Aos 12 anos de idade, tempo livre não era exatamente um problema pra mim. Ao mesmo tempo que aprendia os primeiros acordes no violão, consumia vorazmente todo conteúdo possível sobre artistas consagrados, conspirações, lendas e mitos do mundo do rock. A internet discada abastecia, vagarosamente, uma pasta recheada de pirataria, enquanto a MTV me mostrava as novidades do mainstream. É nessa primavera juvenil que minha paixão por música encontra a escolha que fiz pelo jornalismo.
Durante os três primeiros anos de faculdade abdiquei de pautar minhas atividades a partir do meu gosto pessoal. Embora houvessem recaídas, procurei ir a fundo em pautas que nada tinham a ver com meus interesses, importante para exercitar a tenacidade e a curiosidade que o jornalista necessita no dia-a-dia.
Foi na metade final do curso de jornalismo que decidi que era hora de, finalmente, me aventurar na cobertura dos temas que realmente faziam minha cabeça. Por dois anos escrevi e apresentei uma coluna radiofônica chamada Pesquisa Musical, e por seis meses editei um blog de música. Há pouco mais de seis meses tive a oportunidade de integrar a equipe da Unijuí FM, e desde então tenho tido a oportunidade de realizar o jornalismo cultural a pleno. À frente do “Rock às pampas”, descobrir novidades musicais é a rotina. Conhecer a obra e entrevistar os artistas é a recompensa.
Mas o melhor de tudo isso, é poder compartilhar com a audiência estes achados, diálogos e sons interessantes. Agora estendo um pouco do conteúdo ao blog Tá Ligado!
Misturar o rock e a música nativista não é lá uma grande inovação no cenário do rock gaúcho. O hit “amigo punk”, da Graforreia Xilarmônica já misturava o ritmo da milonga com a pegada do rock’n’roll. Almôndegas, Estado das Coisas e Neto Fagundes, e por aí vai.
Marcus Manzoni mostra que a mistura não está esgotada. O músico de Santiago imprime sua personalidade com arranjos criativos, urbanizando o ritmo rural, com orgulho de ser fronteiriço. https://soundcloud.com/marcusmanzoni/a-fronteira-na-capital
Rimas e batidas diretamente de Ijuí. José Cleomar, o Jotacê, se utiliza da facilidade que a tecnologia oferece para transmitir seu rap ao mundo. Influenciadas por Emicida e Marcelo D2 as rimas retratam a visão de mundo e o cotidiano do garoto ijuiense. http://www.youtube.com/watch?v=us7RufXnCj4
João Pedro Pacheco Van Der Sand, 22 anos - Jornalismo, 8º semestre
A MINHA DIFERENÇA NO MUNDO: Reunir alguns poucos bons amigos.
DEFEITO: Dificuldade de se concentrar em uma coisa só
QUALIDADE: Bom Humor
SONHO: Que as pessoas busquem viver em harmonia com elas mesmas e com o ambiente.
FACEBOOK: https://www.facebook.com/joao.vandersand
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