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Conheça a experiência de Fábio Cadoná, estudante de Comunicação Social da Unijuí.

Acredito que assim como eu, muitos jovens da minha idade pensam em um dia sair do Brasil e vivenciar uma experiência totalmente nova, por um determinado tempo. Isso nos traz independência e nos faz ver o mundo com outros olhos, criando assim, uma visão minimalista sobre muitas coisas ao nosso redor.

Fiz esse intercâmbio pela Aiesec: maior organização internacional gerida por jovens, presente em 126 países e reconhecida pela Unesco. A Aiesec estimula a descoberta e o desenvolvimento do potencial de liderança de seus membros, por meio do trabalho dentro da organização e de intercâmbios sociais e profissionais.

Digo para vocês que a minha experiência foi única e muito motivadora. O fato de sairmos da nossa zona de conforto, nos faz refletir muito e, ao mesmo tempo, passamos por um processo de autoconhecimento, que nos torna mais tolerante e empático com os problemas sociais do mundo.

O Egito é um país incrível, que possui nele uma autenticidade em todos os lugares e em todas as pessoas. É um país que vai muito além do que as pessoas conhecem: Pirâmides. É um país que te encanta, mas, ao mesmo tempo, te faz passar por um choque cultural muito grande, pois o que é normal para eles, não é nada comum para nós e vice-versa.

Durante todo o período que estive por lá, conheci praticamente o país todo, visto que o meu programa era fazer a divulgação do turismo em praticamente todos os pontos turísticos e cidades, criando assim uma atenção especial para um país que não é somente pirâmides, mas sim, um país de maravilhosas praias, um deserto incrível e, sem dúvidas, cidades históricas que fascinam qualquer pessoa.

Porém, todo lado positivo tem seu lado negativo, e lá não foi diferente. Tudo o que eu citei acima é a mais pura verdade. Entretanto, quando se fica bastante tempo em um país, ou em um determinado lugar, é possível ver algumas coisas que impactam um pouco e isso exige adaptação ao novo meio.

O Egito não é grande em extensão, mas há cidades nesse país que são consideradas as maiores e mais antigas do mundo árabe, resultando em uma cultura muito forte e destacada. Sua religião e as suas tradições milenares, fazem com que pessoas tenham os mesmos hábitos e costumes de milhares de anos atrás e nós, turistas, vindos de uma realidade diferente, temos que nos adaptar a um mundo totalmente novo.

Ao mesmo tempo em que se sabe que esse é um país que foi palco de uma das mais antigas e poderosas civilizações, é possível que haja frustração com a nova realidade daquele lugar. O povo egípcio não possui uma cultura de valorização com praticamente nada, nem cidades, nem carros, nem casas e apartamentos. Isso é notável em qualquer lugar por onde se passe.

Em praticamente todas as cidades os carros são batidos, visto que o trânsito é o mais caótico e complexo que eu já vivenciei. Os apartamentos e prédios não são terminados, pois se eles terminarem, são obrigados a pagar um imposto para o governo, então eles não terminam. Em todas as cidades, há muito lixo pelo chão, parecendo às vezes que se está no meio de um lixão a céu aberto. Há varias cidades em que eles não utilizam talheres para realizar as suas refeições, apenas utilizam as mãos no auxilio da sua alimentação. Em cidades menores e muito mais tradicionais, que é o caso de Siwa – deserto do Saara, não havia privadas, apenas os “famosos” banheiros japoneses, que consistem basicamente em um espaço com um buraco no chão, agora se imagine em um lugar desses. Digo que a primeira vez não é confortável, mas depois é possível se acostumar... hahaha. Outro fato que marca bastante o Egito é como a mulher é vista naquele país, é algo que não cabe em palavras, mas sim em sentimentos. É triste você olhar as mulheres sendo tão desvalorizadas por homens, e isso em todos os lugares, enquanto os homens têm todas as liberdades possíveis, deixando isso, por muitas vezes, um tanto que escancarado demais.

Em um apanhado geral, o Egito é um lugar de contrastes, um lugar onde você tem 99% da população que vive em precariedade, que não tem nenhum tipo de saneamento básico; ou água potável; e quaisquer tipos de higienização. Há também aquele 1% da população que possui todas essas necessidades básicas e muito mais.

Os dois meses que eu fiquei lá foram vividos intensamente. Foram várias as vezes que eu olhei para os lados e pensei: “Nossa, eu realmente estou aqui” e não podia deixar de aproveitar esta oportunidade. Esta viagem foi de extremo conhecimento e experiência de vida. E obviamente que para mim conhecer as pirâmides e a Esfinge foi muito emocionante, sem dúvidas! Porém, eu conheci algo a mais do Egito. Isso me deixou muito feliz e satisfeito com todo o meu conhecimento sobre este grandioso país.








 
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