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Confira o relato da estudante de Jornalismo Valéria Foletto:

Originalmente publicado no Blog da Usina de Ideias

Os dias cinco, seis, sete e oito de agosto de 2016 estão marcados na minha memória e no meu coração até o meu último suspiro e batimento cardíaco, isso por que, participei durante esse pequeno período, do mais grandioso evento esportivo do planeta, as Olimpíadas Rio 2016. Nesses dias tive a oportunidade única de sentir e vivenciar o clima da cidade olímpica, que por muito tempo se preparou para receber a todos os brasileiros e estrangeiros da melhor forma possível, afinal, ninguém se candidata para sediar um evento sem ter o mínimo de estrutura. Chegamos ao ponto coadjuvante do meu relato, porque o principal foi a minha experiência. Politicamente o Brasil vive um conturbado momento de transições de cargos, com crises na saúde, educação e segurança pública, que afeta diretamente milhares de brasileiros e o que o brasileiro se questiona é: pra quê fazer olimpíadas se o Brasil precisa de qualidade de vida e mais saúde, mais educação, mais segurança? Bem, deixamos a questão para nossos representantes. O fato é que as olimpíadas estão acontecendo e agora, nada mais se pode fazer, a não ser torcer pelos nossos atletas que buscam a tão desejada medalha de ouro.

No primeiro dia que estive no Rio de Janeiro, sexta-feira, era o dia da abertura dos jogos olímpicos no mítico, arrasador e histórico Estádio Jornalista Mario Filho, Maracanã. De tarde as ruas de Copacabana estavam lotadas de pessoas que caminhavam de um lado para o outro, talvez, sem entender o que estavam a fazer ou prestes a presenciar. Naquele dia houve manifestação na principal rua da praia mais famosa do mundo. A cidade estava agitada. Era uma mistura de emoção com o início próximo da abertura da Olimpíada com a insegurança dos protestos, que geraram alguns conflitos entre manifestantes e pessoas que estavam nas ruas.

Por volta das 20h quando iniciou a abertura oficial da Olimpíada Rio 2016 as ruas de Copacabana silenciaram, as pessoas ou estavam em casa assistindo pela televisão ou estavam no Maracanã. Um momento histórico para o Brasil e o Rio de Janeiro. Show dentro do Maracanã.

No sábado eu tive a oportunidade de assistir, juntamente com o amigo Alexandre Gimenes da TV Esporte Interativo, um jogo simplesmente espetacular, um show de talento e competência de nossa seleção feminina de futebol. As meninas comandadas pelo técnico Vadão aplicaram uma goleada nas suecas por 5 a 1. E não podia faltar gol de Marta, cinco vezes consecutivas eleita a melhor jogadora de futebol do mundo. A capitã Marta fez dois, Beatriz também marcou duas vezes e Cristiane converteu um gol. Goleada histórica que fazia a torcida do Engenhão gritar: “A Marta é melhor que o Neymar, a Marta é melhor que Neymar…”. Após o jogo, Marta, Formiga (disputando sua sexta olimpíada) e outras jogadoras foram bem próximas à torcida agradecer o apoio dos 43 mil torcedores que estavam no estádio.

No domingo eu assisti a vitória da Argentina sobre a Argélia no futebol masculino, (não tinha Messi, mas teve Calleri) também no Estádio Engenhão, localizado na zona norte do Rio. Para ir ao Estádio era necessário pegar o Metrô, parar na Estação Central e ir para o trem, que deixava os torcedores quase dentro do estádio. Imaginem: brasileiros e argentinos juntos, aglomerados que se dividiam em cânticos exaltando Pelé e Maradona. Foi sensacional! A massa argentina invadiu o Rio de Janeiro e o estádio, e depois saíram bem felizes com a vitória. E o melhor, nenhuma briga ou conflito entre torcida, apenas confirmando que a rivalidade existe apenas no futebol. Saindo do estádio, argentinos fervorosos e felizes, com cânticos exaltando Maradona e colocando nosso Rei Pelé, lá em baixo. Isso é o futebol, com o respeito entre torcidas prevalecendo. Viva o espírito olímpico, a paz e a união entre povos!

E na segunda-feira encerrando minha participação na olimpíada acompanhei jogos de vôlei de praia, a vitória da dupla brasileira Aghata e Barbara por dois sets a zero nas argentinas. A Arena do Vôlei em Copacabana ficou pequena novamente para as torcidas do Brasil e Argentina juntas, cantando sem parar.

União das nações

Algo que eu queria fazer nas Olimpíadas era conhecer pessoas novas e assim o fiz. Desta maneira, fica mais um aprendizado e dica aos colegas que assim como eu, não sabem a língua inglesa: aprenda o inglês. A minha dificuldade foi a de se comunicar com duas jovens da Grã-Bretanha na praia de Ipanema. Da mesma forma, dois jovens canadenses na fila do vôlei de praia, para tirar uma foto juntando a galera de países diferentes. Mas, o improviso deu certo. Um “welcome to Brazil”, já foi suficiente para dar boas vindas aos estrangeiros.

Além de curtir os jogos olímpicos deu para fazer jornalismo por lá também. Questionei algumas pessoas que moram no Rio de Janeiro sobre o que pensavam da Olimpíada e o que ela deixaria de legado para a cidade. Um taxista então disse: “seria bom se essa segurança toda permanecesse após a olimpíada. Quero ver como vai ser quando terminarem os jogos, o estado não tem dinheiro”.  Por outro lado, ao falar com um argentino sobre o evento, ele disse que estava lá para ser voluntário, e que ficaria até o último dia da olimpíada. Outro jovem que conheci, torcedor fanático do Asa de Arapiraca (Alagoas), também era voluntário, mas por dois dias. Ele disse que os voluntários para os Jogos Olímpicos ganham o transporte e a alimentação para os dias de trabalho.

Enfim, esse é meu resumo das olimpíadas, um sonho realizado, tendo em vista que sou apaixonada por esportes e que pretendo, após a faculdade, me especializar na área esportiva para conhecer muito mais sobre as modalidades que estão sendo disputadas na Olimpíada. Obrigada por tudo, Rio de Janeiro! A ficha só caiu quando vi que a sede da próxima Olimpíada será Tóquio, no Japão, no outro lado do planeta. Eu estive na Rio 2016!

Fotos: Arquivo pessoal.








 
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