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Pesquisa revela hábitos de leitura do público universitário. Entenda aqui no Blog!.
Abrir um livro, sentir a textura, cheiro, acompanhar atentamente o desenvolvimento de uma história, ou pesquisa acadêmica. O hábito de ler para algumas pessoas é “sagrado”. Se você é um leitor voraz, mas prefere livros em papel, temos uma notícia para você.
Recentemente uma pesquisa da American University mostrou que 92% do público universitário prefere livros em papel. A pesquisa é parte do livro, Words Onscreen: the Fate of Reading in a Digital World ("palavras na tela: o destino da leitura no mundo digital", em português). Para desenvolver a pesquisa, foram entrevistados 300 estudantes de países como EUA, Japão, Alemanha e Eslováquia, como mostra a Revista Exame em reportagem.
Segundo a pesquisa, a preferência dos leitores pelos livros se dá porque o livro proporciona elementos “físicos, táteis e cinestesicos” (Cinestesia é o sentido que nos diz quando partes do corpo se movem.
Mas, a essa altura você se pergunta: como em um mundo digital, com a possibilidade de ler em qualquer lugar, a partir de dispositivos móveis, vamos ler livros em papel?
"Há dois grandes problemas: o primeiro é que eles dizem se distrair [facilmente], se afastar para outras coisas. O segundo tem a ver com o cansaço nos olhos, dores de cabeça e desconforto físico”, salientou Naomi S. Baron coordenadora da pesquisa em entrevista recente.
Na Unijuí
Esse universo da leitura é inerente ao público universitário. Na Universidade se lê muito, e com razão. Só na Biblioteca Mario Osorio Marques da Unijuí, a comunidade acadêmica tem a sua disposição mais de 300 mil títulos, entre livros, pesquisas e outras mídias de diversas áreas do conhecimento. Confira no gráfico abaixo:
Com a palavra, o leitor
É hora do intervalo, por volta das 18h30min. As pessoas caminham pelo câmpus, conversam, algumas estão com os olhos fixos em seus smartphones, mergulhando em redes sociais e conversas por aplicativos. Sentado em um dos bancos em frente à Biblioteca do Câmpus Ijuí, o egresso e atualmente técnico-administrativo da Universidade Giovano Pereira Buratti lê. Café e livro a tiracolo. Conversamos com ele pra tentar sacar este hábito praticamente cotidiano entre um turno de trabalho e outro, levando em conta a pesquisa de Naomi S. Baron. Leitor de Pablo Neruda, Vladimir Maiakovski e Charles Baudelaire, entre outros, ele topou a conversa. Confira!
- Prefere livros impressos ou digitais? Por quê?
Prefiro livros impresso. Para mim, ler é um ritual que começa com a escolha do livro até a contemplação da leitura após encerrar a última linha. Gosto de ir a biblioteca, percorrer as estantes e escolher o livro ali mesmo. Quando estou lendo, em alguns momentos paro por um tempo para reler algum trecho ou mesmo dar uma espiadinha no nome do próximo capítulo, do próximo conto ou poesia. Pegar as poucas páginas que faltam para encerrar o livro e ver a quantidade de páginas já lidas e algo muito gratificante. Acredito que iria perder um pouco destas experiências com a leitura em formato digital. Além disso, é difícil achar alguns títulos, principalmente de autores clássicos, em formato digital, principalmente e-books em português.
- De que forma o hábito de ler enriquece tuas experiências?
A leitura me faz refletir. Me faz racionalizar o mundo. Em vários momentos do dia a dia me vejo pensando nas coisas que leio, isto me ajuda a entender o universo em minha volta, as experiências do dia passam a ser diferentes após ler algo que te marcou. Acredito que esta seja a função da arte. Quando escutamos uma musica que gostamos sentimos algo, relembramos de alguém ou algum momento que vivemos. Com a leitura e mais ou menos igual. Os momentos da vida passam a ser sentidos com maior intensidade.