Estudantes da EFA se destacam em concurso de redação - Unijuí

A EFA mais uma vez se destacou no tradicional concurso de redação do Jornal da Manhã/Rotary Club de Ijuí. Nesse ano, o concurso que está em 11ª edição teve como tema “ética, nossas escolhas cotidianas” e contou com a participação de estudantes do 6º ano ao 3º ano do ensino Médio.

Orientadas pela professora Elita Bianch Tessari, as estudantes do segundo ano, Bárbara Arbo e Nathália Albrect, conquistaram respectivamente o segundo e quinto lugar.

 Confira abaixo as redações:

 

A construção ética cultural do homem

A ética é uma escolha. É com ou sem ela que se constroem os valores de uma sociedade. O homem conquista e adquire seu caráter pelo hábito, então não nasce com ele. Isso significa que o homem pode aprender a ser ético. No Brasil, a violação das regras morais e legais tem sido cada vez mais recorrente e salta aos olhos o fato de que o jeitinho brasileiro está culturalmente impregnado na sociedade. Subornar autoridades, estacionar em vagas específicas aos deficientes físicos, roubar milhões em verbas públicas, etc. Seja o que e como for, esse descaso com a postura civil dos cidadãos em geral torna-se um péssimo hábito que corre o risco de ser seguido pelas futuras gerações. O filósofo inglês Thomas Morus, no século XVIII, afirma que "Nenhum homem é uma ilha". Compreende-se então que a vida humana se faz essencialmente pelo convívio. É na convivência que o ser se humaniza, se torna sujeito, que se realiza como um ser ético que contribui para o bem comum. A construção dos valores éticos de cada indivíduo se constitui, em primeiro lugar, no meio familiar para depois ir para a prática no coletivo. Tem-se como exemplo uma criança. Essa percebe seus pais desrespeitando regras de trânsito ou desmoralizando a classe educacional. Quando a mesma frequenta a escola, conhece regras a serem cumpridas. Porém, o que se espera de uma criança que conviveu com atitudes antiéticas vindas de seus pais? Uma vasta tradição de pensadores abona essa ideia, pois pautam o fato de que os valores são culturalmente construídos e se tornam um aprendizado durante toda a vida, nos dando a oportunidade da mudança.

Portanto, para que haja uma sociedade harmoniosa, de acordo com os princípios e valores éticos, cada indivíduo deve contribuir para a melhoria das boas ações, desenvolvendo atitudes e sentimentos  como a empatia. Isso é possível aprender pela educação familiar e escolar, que, por sua vez, sensibilizem as novas gerações, implantando novos projetos e debates, repreendendo atitudes antiéticas, investindo na construção de uma convivência social melhor. Se o homem adquire a ética pelo h[abito, o homem pode aprender a ser ético e é o homem que pode mudar essa realidade.

 

Bábara Arbo - 2º ano

 

 A voz que o povo (não) tem

Recentemente a Rede Globo lançou uma campanha chamada "O Brasil que eu quero", que consiste em gravar um vídeo de até 15 segundos, dizendo o nome, a cidade de onde está falando, o Brasil que quer para o futuro e enviar para o site da emissora. Posteriormente, o vídeo é transmitido em rede nacional pela Globo. Ao ouvir os apelos registrados nesses vídeos, constata-se que o maior desejo é de um país livre de corrupção e funcionando conforme planejado.

Deve-se assumir que esse é o desejo de todos, mas o que de fato é feito por cada cidadão para tudo funcionar da forma mais limpa possível? As pessoas se sentem confortáveis com a ideia de que estão isentos e que os problemas são com os outros. Mas não se deve apontar a falta de ética somente dos políticos, uma vez que não se perde uma oportunidade de aplicar o famoso "jeitinho brasileiro" para o benefício próprio. O professor e historiador Leandro Karnal, afirma que "não existe governo corrupto numa nação ética; e não existe nação corrupta com governo transparente e democrático". E de fato a corrupção e a falta de ética é um mal social e não exclusividade de um determinado grupo. Temas como esse reforçam a discussão da ética nas ações cotidianas. O Brasil que se quer, deve ser um país reconstruído por todos, com cooperação ética e moral, onde todos cumpram seus deveres e usufruam seus direitos. É nas pequenas ações do dia a dia que fazemos a diferença e conquistamos um país melhor e mais justo. Autoavaliar-se contribui para que cada cidadão ofereça a seu país algo e não somente extraia o que ele tem a oferecer. Se é possível desejar, é possível ajudar na construção desse desejo.

Nathália Albrect  2º ano


Compartilhe!


Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.