Blog tá ligado Blog tá ligado
 
  

Viajar, conhecer novas pessoas, aprender um novo idioma e estudar – esses são os objetivos dos jovens universitários que deixam seu país em busca de novas oportunidades. Tales Ruan Scheffler Panke, ijuiense e estudante do curso de Ciências da Computação na Unijuí, aceitou o desafio e está na Austrália desde julho de 2013. Em entrevista, ele nos conta como é a experiência do intercâmbio:


Tá Ligado - Tales, como foi a decisão de estudar em outro país? Era um sonho seu, uma oportunidade que surgiu durante a faculdade, um convite? E a escolha do lugar, como ocorreu?

Tales - Eu sempre achei a ideia de estudar fora do país muito interessante, mas nunca fiz planos concretos para tal, pois é um processo caro e eu não poderia pagar. Felizmente, porém, tive a chance de fazer intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Tudo começou no semestre 2/2012 quando eu tive a oportunidade de fazer o teste IELTS (teste de proficiência em inglês) gratuitamente por ser bolsista do Prouni. Este teste é um dos pré-requisitos para participar do CsF. Escolhi a Austrália por um bom motivo: a inscrição no programa CsF é feita através de editais. Primeiro se deve escolher o país e então, caso selecionado, você pode escolher para qual universidade gostaria de ir. O problema é que, embora a escolha do país seja definitiva caso você seja aprovado, a escolha da universidade não é. Nem sempre o aluno é enviado para a universidade escolhida. A quantia de vagas, requisitos (e vários outros fatores aleatórios que não sei quais são) influenciam na decisão, que é tomada pelas próprias universidades.

 

Tá Ligado - Como a Unijuí auxiliou neste processo? O Escritório de Relações Internacionais lhe ofereceu suporte para as dúvidas, realizou os encaminhamentos?

Tales - O Escritório de Relações Internacionais me ajudou a encaminhar tudo desde aquela época. No início de 2013 me inscrevi em um dos editais do CsF e felizmente fui selecionado para a universidade que escolhi na Austrália. A partir daí começou uma correria de alguns meses para providenciar todos os documentos necessários e preparar toda a viagem. Em julho/2013 cheguei aqui e estou adorando o lugar. Eles foram muito ágeis ao me providenciar os documentos e me deram várias orientações, inclusive respondendo dúvidas que nem eram responsáveis por responder.

 

Tá Ligado - Como foi o processo de adaptação na Austrália? Questões de idioma, cultura, gastronomia, clima e etc.?

Tales - Eu saí do Brasil em julho, em pleno inverno. Aqui também era inverno, mas bastante mais tolerável que o frio de Ijuí, então isto foi muito bom. Como eu havia imaginado, no começo foi difícil. A universidade opera de uma maneira totalmente diferente da Unijuí, e exige muito dos alunos. Há menos contato com os professores e espera-se que muita coisa seja aprendida por conta própria pelo estudante. Outra coisa que dificultou meus primeiros meses aqui foi o idioma: meu inglês não era muito bom e o sotaque australiano é mais difícil de entender, o que tornou as coisas um pouco mais difíceis na época. Mas agora está tudo andando bem.

A cultura é bastante semelhante à nossa, ocidental. Não me deparei com nenhum costume particularmente estranho. A comida, no entanto, é diferente. É derivada da culinária britânica, com maior preferência para massas e batatas. Guaraná e feijão são muito difíceis de serem encontrados. Somente alguns mercados específicos vendem estes produtos. Algumas coisas como chocolate em pó não têm o mesmo gosto que a versão brasileira. O que eles chamam de churrasco por aqui na verdade é carne frita em chapas de metal. Não existem churrasqueiras como as que temos no Brasil, com espetos. Além disso tudo, levei uma semana para descobrir que eles não conhecem pastel aqui. A primeira coisa que vou fazer quando desembarcar num aeroporto brasileiro é comprar um pastel.

 

Tá Ligado - Você tem alguma história engraçada para contar, alguma experiência diferente, um lugar novo que conheceu?

Tales - Como moro na capital, Camberra, visitei a Casa do Parlamento Australiano. Durante as férias viajei por Sydney, Melbourne, e outras cidades da costa leste. Vi o grande recife de corais e fui a praias. Achei curioso que muitas praias são fechadas ao público por causa de crocodilos, águas vivas ou tubarões. A vida selvagem australiana é realmente perigosa.

Aqui eles dirigem como na Inglaterra, com o motorista do lado direito do carro. O engraçado é que, mesmo vivendo aqui por vários meses, eu ainda confundi o lugar do motorista. E em duas situações dirigi na contramão sem querer... Também durante minhas férias, tive que parar o carro no meio da rodovia para deixar um coala atravessar a rua!

Tá Ligado - Indicaria o intercâmbio para outros estudantes?

Tales - Com toda a certeza! A experiência de estudar no exterior é muito enriquecedora em todos os sentidos: cultural, profissional e intelectual. A experiência com outro idioma por si só já será de valor imensurável para minha carreira.

Quer ser o próximo intercambista? O Escritório de Relações Internacionais está à disposição para eventuais dúvidas ou curiosidades. Dá uma passadinha lá, fica ao lado da recepção, no prédio da BUMOM.

Texto: Mariana W. Rick


 

 








 
Unijuí - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
Coordenadoria de Marketing

Rua do Comércio, 3000
Bairro Universitário
Ijuí - RS
98.700-000
(55) 3332 0692
(55) 3332 0555

Aguarde...
Carregando...