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O mês de abril é marcado por importantes datas. E, para que elas não passem em branco, a equipe da Biblioteca Mário Osorio Marques elencou algumas dicas de leitura.

Marcando o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, transcorrido no último dia 2, a dica é o livro “Mundo Singular: entenda o autismo”, dos autores Ana Beatriz Barbosa Silva, Mayra Bonifacio Gaiato e Leandro Thadeu Reveles. O livro traz a visão de mundo, os desafios, o brilhantismo, os tratamentos e as perspectivas futuras de crianças com autismo. Os autores descrevem os sintomas, o diagnóstico, a visão da família, a visão da escola, os tratamentos e as variações dessa condição. Com uma linguagem que busca ser acessível e relatos de casos reais, este livro pretende ser um guia para informar e tranquilizar pais, professores e familiares em busca de informações cientificamente embasadas sobre o autismo no Brasil.

“Para entender o jornalismo”, dos organizadores Bruno Souza Leal, Elton Antunes e Paulo Bernardo Vaz, é a dica para marcar o Dia do Jornalista, celebrado nesta quarta-feira, dia 7. O livro subverte o modelo e propõe que pensemos o jornalismo a partir do conceito de experiência, que ocorre em uma teia de relações que se tecem e entretecem continuamente, criando e recriando mantos de significados que nos recobrem. Questiona quem produz e quem consome a notícia no mundo de hoje, indaga até que ponto o jornalismo é uma janela para o mundo. Atravessa a janela e observa o jornalismo pelo seu avesso. Revê conceitos consagrados, tais como fontes, canais, veículos, agenda, informação, atualidade, temporalidade, o fático e o fictício. 

O Dia do Índio também transcorre neste mês. A dica de leitura é “Universidade: território indígena”, dos organizadores Edson Kayapó e Kassiane Schwingel. O material objetiva refletir sobre a presença indígena na universidade e esta como um espaço de resistência e retomada dos povos indígenas. Organizado em três partes, esse caderno retrata os desafios que as pessoas indígenas enfrentam para entrar e permanecer na universidade; as formas como elas têm buscado superar essas dificuldades e o porquê de permanecerem nesse espaço.

Fechando as datas, o Dia da Contabilidade, em 25 de abril. Para os profissionais da área, a dica é o “Manual de contabilidade básica: uma introdução à prática contábil”, de Clovis Luis Padoveze. O livro busca apresentar a Contabilidade Básica com equilíbrio entre teoria e prática. Livro-texto para as disciplinas Contabilidade Geral, Introdução à Contabilidade e Contabilidade Intermediária dos cursos de Ciências Contábeis, Administração de Empresas, Economia e outros. Destina-se também às disciplinas de Contabilidade do curso profissionalizante de Técnico em Contabilidade e serve de material de apoio para cursos internos em empresas e outras entidades. 

Saindo um pouco das datas comemorativas, a dica é “O lado bom da vida”, de Matthew Quick. No livro, Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que "é melhor ser gentil que ter razão" e faz dessa convicção sua meta. Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.

Outra sugestão é “O Idiota”, de Dostoievski. Publicado originalmente em 1868, este é um desses livros em que o leitor reconhece de imediato a marca do gênio. Nele, o autor russo constrói um dos personagens mais impressionantes de toda a literatura mundial — o humanista e epilético príncipe Míchkin, mescla de Cristo e Dom Quixote, cuja compaixão sem limites vai se chocar com o desregramento mundano de Rogójin e a beleza enlouquecedora de Nastácia Filíppovna. Entre os três se agita uma galeria de personagens de extrema complexidade, impulsionados pelos sentimentos mais contraditórios — do amor desinteressado à canalhice despudorada —, conferindo a cada cena uma intensidade alucinante que nunca se dissipa nem perde o foco. 

E para fechar, “O dilema do porco espinho: como encarar a solidão”, de Leandro Karnal. Na obra, o autor viaja pela modernidade líquida e analisa a solidão no mundo virtual e o isolamento. Discute dos amigos imaginários criados pelas crianças aos pensamentos de alguns filósofos, como Aristóteles, que dizia que a solidão criava deuses e bestas. Como a solidão é um tema que sempre o acompanhou e, segundo revela o próprio Karnal, tem crescido na maturidade, o autor escreve este livro como um ensaio pessoal. Ao dividir suas meditações, o autor convida o leitor, durante o ato da leitura, a deixar a solidão de lado e compartilhar seus pensamentos também.








 
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