar a música como profissão pra disseminar suas idéias políticas. Ouça então, “A Revolução” e “Zarpar pro Futuro” ou ”Carecas da Jamaica”, parceria com Humberto Gessinger. Ou melhor, ouça todos os discos e todas as músicas. Hein?
Telhados De Paris
Nei Lisboa
Venta
Ali se vê
Onde o arvoredo inventa um ballet
Enquanto invento aqui pra mim
Um silêncio sem fim
Deixando a rima assim
Sem mágoas, sem nada
Só uma janela em cruz
E uma paisagem tão comum
Telhados de Paris
Em casas velhas, mudas
Em blocos que o engano fez aqui
Mas tem no outono uma luz
Que acaricia essa dureza cor de giz
Que mora ao lado e mais parece outro país
Que me estranha mas não sabe se é feliz
E não entende quando eu grito
O tempo se foi
Há tempos que eu já desisti
Dos planos daquele assalto
E de versos retos, corretos
O resto da paixão, reguei
Vai servir pra nós
O doce da loucura é teu, é meu
Pra usar à sós
Fernando Vieira Goettems - Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ