Existencialismo, literatura, protesto e diversão: na estrada... |
Resolvi mudar. Até agora, em todos os posts comentei filmes. Hoje, comento um livro: “On The Road”, ou Pé na Estrada, na tradução brasileira. A essa altura, quem me conhece já pensa: “eu sabia, com certeza ele escreveria sobre esse livro”. E, quem pensa assim é por que me conhece mesmo. É o típico livro que muda vidas. Ponto.
O que podemos pensar de uma história ambientada na estrada? Existencialismo. Puro, simples, sincero. Escrito frenéticamente, “On the Road”, do escritor americano Jack Kerouac, retrata a América dos perdidos, dos (auto) excluídos do american way of life. É uma busca por algo, que nem mesmo o escritor sabe definir. Um algo que todos buscam, de algum modo. Uns na estrada, como o escritor e seus amigos. A geração beat. Os vagabundos iluminados (que é outro livro do escritor), autênticos sujeitos que buscam por si, suas referências, seus ideais.
É um história metafórica, unindo vida, estrada, pessoas, lugares. Retrata o conhecimento que vem da experiência individual. A história é uma viajem mesmo. É só pegar, começar a ler, que, imediatamente vem a cabeça o clássico de uma viajem: olhar o horizonte e deixar fluir o pensamento. Fluir para inúmeras possibilidades.
Para os mais interessados no livro, Kerouac no processo de escrita, mesmo que sem querer, criou elementos mitológicos. Entre eles: escrever a base de vinho, anfetaminas e jazz, sem parar, frenéticamente, tudo num rolo só, sem divisão de folhas e parágrafos. Um livro selvagem, como definiu Allen Ginsberg, amigo de Kerouac, escritor e, claro: um beat.
Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ